Dessa vez, minha aventura literária me levou de volta à segunda metade do século XIX. 1861 para ser mais exata.
Silas Marner é um homem humilde que saiu de sua terra natal depois de ser injustamente acusado e julgado culpado por um crime que não cometeu. Decepcionado com as pessoas que o conhecem desde sempre, e mais ainda com seu melhor amigo (que foi quem armou contra ele), ele parte do vilarejo sem olhar para trás.
Em Raveloe, Silas continua seu ofício como tecelão. Decepcionado com os homens por causa da traição sofrida, ele passa a viver para o trabalho, tendo como companhia constante somente seu tear e o ouro que recebe como pagamento.
Tomado por todos na vila como "estranho" e "suspeito" somente por ser estrangeiro acentua ainda mais sua personalidade reclusa, mas ele não se importa. Para Silas, não há motivo para interações supérfluas com as pessoas da vila.
Quando um segundo revés atinge Silas Marner, sua amargura com o mundo se aprofunda, mas é então que a chegada inesperada de uma criança, quase como se viesse para lhe substituir o ouro sumido, fará com que o tecelão reencontre a satisfação de se estar vivo.
De uns tempos para cá, o nome de George Eliot tem aparecido com certa frequência (especialmente nos meus feeds de noticia das minhas redes sociais), e por isso fiquei muito contente ao ver este livro na lista para os parceiros do Grupo Editorial Record. Infelizmente, tive problemas em praticamente toda a primeira metade dessa leitura.
Além de já não estar muito bem devido a problemas internos, os parágrafos longos me confundiam e, para ser sincera, a nuance depressiva do personagem não me ajudava em nada na hora de ler por um período de tempo mais prolongado.
Acabou que, quando a leitura finalmente se tornou mais prazerosa, já tinha passado umas boas cem páginas, que, por sinal, foram páginas e mais páginas e mais páginas cujo objetivo era, unicamente, fazer o leitor conhecer e entender Silas Marner, assim como evidenciar a dinâmica da convivência em Raveloe (páginas importantes para a história como um todo, mas que funcionam como um excelente sonífero)
Mary Ann Evans (1819 - 1880) adotou o pseudônimo masculino George Eliot para que seus trabalhos fossem levados a sério, hoje, ela é considerada uma das maiores escritoras inglesas de todas as épocas.
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