30 de jun. de 2015

Corações Em Guerra - Elysanna Louzada


Sabe aquela sensação de ter medo de ler uma conclusão de história porque sabe que o que te espera não é exatamente algo incrível? Pois é. Geralmente, quando não gosto de uma saga no primeiro livro, dou uma chance e acabo lendo o segundo (vai que a coisa melhora, né?). 

Ainda estou me perguntando o motivo de eu ter dado uma terceira chance para Herdeiros do Trono. Acho que é como se eu quisesse provar para mim mesma que uma história não pode ser tão monótona e água com açúcar assim. 

Em Corações de Guerra, terceiro e último livro da série Herdeiros do Trono, as tropas do Império, lideradas pelo ganancioso Edgar Belmonte, e os legítimos herdeiros do trono, Pedro e Eloise Belmonte, se confrontarão.

Eu realmente estava esperando que este livro correspondesse às minhas expectativas e fosse... Somente meia boca (não há outra definição melhor para o que sinto), porém, além de ter sido meia boca, foi água com açúcar e intencionalmente fofo demais. Mas isso não é uma coisa boa? Não quando até a personagem que você jurava (e contava) que iria trazer um pouco de agitação na história não faz nada além de ser temporariamente inconveniente. Já deu para perceber que gosto de ver o circo pegar fogo, né?

E tipo, estamos em guerra. Você imagina um clima tenso, certo? Você imagina batalhas, estratégias que dão errado, frentes de batalha em que, pelo menos um dos inimigos seja difícil, sei lá, algum desafio... Mas aí o que você tem são batalhas rápidas, descrições (a meu ver) superficiais e... Muitos momentos in love. Fora que consegui  perceber alguns furos na narração e algumas coisas que poderiam ter sido melhor escritas.

Deu para ver que não curti muito a leitura né? Pois é, não curti mesmo.

26 de jun. de 2015

Desejos Dos Mortos - Kimberly Derting


Violet Ambrose poderia facilmente se passar por uma adolescente comum de uma cidadezinha no meio do nada. Isso, é claro, se não fosse por sua habilidade de sentir os ecos (que podem ser cheiros, luzes ou sensações) de mortes recentes e abruptas. Mortes provocadas por atos alheios. Ecos que ligam a vítima ao seu assassino.

O segundo livro da série The Body Finder é tão bom quanto o primeiro. Estava apostando que ele teria uma narrativa bem gostosa e não me enganei. A trama de Desejos dos Mortos é diferente da de Ecos da Mortes, portanto, dá para ler os livros de maneira independente.

E, mesmo já sabendo o que me esperava, fiquei bastante nervosa em alguns momentos da trama. É muito agoniante imaginar sentir que alguns corpos te atraem buscando, implorando por algum tipo de descanso.

Há alguns elementos novos, alguns personagens que entraram na vida de Violet, mas que foram pouco explorados em Desejos dos Mortos (provavelmente, eles receberam maior influência na trama do terceiro livro da série, sem previsão de publicação no Brasil).

Apesar da história ser realmente muito boa, encontrei alguns erros de tradução e de edição nesta edição (tipo uma única fala cortada como se fosse uma conversa, ou frases sem espaçamento muito nítido de palavras). Fora isso, não tenho o que reclamar. Assim como no primeiro livro, a capa é bem agradável ao toque (um dos pontos do primeiro livro que me conquistou).

23 de jun. de 2015

Harry Potter e O Cálice de Fogo - J. K. Rowling


Ler o quarto livro da série fez reascender a esperança de ler todos os sete livros até o final do ano. Eu estava bem lenta desde que (re)comecei a trabalhar e só agora estou conseguindo voltar a ter um ritmo decente de leitura.

Tentando resumir um pouco da história: a treta começa cedo em O Cálice de Fogo. Logo no segundo capítulo, Harry tem um sonho para lá de agourento sobre o Lorde das Trevas. E ter acordado com a cicatriz que ele lhe deixara só piorou os ânimos. Felizmente, os Weasley se encarregaram duplamente de fazer as férias de verão de Harry ficarem mais animadas: primeiros eles o convidam para o Mundial de Quadribol, depois explodem a sala de estar dos Durley quando vão buscá-lo (teve direito até a travessuras de Fred e Jorge. *risos*

Os milhares de bruxos e bruxas eufóricos pela surpreendente partida de Quadribol profissional levaram a comemoração e a euforia a níveis pouco vistos no mundo mágico. Resultado? Mais treta, piorada a níveis estratosféricos quando a Marca Negra, sinal que o Lorde das Trevas e seus Comensais da Morte deixavam sempre que faziam das suas matanças, surge nos céus do acampamento dos bruxos.

Em Hogwarts, a escola está em polvorosa por causa de um torneio entre escolas de magia que não acontecem a séculos. O Torneio Tribruxo contou com a participação de outras duas escolas de magia: a francesa Beauxbatons, cuja a campeã é a meia veela Fleur Delacour, e a búlgara Durmstrang, cujo campeão é o apanhador mundialmente famoso Vítor Krum. O campeão escolhido pelo Cálice de Fogo para representar Hogwarts é o lufino Cedrico Digory (que, segundo rumores, morreu para poder virar uma fada brilhante em Crepúsculo). Um minuto depois das escolhas terem seus representantes nomeados, o Cálice expele um quarto campeão: Harry Potter.

Aí, meus caros leitores, é mais e mais treta até o fim.

Eu sei, eu sou bem suspeita para falar alguma coisa sobre Harry Potter, mas vou falar mesmo assim: essa saga é perfeita! Fico cada vez mais encantada pela habilidade narrativa que a autora mostrou ao longo desse livro (na verdade, ao longo de todos os livros). 

Tanto os personagens quanto a narrativa estão mais maduras, mas, ainda assim, incrivelmente agradáveis e hilárias na dose certa, e todas as pistas que ela apresentam são tão claras e, ao mesmo tempo tão difusas, e tão bem colocadas que, por mais que você já saiba do que vai acontecer, você fica na expectativa e morrendo de nervoso e de raiva com alguns personagens.

É por isso que eu digo que Harry Potter é amor, Harry Potter é vida! <3

19 de jun. de 2015

Enfeitiçada Pelo Desejo - Cathy Williams


Meses depois de ter ganhado minha primeira cortesia no Skoob, finalmente tomei vergonha na cara para arranjar tempo para lê-lo.

Chase Evans, advogada de um abrigo para mulheres, está em um caso difícil: depois de três reuniões com os advogados da empresa interessada na compra, as esperanças de conseguir salvar o abrigo são mínimas.

O difícil passa a ser (ainda mais) complicado quando ela descobre que o dono da empresa compradora é Alessandro Moretti, um empresário de sucesso com quem ela teve um caso amoroso frustrante (e traumatizante para os dois lados) anos atrás.

Como se não fosse o suficiente, Alessandro vê seu reencontro com Chase como uma chance de se vingar pelo estrago que ela fez em sua vida (e, principalmente, no seu orgulho), e ele declara que, "a cada minuto desperdiçado, mil libras serão descontados da oferta inicial".

Quarenta e cinco minutos depois, Chase desiste. E a única maneira de reaver o dinheiro perdido (tão necessário ao abrigo), é se colocando nas mãos dele. Mesmo que isso signifique escancarar antigas feridas.

Quando o assunto é livro de banca, quase me sinto em casa: por incrível que pareça, comecei a lê-los quase ao mesmo tempo em que terminava a saga Harry Potter. Eu tinha uns quinze ou dezesseis anos quando achei um livro desses nas coisas de costura da minha mãe, e foi com muita dor no coração  que parei de comprá-los.

Em relação ao casal protagonista, eu ADOREI o Alessandro (como se eu pudesse dizer outra coisa de um italiano escultural como ele, qual é né?). Ele me deu uma senhora referência para um tipo de personagem que estou tentando criar em uma das histórias da Sra. Scala. (*risos*)

Fiquei super, super contente ao perceber que eles continuam gostosíssimos de serem lidos. A leitura é bem leve e, por se tratar de um livro curto, você consegue ler metade do livro em um piscar de olhos e fica realmente muito triste quando a história acaba. Descobri que livros de banca podem ser um senhor cura-ressaca literário. (*risos*)

16 de jun. de 2015

Antes da Forca - Joe Abercrombie


Quando você termina de ler O Poder da Espada, você sabe que, no segundo livro, conheceremos a guerra e alguns dos mistérios que envolvem a trama criada por Abercrombie. Pois bem, Antes da Forca te surpreende, e não só nesses dois aspectos.

Há duas guerras rolando na parada: uma ao Sul e outra ao Norte, e enquanto o massacre corre solto nas duas pontas do mundo, três dos personagens que conhecemos no primeiro livro da trilogia estão em viagem com o Mago Bayaz para um lugar conhecido somente como "A Borda do Mundo", onde pegarão alguma coisa que, de alguma maneira, acabará com essa guerra (de uma maneira não muito bonita imagino eu).

A narração é feita pelo ponto de vista dos personagens que conhecemos no primeiro livro, sendo que, em alguns momentos, os capítulos trazem mais de um ponto de vista da mesma jornada.

Jezal dan Luthar (que melhorou absurdos nessa parte da história), Loguen Nove Dedos (ainda disparando como meu personagem favorito) e Ferro Malijin (que, por mais incrível que pareça, está mais simpática), estão acompanhando o Mago Bayaz em uma jornada estranha, em uma terra mais estranha ainda, a caminho de algo que nenhum dos três sabe exatamente o que é. O que eles sabem, até agora, é que, por algum motivo, ele precisa de Ferro e de Logen... E que Luthar, de alguma maneira, também é necessário.

Sand da Gloka foi mandado pelo arquileitor Sult ao Norte do Mundo, para Dagoska, com a missão (desde o início fracassada) de impedir que a cidade caia nas mãos dos Gurkenses (povo que, por sinal, foi o que transformou Glokta no aleijado que ele é hoje).

West (amigo de Glokta e treinador de Luthar), foi mandado para o Norte, para lutar na guerra contra o rei nórdico Bethold. Para seu azar, ele ficou responsável pelo regimento comandado pelo mimado e sem um pingo de tutano na cabeça príncipe herdeiro Ladisla. Para sua sorte, os caminhos de West e dos antigos companheiros de Logen se encontraram.

Este livro correspondeu a TODAS as minhas expectativas. Na verdade, ele até as superou. Eu realmente, realmente, estou animadíssima em relação ao último livro.

13 de jun. de 2015

Tudo O Que Precisamos Saber, Mas Nunca Aprendemos, Sobre Mitologia - Kenneth C. Davis


Até um tempo atrás, eu não tinha o costume de prestar atenção nas introduções dos livros que eu lia (a bem da verdade, a maioria nem tinha isso). Mas em algum momento da minha vida como leitora, isso mudou. Neste livro, a introdução é feita pelo próprio autor: um nerd que, quase como eu, foi fascinado pelos mitos desde criança, e que, muito diferente de mim, levou essa curiosidade a um nível que o levou a fazer um livro de 728 páginas sobre o assunto.

O primeiro capítulo de Tudo O Que Precisamos Saber, Mas Nunca Aprendemos, Sobre Mitologia, é dedicado a explicar alguns pontos sobre os mitos, tais como o que são, diferenças entre as nomenclaturas que conhecemos (mito, lenda, fábula e etc.) e outros assuntos mais introdutórios.

A partir do capítulo dois, o autor entra na parte dos mitos propriamente ditos, indo da mitologia mais conhecida (a do Egito) até as que foram (e que estão sendo) mais recentemente estudadas (América e Ilhas do Pacífico).

Uma coisa que achei interessante (duas alias) é que cada capítulo possui citações que se relacionam como o conjunto de mitos que está abordado (na parte egípcia há um trecho do "O Livro dos Mortos", uma passagem sobre o Egito escrito por um arqueólogo e vários outros trechos que possuem os mitos egípcios como centro).

A outra coisa que me chamou atenção é, na introdução dos capítulos, o autor faz uma lista das perguntas que serão respondidas sobre cada conjunto de mitos. Essa estratégia acabou atiçando minha curiosidade de uma maneira que poucos livros sobre o assunto conseguiram.

De uma maneira geral, Tudo O Que Precisamos Saber, Mas Nunca Aprendemos, Sobre Mitologia é um livro incrível. A quantidade de histórias reunidas é enorme e muitas delas (tipo, muitas mesmo) foram novidades. 

Acho que é aqui que comento que é justamente essa quantidade enorme de informações que fez o livro ficar um pouco exaustivo. Para vocês terem ideia, precisei tirar uma folga do livro lá pela página 290 (e não tinha lido sequer três capítulos inteiros). Felizmente, os últimos conjuntos de mitos foram mais leves e mais rápidos.

10 de jun. de 2015

(Postagem Extraordinária) Resultado do Sorteio Box Trilogia Dragões de Éter


Os blogs
Sortearam o Box da Trilogia Dragões de Eter Vamos conhecer o(a) sortudo(a) ganhador(a)

O Amor Não Tem Leis - Camila Moreira


Não estava planejando ler este livro agora (tipo, há outros livros na frente), mas, graças a uma ressaca literária titânica, aumentei a recém construída pilha de livros "em processo de leitura" e pesquei esta capa maravilhosa.

Parece meio clichê (e, na verdade, é mesmo) mas eu adoro histórias que envolvem grandes e importantes homens de negócio e suas secretárias/assistentes (tenho um verdadeiro tombo por engravatados de personalidade forte, ainda mais se, além de tudo, eles treinassem muay tai).

O cara em questão se chama Alexandre Ferraz, advogado criminalista de uma firma que leva o nome de sua família. Bem sucedido em sua carreira, Alexandre sabe o impacto que causa nas pessoas (e sabe muito bem usar isso para conquistar as pessoas, especialmente as mulheres).

Na outra ponta temos Maria Clara, uma mulher de 23 anos que retornou à faculdade de direito após passar um tempo no exterior. Entre ela e o diploma, está somente a necessidade do período do estágio obrigatório, o que ela cumprirá na empresa de Alexandre, como estagiária do próprio.

Nenhum dos dois estavam buscando compromisso sério... Mas o acordo que os dois fizeram para saciar sua necessidade um do outro acabou se mostrando insuficiente para as duas partes.

Apesar da relação estagiária/supervisor ser contra a politica da empresa Ferraz, Alexandre e Clara insistem, e acabam até conseguindo ótimos meses de um relacionamento secreto e "tranquilo". O problema começa quando Lais, melhor amiga dee Clara, inventa de levá-la ao show de Erick Mayer, ex-namorado de Clara.

E isso é só o inicio, por que a biscate da vez é bem poderosa e tem sangue nos olhos (e, acho eu, nas mãos).

Apesar de ter identificado todos os "elementos" de praticamente todo e qualquer erótico (cara lindo de morrer, mulher linda de morrer, traumas no passado de um deles, biscate a tiracolo (e, nesse livro, são duas), gostei bastante da maneira com a autora trabalhou estes pontos. O livro, em nenhum momento que eu consiga me lembrar, ficou chato (prova disso é que o li em apenas um final de semana).

Uma coisa que achei interessante, é que Camila fez uma série de playlists ao longo do livro, colocando trechos e mais trechos de musicas (a maioria delas, conhecidas) ao longo da narrativa (que, por sinal, alterna entre Ferraz e Clara). É primeira vez que vi alguém fazer isso e o resultado ficou bem legal.

7 de jun. de 2015

Chihayafuru (Anime)

Faz muito, muito tempo desde que não consigo parar em frente ao computador somente para ver animes. Sei lá, a maioria dos que estão saindo agora não me chamam a atenção. Mas existem certos animes que não me canso de ver e rever. Chihayafuru é um desses.


Lançado em 2011, esse anime é baseado no mangá de mesmo nome do mangaká Yuki Suetsugu, e conta a história de uma colegial que é inspirada por um amigo a começar a jogar o karuta de Hyakunin Isshu competitivamente.

Eu explico: Karuta é um jogo de cartas tradicional do Japão em que o competidor precisa pegar a carta que for lida antes de seu adversário. Simples? Na verdade nem tanto. Os jogadores precisam memorizar cinquenta cartas por partida. E a cada partida jogada, as cartas e as posições das mesmas mudam. Já Hyakunin Isshu é uma antologia de poemas feita pelo poeta Fujiwara no Teika (1162 – 1241), em que cada um dos 100 poemas possui 100 diferentes autores.

Fazendo uma sinopse básica, Chihayafuru mostra a jornada de Ayase Chihaya rumo ao título de Rainha, título dado à jogadora mais forte do Japão. A paixão dela por karuta, começou graças a um colega de sala, Arata Wataya, quando ela tinha 13 anos (no anime, ela tem 16, mas o primeiro episódio é dedicado a essa parte da história dela, até a separação do trio Ayase Chihaya, Arata Wataya e Machima Taichi, que se juntou a eles no jogo de karuta competitivo).

Eu gosto desse anime, por que ele faz uma coisa que eu simplesmente ADORO: ele junta passado e presente e mostra uma parte da literatura que sobreviveu aos séculos (se eu entendi direito, alguns dos poemas chegam a ter 800 anos ou mais). 

Ao longo no anime, outros personagens se juntam à paixão de Ayase pelo karuta competitivo, o que me leva a um outro ponto que faz de Chihayafuru um dos meus animes favoritos: você consegue perceber a evolução dos jogadores dentro e fora das partidas, você fica cativado por eles, pelas motivações deles durante o jogo, prende a respiração quando eles estão em uma partida difícil, explode de alegria quando eles ganham, se entristece quando perdem... É incrível.

Para vocês terem uma ideia, já devo ter assistido a esse anime umas três ou quatro vezes... E o assistiria de novo sem pestanejar. E, mesmo sabendo (quase de cor) os acontecimentos do anime, ainda ficaria completamente empolgada com a história.

4 de jun. de 2015

Tentada - P. C. Cast


Foi há poucas horas que Zoey, juntamente com um círculo de magia projetado especialmente para isso, afastaram Kalona, Neferet e os Raven Mockers, de Tulsa. Mas as coisas não param: Zoey revive um pouco mais de seu passado como A-ya (a boneca de barro feita para amar e aprisionar Kalona), na Morada da Noite, a batalha contra os filhos amaldiçoados de Kalona deixou feridas profundas nas poucas pessoas que enxergaram as intensões maldosas de Neferet. E daí a coisa só piora.

Existem algumas diferenças em relação aos outros livros da série, duas delas são mais escancaradas: a primeira é que, pela primeira vez, cada capítulo possui um narrador próprio. A principal narradora principal continua sendo Zoey, mas também passamos a acompanhar as coisas pelos olhos de Stevie Rae, de Afrodite, e de outros personagens. O segundo é que nesse volume não há tantas piadinhas nerds/ de adolescente. não sei se por conta da gravidade das coisas, ou pelo amadurecimento dos personagens, a quantidade de ataques de risos histéricos que tive durante a leitura diminuiu.

(Outra coisa boa é que, aparentemente, a Zoey conseguiu se segurar para não arranjar, de novo, um namorado número três. Até por que, o candidato a tal cargo é quem, ao que parece, pode acabar com o mundo inteiro).

De um modo geral, essa série continua se mantendo como uma boa opção de cura ressaca literária. Apesar de, como eu já disse, essa parte da história ser um pouco mais séria que as demais, a narrativa é bem gostosa e é bem rápida também.

1 de jun. de 2015

A Mão Que Me Acariciou Primeiro - Maggie O'Farrell


Quando o catálogo de Abril dos parceiros do Grupo Editorial chegou, fiquei bem receosa quanto aos livros que eu queria pedir. Foi meio que nesse momento que finalmente me dei conta do quão difícil é escolher livros (escolher 3 entre 15 é uma tarefa árdua quando sua curiosidade por livros diferentes é alta). Acabei utilizando uma técnica bem conhecida minha e me deixei levar pelas capa e pelo título.

O nome "A mão que me acariciou primeiro" me pareceu muito sugestivo, e acabei colocando-o a frente dos meus outros desejos.

O que temos inicialmente são duas mulheres (Lexie e Elina) e um lugar (Londres). As duas vivem em momentos diferentes da história de Londres, e estão em momentos diferentes da vida: Lexie acaba de sair de casa para ir morar longe dos sufocantes pais, Elina começa a se recuperar de uma cesariana que quase lhe custou a vida.

Apesar de estarem separadas por uma geração, em vários momentos da história fica claro que existe alguma ligação entre elas. As vezes é a mera descrição de um carrinho de bebê, ou uma atitude que nos revela suas personalidades singulares, gostos em comum, etc.

Confesso que, em alguns momentos ai longo da leitura, foram essas ligações tênues entre as duas personagens que me fizeram continuar a leitura. A curiosidade em relação à essas ligações era muito maior do que minha preferencia por narrativas mais rápidas. Alias, pensando agora, acho que foi justamente por este livro possuir um ritmo mais lento que consegui perceber esses momentos em que o passado (Lexie) e o presente (Elina) se misturavam.

Aí lá pelas tantas, quando você finalmente consegue juntar as peças, e determinar o que e quem é o responsável pela proximidade dessas duas pessoas... meu Deus! Maggie O'Farrel foi incrivelmente bem sucedida nesse livro.

Este livro é muito sobre os personagens descobrindo sobre si mesmos, sobre como eventos  e lugares inicialmente sem conexão se juntam de maneira tão coesas, e como o tempo consegue se sobressair às memórias e aos segredos.

É serio, eu terminei A Mão Que Me Acariciou Primeiro quase chorando de emoção e imensamente feliz por ter escolhido um livro tão incrível.