31 de out. de 2015

Noite do Oráculo - Paul Auster


Sidney Orr é um escritor relativamente bem sucedido que, após passar meses no hospital por causa de um acidente, está conquistar alguma normalidade em sua vida.

Até mesmo sua carreira literária, até então estagnada por causa de sua convalescença, é retomada quando Sidney adquire um misterioso caderno azul fabricado em Portugal. Escrevendo com surpreendente espontaneidade e vigor, ele esboça a história de Nick Bowen, um editor que larga sua vida em Nova York após quase ser atingido por uma estátua que despencou de um prédio.

Estranho porém, é quando Sidney percebe que sua ficção volte e meia se faz presente em sua realidade, seja por meio de palavras ditas e ouvidas ao acaso, seja por notícias de jornal, ou mesmo pela crise conjugal vividas por autor e personagem.

A história toda é um jogo de perspectivas bem interessante: a ficção de Auster se torna a realidade de Orr, que por sua vez, escreve sobre o fictício Bowen que, em sua realidade, possui uma relação profunda com um livro fictício chamado Noite do Oráculo.

Estranho pensar que comecei a leitura deste livro pensando se tratar de uma história sem graça (a sonolência que sempre vinha depois de vinte páginas quase me fez desistir para iniciar alguma coisa mais estimulante), mas depois de uma noite muito bem dormida (e de uma manhã sem trabalho) descobri o quanto estava enganada.

Noite do Oráculo é um livro incrível que, além de uma história muito bem construída, mostrou várias ferramentas que um autor pode usar para trabalhar seu objetivo. No caso deste livro, além da ficção dentro da ficção (a história de Bowen dentro da história de Orr), Auster trabalhou com notas de rodapé (algumas bem extensas por sinal) como que para corroborar que Sidney é um ser real, e não fictício. 

Publicado originalmente em 2004, Noite do Oráculo foi o décimo segundo romance do autor e marcou meu primeiro mês como assinante do TAG - Experiencias Literárias.

27 de out. de 2015

As Mais Belas Histórias da Antiguidade Clássica (Vol. 02) - Gustav Schwab


Minha paixão por esta coleção foi tão forte que não consegui esperar pelo catálogo e o comprei na Livraria Cultura por um ótimo preço. Fiquei totalmente chocada quando o vi no catálogo do mês, mas fiquei super agradecida também, pois pude pegar um outro livro que fez meu coração bater forte. <3

Este segundo volume da coleção As mais belas histórias da Antiguidade Clássica volta-se para os mitos de Troia, desde sua construção até seu declínio após a guerra contra os gregos, assim como os destinos dos descendentes de Agamémnon, que encerram a linhagem dos tantálidas.

Reunindo as histórias míticas acerta do embate causado pelo rapto da bela grega Helena, Gustav Schwuab colocou-as em ordem cronológica a partir de desvios encontrados na Ilíada de Homero (escrita por volta de 750 a.C) e as reuniu com histórias encontradas em tragédias gregas que remontam ao século cinco a.C.

Se no primeiro volume eu achava que o ruim dos gregos eram os deuses, neste eu tive certeza: um mais instável que o outro, um mais invejoso que o outro, e todos eles querendo ver a coisa toda pegar fogo (às vezes literalmente falando). Talvez tenha sido por causa de tantas interferências divinas que algumas partes da histórias ficaram um tanto entediantes (mas nem por isso menos ricas em miticismo).

A Guerra de Troia não é um assunto que me enche muito os olhos, gostos das histórias mais curtas, tipo as de transformações, mas, ainda assim, gostei bastante da leitura.

22 de out. de 2015

O Próximo da Fila - Henrique Rodrigues


O ano é 1990. Aqui no Brasil, a recessão econômica mina cada vez mais o poder aquisitivo dos trabalhadores, mas essa não é a realidade do narrador-personagem. Ao menos não até o pai morrer. Nesse momento, ele, a mãe e o irmão precisam sair da casa em que sempre viveram, vender móveis e o automóvel da família para morarem em um lugar mais em conta.

A escola particular em que estudava teve que ser substituída pela escola pública e ele, que sempre pode ter dedicação exclusiva aos estudos, precisou começar a trabalhar para ajudar a manter a família na quitinete que agora eles chamam de lar.

No prólogo, descobrimos que esse garoto hoje é jornalista e escritor, e está em seu horário de almoço escrevendo sua história (ou parte dela) nos guardanapos disponíveis na mesa da lanchonete em que está almoçando.

É um tanto difícil explicar o que senti lendo este livro: por um lado, o adulto está cansado da vida que tem, cansado do rumo que sua vida seguiu. Do outro, o jovem, sem muitas perspectivas para o futuro, é obrigado a amadurecer rápido demais e a conviver com duas grandes peças pregadas pelo destino.

No meio disso tudo, temos a rotina de uma lanchonete fast-food contada em suas minucias, assim  como as consequências das interações entre funcionários e entre funcionários e chefias em um período bastante conturbado da história do Brasil.

Não há travessões indicando as falas, mas estas são tão claras que, a bem da verdade, os indicativos se tornam desnecessários.

Este livro me surpreendeu por vários motivos e em vários momentos que fiquei bem contente por ter tido a oportunidade de lê-lo.

19 de out. de 2015

Lançamentos - Grupo Editorial Record

Eles passam meses sem nos enviar as news. Em compensação, quando mandam vem um  monte de uma vez. Tive que deixar um monte fora do pedido do mês. :'(

Paisagem Brasileira - Lya Luft
O Brasil está em crise. A cada dia os noticiários trazem um novo escândalo na política, na economia, na educação, na segurança, na saúde. E o povo brasileiro espera por mudanças. Hoje mais do que nunca. Precisamos acreditar num amanhã melhor. Esse é o mote de Paisagem brasileira, um ensaio literário-político em que Lya Luft explora os fundamentos da democracia para expor sua perplexidade ante o panorama do país.
Cronista perspicaz, Lya descreve o livro como um comentário despretensioso de uma brasileira que não é perita no assunto, mas tece um olhar sobre o que nos acontece. Dividido em quatro partes – Amor e dor, Os fundamentos, A paisagem e Sem ilusões –, Paisagem brasileira é composto pelo encadeamento de pequenas reflexões intercaladas pelo desejo otimista de uma solução.

Acostumada a jogar com as palavras e com personagens, a sondar o insondável, Lya não se poupou, nem teve medo de revelar sua opinião. De linguagem simples e coloquial, o livro é uma conversa direta com o leitor e apresenta o olhar de quem se perde nessa paisagem confusa e instável, cheia de contradições e com destino incerto. Lê-lo é encontrar certa poesia na esperança de um país melhor. (Skoob)


A Garota Sem Nome - Marina Chapman
Em 1954, em um vilarejo remoto da América do Sul, uma menina de 4 anos foi sequestrada e abandonada no coração da floresta tropical colombiana. Sozinha e com medo, agarrou-se à única companhia que encontrara: um grupo de macacos que a acolheu em sua família. Em um relato comovente, Chapman revela os detalhes do período ao longo do qual foi pouco a pouco se tornando feroz. O que ela não sabia, no entanto, é que o seu maior teste de sobrevivência não seria na selva.
Depois de anos na floresta, Chapman, já com 10 anos, foi capturada por caçadores e devolvida à civilização. Vendida para um bordel, seria escravizada e espancada diariamente, até escapar – para viver a perigosa rotina de uma criança de rua, e depois a de prisioneira dentro da casa de uma família mafiosa colombiana. Mas havia uma esperança...
A garota sem nome narra esta incrível história de sobrevivência e perseverança — uma demonstração do verdadeiro significado de “humano” e do que nos conecta às pessoas. (Skoob)



Os Machões Dançaram - Xico Sá
Depois de Modos de macho & modinhas de fêmea (2003) e Chabadabadá – aventuras e desventuras do macho perdido e da fêmea que se acha (2010), Xico Sá completa sua trilogia de crônicas que revelam as mudanças de comportamento nas relações entre homens e mulheres do final do século XX até hoje. Os machões dançaram – crônicas de amor & sexo em tempos de homens vacilões apresenta uma galeria de personagens que ilustram as grandes transformações do homem. Do macho-jurubeba – como o autor define o cara à moda antiga – aos sensíveis macunaemos – garotos que têm a preguiça sentimental de um Macunaíma e a choradeira de um roqueiro estilo emo. A fase alfa do macho e o metrossexualismo também são alvos da escrita picaresca desta edição. Em sua narrativa sobre a tragicomédia dos relacionamentos, Xico Sá entrega os segredos masculinos do cotidiano dos botequins sem esquecer a devoção permanente pelas mulheres, traço que tem marcado a sua escrita como um dos principais cronistas do país. (Skoob)



Antônio: O Primeiro Dia da Morte de um Homem - Domingos de Oliveira
Em seu primeiro romance, Antônio: o primeiro dia da morte de um homem, Domingos Oliveira, com estilo próprio, constrói uma narrativa de entrega e liberdade. Professor, roteirista, escritor frustrado, homem que já não é garoto, Antônio é um protagonista inesquecível, e nas páginas do romance faz o que todo personagem deveria fazer: vive. Ele ama, sofre com o término de um longo casamento, apaixona-se por Manuela e Nádia – vértices de um delicioso triângulo amoroso –, escreve, luta por reconhecimento, tudo isso observado pelo espectro do amigo Eduardo, recém-falecido, que não se furta a emitir opiniões e tentar interferir nas decisões de Antônio.
Antônio é um livro que, se carrega muito da dramaturgia de Domingos, é literatura de primeira, um livro que nasce clássico. (Skoob)





História da Chuva - Carlos Henrique Schroder
As enchentes de novembro de 2008, que deixaram uma série de cidades de Santa Catarina em estado de calamidade pública, dão início ao novo romance de Carlos Henrique Schroeder, História da Chuva. O leitor é conduzido por um legado de perdas, mas também é apresentado ao mundo das artes cênicas, ao envelhecer e à arte. O livro investiga a intrincada relação de Arthur e Lauro: amigos, parceiros profissionais e diretores do Gefa (Grupo Extemporâneo de Formas Animadas), especializado em teatro de animação. A narrativa começa num ponto crítico da vida de Lauro: recém-divorciado e atordoado pela ausência de Arthur, ele procura um sentido para a existência das suas memórias.
A obra é narrada por um alter ego do autor, que tenta, ao criar um perfil de Arthur, descobrir o quanto o teatro e a arte ainda fazem sentido para sua existência. Brilhantemente criada, a literatura de Schroeder tem disso: é recheada de elementos reais e ficcionais que jogam com o leitor provando que não há limite entre o palco e o mundo. Não é à toa que História da chuva foi contemplado com a Bolsa de Criação Literária do Programa Petrobrás Cultural 2012. (Skoob)



Luxúria - Fernando Bonassi
Quando Fernando Bonassi terminou de escrever Luxúria, a ascensão da nova classe C parecia anunciar um futuro de plena prosperidade no Brasil e a crise do abastecimento de água nas metrópoles do país soaria como ficção. Agora, no entanto, esta fábula contemporânea, sobre uma família comum, com ambições comuns, mas cujas escolhas aos poucos a leva a um cenário apocalíptico, parece anunciar os impasses desse Brasil em que progresso significa consumo.
Inebriados pelo crédito fácil neste “momento histórico de prosperidade”, como alardeiam as propagandas do governo, a família de um metalúrgico – que mora em uma casa financiada, com carro financiado e eletrodomésticos financiados – decide construir uma piscina no quintal de casa. Porém, como afirma um dos personagens, “Há tempos a água não significa pureza: é a mãe de todas as guerras”, e essa decisão aparentemente banal vai expor as bases instáveis em que se assenta a normalidade da classe média, num equilíbrio fraco entre a pobreza e o bem-estar, entre a família feliz e a tragédia. (Skoob)






Jan Karski - Yannick Haenel
Varsóvia, 1942. Jan Karski, mensageiro da Resistência polonesa, é levado por dois líderes do movimento judaico para visitar o Gueto de Varsóvia. Sua missão: relatar ao mundo livre as atrocidades que ali ocorrem. No entanto, ninguém parece ouvir. Grandes homens como Felix Frankfurter, juiz judeu da Suprema Corte dos Estados Unidos, e o presidente Roosevelt subestimam o que posteriormente será conhecido como Holocausto.
Neste híbrido de relato histórico e ficção, Yannick Haenel utiliza elementos biográficos e documentais para reconstituir a saga do polonês que enfrentou a pior das torturas: falar e não ser ouvido. (Skoob)







Sem tetas Não Há Paraíso - Gustavo Bolívar Moreno
Catalina tem 14 anos e leva uma vida difícil em Pereira, na Colômbia. Sua melhor perspectiva para o futuro é se casar com o namorado, Albeiro, e construir uma vida simples. Mas não é o suficiente para ela. A felicidade é sinônimo de carros imponentes, imóveis majestosos, roupas de grife, perfumes caros, joias.
E o primeiro passo para conseguir tudo isso é colocar próteses de silicone. Afinal, Catalina é muito bonita, mas, por experiência própria, quando o assunto é sexo, peitos são o que os homens realmente querem. E os homens em questão são os traficantes de drogas colombianos. Assim, Catalina se vê em um ciclo vicioso: precisa do dinheiro de um traficante para a cirurgia, mas, ao mesmo tempo, só conseguirá chamar atenção de um deles quando tiver seios fartos. Determinada a encontrar um meio de obtê-los, ela é obrigada a enfrentar uma longa, violenta, exaustiva e, muitas vezes frustrante, jornada. Mas seria mesmo o silicone sinônimo de felicidade? (Skoob)





Amazônia Indígena - Márcio Souza
Com a bagagem de mais de quarenta anos de dedicação à cultura amazonense, Márcio Souza encarregou-se da tarefa monumental de reunir a mais recente pesquisa sobre a Amazônia e os índios da região, derrubando falsas ideias construídas por décadas de desinformação. Em capítulos curtos, de leitura fácil mas repletos de informação, Amazônia indígena fala das culturas primitivas da Amazônia, passando pelos horrores do processo colonial e dos sucessivos genocídios de indígenas que ocorreram na história do Brasil, até as atuais polêmicas ambientais. Os índios foram – e ainda são – bravos resistentes diante do poderio econômico e bélico das multinacionais e da destruição da floresta.
Essencial para repensar a relação do Brasil com seus habitantes mais antigos, Amazônia indígena é uma densa e empolgante obra sobre o gigantismo da cultura dos índios e uma intensa reflexão sobre os rumos que o território amazônico está tomando. (Skoob)




Moçambique, O Brasil é Aqui - Amanda Rossi
Para escrever este livro, a jornalista Amanda Rossi atravessou milhares de quilômetros por terra e pelos céus de Moçambique, ao longo de uma vivência de sete meses no país, entre 2010 e 2013. O resultado é uma reportagem aprofundada sobre as relações comerciais e diplomáticas entre Brasil e Moçambique, um mergulho fundo nos arquivos desse relacionamento.
Vislumbram-se a cor local e o sabor da cultura moçambicana, enquanto se descobrem informações inéditas sobre a correspondência diplomática entre Brasília e Maputo. As estatísticas sobre os investimentos brasileiros em Moçambique ganham significado quando contextualizadas pelo exame acurado da documentação oficial e por dezenas de entrevistas com os protagonistas dessa história.
Através dos relatos sobre a parceria moçambicano-brasileira, ficamos sabendo como e por que o Itamaraty e o Palácio do Planalto gastaram tanto esforço, dinheiro e voos presidenciais para a África, um continente que nunca havia sido prioridade para os mandatários brasilienses. E qual era o objetivo final da agenda africana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (Skoob)





Fernando Capelo Gaivota - Richard Bach
Um dia, enquanto pensava sobre a vida, o ex-piloto da Força Aérea americana Richard Bach escutou uma voz misteriosa que começou a contar-lhe a história de uma gaivota que queria voar mais alto e mais rápido. Impressionado com a inexplicável inspiração, Bach escreveu tudo o que ouviu. Ao final, tinha em mãos uma das obras mais populares e importantes das últimas décadas: Fernão Capelo Gaivota, uma aventura emocionante sobre liberdade, que influenciou, motivou e mudou para melhor a vida de milhões de pessoas no mundo todo. Após sofrer um acidente de avião em 2012 e passar quatro meses no hospital, Richard Bach decidiu que era o momento de compartilhar o desfecho de seu trabalho e ensinar a seus leitores como fazer suas vidas valerem mais a pena. (Skoob)






Antijogo - Adrielles Jorge
Adrilles Jorge ficou conhecido em todo o Brasil como um dos participantes do Big Brother Brasil 2015. Seria hoje, portanto, mais um ex-BBB, não fosse por um detalhe tão surpreendente quanto impositivo: a poesia que escreve. Algo improvável ocorreu, mas fato é que sua participação no reality show revelaria ao público leitor um poeta interessantíssimo, orgânico, cultor da melhor tradição poética brasileira, autor de obra a ser urgentemente lida e estudada. Reunindo 137 poemas, Antijogo é o primeiro passo da promissora carreira literária de Adrilles. Sua poética versa, principalmente, sobre temas como amor, medo, desejo e morte, e tem construção sintática peculiar, comparada por Olavo de Carvalho, autor do texto de orelha, aos desenhos de M.C. Escher. (Skoob)








O Cérebro Autista - Temple Grandin e Richard Panek
Ao mesclar novas e surpreendentes descobertas com a sua própria experiência como autista, Temple Grandin evidencia os avanços científicos neste campo, compartilha conosco suas ressonâncias cerebrais para mostrar quais anomalias podem explicar os sintomas mais simples e, de forma animadora, argumenta que a educação de crianças autistas não deve centrar-se apenas em suas fraquezas, o que multiplica as formas de aproveitar suas contribuições únicas.
Dos “Aspies” do Vale do Silício até uma criança não verbal, Grandin compreende o real significado da palavra “espectro”, o que faz deste livro uma leitura essencial sobre o assunto. (Skoob)






Angela Maria: A Eterna Cantora do Brasil - Rodrigo Faour
É impossível contar a história da música brasileira e do próprio país sem mencionar o nome de Angela Maria. Sua popularidade assombrosa a fez colecionar recordes ao longo da vida: milhares de discos vendidos, mais de cinquenta canções em parada de sucessos, centenas de troféus, mais de 250 capas de revistas, um sem-número de críticas semanalmente na imprensa, e o próprio tempo de carreira – cerca de 65 anos ininterruptos gravando e se apresentando com casa cheia...
Mas, até que se tornasse a cantora mais popular do Brasil e o “maior salário do rádio” de seu tempo, Angela Maria enfrentou uma infância miserável e uma terrível resistência dos pais religiosos. Depois, já famosa, foi do céu ao inferno em sua vida pessoal, ludibriada por maridos-empresários. Entretanto, com uma incrível capacidade de superação, sobreviveu a tudo, inclusive aos mais diversos modismos musicais, tornando-se um mito da cultura nacional e influenciando inúmeros intérpretes.
Neste seu novo grande trabalho de pesquisa e narrativa biográfica, Rodrigo Faour nos apresenta em detalhes a impressionante trajetória desta grande cantora. (Skoob)






A Segunda Guerra Mundial - Antony Beevor
Ao empregar o ímpeto narrativo que fez de seus livros Stalingrado, Berlim 1945 e Dia-D best-sellers internacionais, Antony Beevor apresenta os vários aspectos da Segunda Guerra de um modo completamente novo. Com base nas pesquisas e informações mais atuais a respeito do tema, e por meio de um texto claro e apaixonante, Beevor traça um panorama que se estende do Atlântico Norte ao Pacífico Sul. Apesar de pintar o cenário mais amplo do conflito em sua escala heroica, A Segunda Guerra Mundial nunca perde de vista o destino dos soldados e civis comuns cujas vidas foram esmagadas pelas forças tirânicas da mais terrível guerra da história. (Skoob)







O Amante Japonês - Isabel Allende
Em 1939, ano da ocupação da Polônia pelos nazistas, Alma Mendel, de oito anos, é enviada pelos pais para viver em segurança com os tios em São Francisco. Lá, ela conhece Ichimei Fukuda, filho do jardineiro japonês da família. Despercebido por todos ao redor, um caso de amor começa a florescer. Depois do ataque a Pearl Harbor, no entanto, os dois são cruelmente separados. Décadas depois, presentes e cartas misteriosos são descobertos trazendo à tona uma paixão secreta que perdurou por quase setenta anos. Varrendo através do tempo e abrangendo diferentes gerações e continentes, O amante japonês explora questões de identidade, abandono, redenção, e o impacto incognoscível do destino em nossas vidas. (Skoob)






A Rainha da Neve - Michael Cunnigham
Barrett Meeks, que acabou de perder mais um amor, está à deriva. Ao atravessar o Central Park, ele se vê repentinamente inspirado a erguer os olhos para o céu, onde uma luz pálida e translúcida parece encará-lo de uma forma nitidamente divina. Ao mesmo tempo, seu irmão mais velho Tyler, músico viciado em drogas, tenta em vão escrever uma canção de amor para sua noiva, Beth, que está gravemente doente.
Barrett, assombrado por aquela luz, inesperadamente recorre à religião. Tyler, por sua vez, se convence cada vez mais de que apenas as drogas serão capazes de dar vazão à sua verve criativa mais profunda. E enquanto Beth tenta encarar a morte com o máximo de coragem possível, sua amiga Liz, uma mulher mais velha — cínica, porém perversamente maternal —, lhe oferece ajuda.

Guiados pela narrativa sublime de Michael Cunnningham, acompanhamos Barrett, Tyler, Beth e Liz à medida que trilham caminhos definitivamente distintos em sua busca coletiva pela transcendência. Numa prosa sutil e lúcida, o autor demonstra uma profunda empatia por seus conflituosos personagens, além de uma compreensão singular daquilo que reside no âmago da alma humana. (Skoob)



Intempérie - Jesús Carrasco
Agachado no esconderijo que achou para si, um garoto fugitivo escuta os gritos dos homens que o perseguem. Quando não o encontram, o que lhe resta é uma planície infinita e árida, a qual deve atravessar se quiser ficar longe de uma vez por todas do que provocou sua fuga. Certa noite, seu caminho cruza com o de um pastor de cabras idoso, e, a partir desse momento, tudo mudará na vida dos dois.

Intempérie narra a fuga de uma criança através de um país devastado pela seca e regido pela violência. Um mundo isolado, onde não há nomes ou datas. É nesse cenário que o garoto, ainda não totalmente entregue, terá a oportunidade de se iniciar nos dolorosos rudimentos da consciência, ou, pelo contrário, exercer para sempre a violência da qual já provou. Uma estreia vitoriosa, um potencial clássico literário. (Skoob)





Só o tempo dirá - Jeffrey Archer
A vida de Harry Clifton começa em 1920, com os dizeres: “Disseram-me que meu pai havia morrido na guerra.” Harry não conheceu o pai, um trabalhador das docas de Bristol, e é através do tio que aprende tudo sobre esse universo. Stan, por sua vez, espera que o sobrinho se junte a ele no estaleiro ao concluir seus estudos. É uma perspectiva triste, por isso, quando a bela voz de Harry assegura-lhe uma bolsa de estudos em um colégio exclusivo para rapazes, mudando radicalmente o destino que o aguardava, ele percebe que nada mais será igual.
Harry conhece seu melhor amigo em St. Bede’s: Giles Barrington, primogênito de uma das famílias mais ricas de Bristol. Na escola, Giles se torna uma espécie de protetor do rapaz, mas talvez o melhor fruto dessa relação seja a proximidade com a irmã do amigo, Emma, destinada a se tornar o amor da vida de Harry.

Só o Tempo Dirá inclui um elenco memorável e nos guia das devastações da Primeira Guerra às docas da Inglaterra operária, das ruas de Nova York nos anos 1940 à eclosão da Segunda Guerra Mundial, quando Harry precisa tomar uma decisão que porá em risco até mesmo seu amor por Emma Barrington. (Skoob)


Verdade Ao Amanhecer - Ernest HemingwayMisturando ficção e autobiografia, Hemingway nos brinda com Verdade ao Amanhecer, um revelador autorretrato e crônica dramática de seu último safári na África. Escrito em 1953, quando voltava de uma temporada no Quênia, a obra tece uma história rica em humor e beleza.
Verdade ao Amanhecer começa no momento em que Pop, famoso caçador, entrega a Hemingway a responsabilidade pela área de caça onde está seu safári. O fato coincide com rumores de que o território poderá ser atacado por uma organização africana que se opõe ao poder colonial dos ingleses. Enquanto o ataque não vem, Mary, a esposa de Hemingway, empenha-se em caçar um leão pelo qual está obcecada.

Acrescentando ao seu dramático painel humano pinceladas de fino humor, Hemingway captura a excitação da caça aos grandes animais selvagens, assim como a incomparável beleza do cenário africano, as grandes planícies cobertas de neblina cinzenta, o perfil de zebras e gazelas contra o horizonte, gritos de hiena ferindo a noite escura e gelada. Nesta obra, o autor satiriza, entre outras coisas, o papel da religião organizada na África. Reflete também sobre o próprio ato de escrever e sobre o papel do autor no estabelecimento da verdade. (Skoob)



As Idades de Lulu - Almudena Grandes
Ainda mergulhada em medos oriundos de uma infância desprovida de afeto, Lulu, uma jovem de quinze anos, é seduzida por Pablo, amigo de seu irmão mais velho, que sempre nutriu por ela um fascínio secreto. Após uma primeira experiência, Lulu aceita o desafio de prolongar indefinidamente, em seu relacionamento, a iniciação sexual através de peculiares preliminares e submissão. Mas o encanto de viver em um mundo tão ilusório, de repente, se quebra, quando Lulu, aos trinta anos, adentra, desamparada e febrilmente, o inferno dos desejos proibidos.

Apontado por toda uma geração de leitores como uma crônica sentimental e passional do seu tempo, As Idades de Lulu revelou ao mundo o talento de Almudena Grandes. Nesta, que é a edição definitiva da obra, o texto foi inteiramente revisto pela autora, que também acrescenta um prólogo no qual recorda sua importância para a literatura espanhola contemporânea. (Skoob)





A Vida Viva - Jean-Claude Guillebaud
Talentosos pesquisadores, satisfeitos diante da desmaterialização humana, anunciam uma nova era — um tempo em que não precisaremos mais de seres humanos. Tais pensadores do século XXI propõem um mundo diferente. Seu denominador comum é o desejo de romper com a “vida viva”, a qual fundamenta a condição humana em sua relação concreta e imediata para com o corpo, o tempo e os outros.

Jean-Claude Guillebaud condena o fato de estarmos marchando para um mundo cada vez mais digital, quantificado e comercializado, que escravizará tudo e todos em seu caminho rumo a um destino inexorável, e propõe uma resistência. (Skoob)






A Invasão - Dias Gomes
Moradores de uma favela carioca perdem suas casas depois de uma enchente. A saída? Ocupar o esqueleto de um edifício em construção. Os personagens logo se veem oprimidos entre as promessas de políticos demagogos e a exploração de negociantes inescrupulosos.

Em A Invasão, Dias Gomes segue uma linha criadora da mais significativa importância social ao focalizar o drama intenso e amargo dos sem-casa. O autor vai à raiz dos problemas que nos afligem e, conseguindo equacioná-los de forma clara, coloca suas soluções ao alcance de todos aqueles que efetivamente busquem resolvê-los. (Skoob)




O Berço do Herói - Dias Gomes
Cabo Jorge, morto na Itália como pracinha da Força Expedicionária Brasileira, se tornou herói em sua cidade natal. Bravo diante do inimigo nazista, pagou com a vida o direito de ser livre. Soldado da democracia, encheu de orgulho o coração da pátria amada. Sua cidade, modesta e perdida no remoto interior do país, adotou o nome de Cabo Jorge e passou a ser um centro turístico. As datas de seu nascimento e de sua morte eram pontos comemorados do calendário cívico de todas as escolas do Brasil.
Porém, surpreendentemente, o militar reaparece na cidade, vivo e são, como se tudo não passasse de uma grande gozação. Fora ferido em combate e, para não fugir à verdade, fugira da luta. Desertara. Como admitir que Cabo Jorge (o cabo) arruinasse o comércio e a indústria de Cabo Jorge (a cidade)?

O berço do herói é uma comédia política onde o mito do heroísmo vai pelos ares depois de examinado pelo autor à luz dos interesses da classe dominante brasileira. (Skoob)




Santo Inquérito - Dias Gomes
O santo inquérito conta a história de Branca Dias, cristã nova e ingênua, filha de Simão Dias e noiva de Augusto Coutinho, que foi vítima de perseguição após cometer um ato que, aos seus olhos, julgava ser de extrema bondade: salvar de um afogamento o padre da cidade.

Esta é uma das grandes peças brasileiras modernas, por suas intenções artísticas e por suas preocupações sociais. Baseando-se num episódio histórico – ou lendário, como o de Branca Dias, vítima da Inquisição que alguns estudiosos veem como uma espécie de Joana D’Arc cabocla –, Dias Gomes afasta, de imediato, as fáceis, espetaculares e vistosas pompas que um escritor romântico traria para o palco. O que lhe importa é o conflito entre a pureza da personagem, a sua boa-fé, a sua sinceridade, e aqueles que deturpam seu comportamento, enxergando-o como uma ameaça à ordem e ao sistema de ideias estabelecidos. (Skoob)




Tammy: Nadando Contra a Corrente - Marcia Zanelatto
Quando Thammy Miranda, filho da cantora Gretchen, assumiu a homossexualidade e, posteriormente, deu início ao processo de transexualização, muitos foram os julgamentos emitidos pela sociedade. Todos tinham uma opinião a respeito da vida e das escolhas de Thammy.
Acontece que, desde criança, Thammy se percebia um homem, embora tivesse corpo de mulher. Para ele, o processo de transexualização significou apenas tornar-se aquilo que sempre foi.

Thammy: nadando contra a corrente – Cartografia de uma transexualidade tem como eixo central seu processo de transexualização, e narra sua trajetória rumo à liberdade. A partir da história de Thammy, Marcia Zanelatto faz um retrato comovente da realidade dos transexuais e consegue abrir os olhos do leitor para um tema tão pouco discutido em nosso país. (Skoob)





Teus Pés Toco na Sombra e outros Poemas - Pablo Neruda
Um dos maiores acontecimentos da Literatura nos últimos 30 anos, Teus pés toco na sombra reúne 21 poemas inéditos, encontrados recentemente nos arquivos de Pablo Neruda. Datilografados ou escritos à mão em cardápios ou prospectos de companhias aéreas, os poemas neste livro são um precioso acréscimo à obra completa do autor, pois foram escritos por um período de três décadas, tocam todos os temas centrais de sua poesia e vão do poema curto até outros de grande fôlego e extensão.

O poeta e diplomata chileno Pablo Neruda é, sem dúvida, uma das mais altas vozes da poesia de todos os tempos. Prêmio Nobel de Literatura, já foi traduzido para dezenas de idiomas no mundo inteiro e é presença garantida em qualquer lista das maiores personalidades literárias do século XX. (Skoob)







Crime na Flora - Ferreira Gullar
Como bem diz Antônio Houaiss, “há duas maneiras de justificar a publicação de um texto: porque ele é em si relevante ou porque ele é um elo de um conjunto de textos relevantes. Este é um texto que goza das duas características anteriores: é um nó, um momento, um tempo, um elo extremamente representativo da obra de um dos nossos grandes criadores contemporâneos.”.

Crime na Flora é um longo poema em prosa, ou uma prosa poética, de Ferreira Gullar, escrito em sua maior parte logo após o lançamento de Luta Corporal (1954) e publicado apenas 30 anos depois. De acordo com informações do autor contidas na própria obra, a intenção era "fazer uma poesia que não fosse apenas um discurso sobre a realidade mas, ela mesma, uma realidade". (Skoob)






Pergunte ao Pó - John Fante
mais popular obra de John Fante, Pergunte ao pó, já vendeu no Brasil mais de 15 mil exemplares, e é agora relançado de acordo com a nova identidade visual do autor, mais moderna e atraente. O livro tem como protagonista Arturo Bandini, personagem ficcional muito inspirado no próprio autor, como uma espécie de alter ego: um sujeito ítalo americano vivendo uma vida de aspirante a escritor em Los Angeles.

“Tomei o livro emprestado, levei-o ao meu quarto, subi à minha cama e o li, e sabia muito antes de terminar que aqui estava um homem que havia desenvolvido uma maneira peculiar de escrever. O livro era Pergunte ao pó e o autor era John Fante. Ele se tornaria uma influência no meu modo de escrever para a vida toda.” – Charles Bukowski. (Skoob)





A Grande Fome - John Fante
Essas pérolas não publicadas foram descobertas pelo biógrafo do autor John Fante. São histórias divertidas, muitas sobre a infância de Fante, reunidas em um exemplar que inaugura o novo projeto gráfico da obra dele. Textos exemplares do estilo único e brilhante de John Fante, que vão agradar aos fãs do autor.

Nesta antologia inédita, John Fante, epítome da geração de autores imersos na contracultura norte-americana, desfila seus personagens costumeiros: imigrantes, escritores miseráveis, crianças travessas e incógnitos (extra)ordinários. Uma seleção póstuma, composta de tesouros literários da era pré-beatniks, que dá voz uma ´ltima vez aos pequenos, vagabundos e expatriados que habitam a obra de Fante. (Skoob)






A Imaginária - Adalgisa Nery
“A imaginária é desses livros de que a gente não consegue se desprender. Relê-lo é redescobri-lo em toda a autenticidade que o caracteriza e o faz viver, viver angustiada e violentamente. Ô livro-choque, beleza dolorida e profunda!” - Carlos Drummond de Andrade
Lançado originalmente em 1959, best-seller de sua época, A imaginária retorna ao catálogo da José Olympio.

Autobiográfico, o livro narra a história da personagem Berenice desde a sua infância até o seu marcante casamento. Fundamental para os interessados na produção feminina na literatura brasileira, mas também importante resgate de uma das mais célebres escritoras de seu tempo. (Skoob)






A Lei do Triunfo - Napoleon Hill
Financiado pelo Magnata do Aço, Andrew Carnegie, o jovem jornalista de 25 anos Napoleon Hill começou em 1908 a entrevistar homens de sucesso e a investigar suas carreiras. Tudo isso para detectar o que havia de especial neles e descobrir se existe o gene do sucesso. Ou talvez, ema lei que permita identificar em cada indivíduo o potencial para vencer na vida.

Em duas décadas, ouviu mais de 16 mil pessoas, entre elas os 500 milionários mais importantes da época. Pesquisou a vida de grandes inventores e pioneiros, como Thomas Edison, Graham Bell, Henry Ford, Roosevelt, George Eastman e Rockefeller. O resultado foi A lei do triunfo: 16 lições práticas para o sucesso, que ensinou, pela primeira vez na história do mundo, o verdadeiro segredo para o sucesso pessoal. (Skoob)







As Mais belas Histórias da Antiguidade Clásica Vol. 2 - Gustav Schwab
No segundo volume de As mais belas histórias da antiguidade clássica estão reunidos os “mitos de Troia” em ordem cronológica. Os personagens da história, eternizada por Homero na Ilíada, deram origem às principais tragédias e expressaram o apogeu da cultura grega. A obra compreende desde a fundação de Troia até sua derrota, além de recuperar narrativas pouco difundidas sobre os nove anos iniciais da guerra, o assassinato de Agamémnon e o destino de seus descendentes. Referências essenciais para a cultura ocidental, a leitura deste volume traz importantes contribuições para o estudo da História, da Literatura e da Filosofia. (Skoob)







As Mais belas Histórias da Antiguidade Clásica Vol. 3 - Gustav Schwab
Este terceiro e último volume de As mais belas histórias da Antiguidade Clássica narra os retornos dos guerreiros Odisseu e Eneias após a queda de Troia e a vitória Grega. A história de Eneias divide-se em duas partes. A primeira trata da “odisseia” vivida pelo herói que, após sete anos de viagens, chega ao rio Tibério onde se casa com Lavínia, filha do Rei Latino. A segunda parte é uma “ilíada”, ou seja, uma narrativa de guerra, na qual Eneias mata Turno, o pretendente rejeitado e líder dos rútilos.
Transformando, com maestria, os poemas épicos Odisseia, de Homero, e Eneida, de Virgílio, em prosa, Gustav Schwab concluiu sua coletânea de histórias da antiguidade clássica recontando duas das mais belas e célebres obras da literatura universal. (Skoob)




Dicionário da História Social do Samba - Nei Lopes e Luiz Antonio Simas
Expressão da cultura marginal carioca do início do século XX, o samba resistiu a décadas de racismo e preconceito estético, e se tornou parte inextrincável da identidade nacional brasileira. Nesta obra de referência pioneira, Nei Lopes e Luiz Antonio Simas inscrevem o valor da negritude e da história dos negros na criação e na fixação do samba, e a ambígua inserção dessa cultura musical na sociedade de consumo.

Mais do que apenas descrever conceitos, neste importante dicionário os autores reconstroem a memória cultural de nosso país. Os verbetes organizam a trama que compõe o enredo dessa narrativa: a repressão explícita dos primeiros tempos; as escolas de samba, os pagodes e rodas como polos de resistência; a distribuição geográfica desses espaços; o samba como gênero de música popular, com seus múltiplos e diversos subgêneros e estilos e suas diferenças regionais. E, principalmente, destacam os nomes fundamentais que fizeram essa história: compositores, instrumentistas, regentes, cantores, dançarinos, cenógrafos, diretores, entre outros. (Skoob)

Agora a pergunta que não quer calar: se você pudesse escolher três (e somente três), quais você escolheria?

16 de out. de 2015

Não Pare! - FML Pepper


A adolescente Nina Scott vive se mudando de cidade e de país desde que se entende por gente. Sua mãe, a especialista em lente de contatos Stela Scott, sempre dá a desculpa de que surgiu uma oportunidade de trabalho melhor em outro lugar. O mais estranho de tudo, é que essas mudanças repentinas sempre parecem acontecer depois que eventos estranhos e trágicos acontecem próximos a Nina.

Mas após se mudarem para Nova York, Nina resolve dar um basta em sua vida de nômade. E qual sua surpresa quando Stela decide parar com as viagens abruptas! Infelizmente para ela, é nesse momento que seu destino, ou melhor, sua morte, a encontra (o mais legal é que essa morte veio na forma de um lindo rapaz com intensos olhos azul turquesa). 

A partir daí, muita coisa do passado de Nina (e de Stela) vem a tona. E a parada é sombria. Muito sombria.

Feita toda em primeira pessoa, narração tem boa fluência. Achei algumas partes do livro meio difíceis de serem visualizadas, sei lá por qual motivo, talvez adjetivos demais. Ainda assim, a história é cativante o bastante para instigar o leitor a continuar a devorar a história de Nina e sua morte. Fora que aquele pitelzinho já me foi motivo o suficiente para me manter colada à história (acho que eu não me importaria de morrer nos braços dele. hahahaah)

Terminei Não Pare! bastante satisfeita com a leitura, e mal posso esperar para ler o Não Olhe!

10 de out. de 2015

Rebentar - Rafael Gallo

"Chama-se de órfão aquele que não tem pais. A condição dos pais e mães que perderam seus filhos, no entanto, nunca recebeu o nome."
Há trinta e seis anos, Angela perdeu seu filho em uma galeria durante uma tarde de compras. Há trinta e seis anos ela dedica sua vida à única tarefa de encontrá-lo.

Mas agora, depois de trinta e seis anos praticamente parada no tempo esperando o retorno de seu filho, ela quer se lembrar que ela e o marido ainda possuem algum tempo no mundo, quer se lembrar que possui o direito de ter uma vida.

Não se trata de uma desistência. Felipe, que tinha cinco anos quando fora perdido, não pode ser recuperado. O Felipe que se perdera, se ainda estivesse vivo, seria agora um homem feito, e o elo que o ligaria aos pais, as lembranças (os valores que estes sempre passam as suas crias) não poderia mais ser criado.

E é essa trajetória de redescoberta da vida que Rafael Gallo descreve em "Rebentar". É o passo a passo de uma mãe de um filho perdido que segue de volta para o presente, buscando um futuro em que a ausência do filho não norteie todas as suas ações.

Este livro possui uma mistura de tristeza profunda e esperança plácida em sua narrativa. É triste porque mostra, em detalhes, o abismo que é a tristeza de ter uma parte tão importante para uma mãe (uma parte de si que define uma mulher como mãe) ser mãe de um filho perdido. 

A esperança é por ver a caminhada de Ângela de volta ao mundo dos vivos, a um convívio mais íntimo com a parte de sua família que ficou quando Felipe foi levado, ao trabalho que largou para procurar por Felipe. 

É legal acompanhar essa jornada. O autor conseguiu fazer com que você torça por ela, chora com ela, se alegra com cada pequeno passo dado em direção à auto-libertação e até consegue absorver para si mesmo um pouco da força que a personagem demonstrou durante a narração.

Rafael Gallo teve sua estreia literária, um livro de contos chamado Réveillon e outros dias, premiada com o Prêmio Sesc de Literatura. A única coisa que posso dizer é que, se esses contos mostraram a mesma qualidade que Rebentar, o prêmio foi muito mais que merecido.

2 de out. de 2015

Intenso Demais - S. C. Stephens


Aquele milagre que é eu ler um livro Poucos meses após tê-lo comprado (ele, e alguns outros, foram minha comemoração do Dia do Orgulho Nerd deste ano). Achei mesmo que iria demorar mais para pegá-lo, mas não resisti à essa capa. :3

Kiera Alen e o australiano Denny acabam de chagar em Seatle. Ele se mudou de Ohio para trabalhar como estagiário em uma grande empresa de publicidade americana. Ela, por sua vez, conseguiu se transferir de faculdade para acompanhá-lo (e para poder ter mais privacidade com seu namorado). Os dois vão morar na casa de um antigo amigo de Denny, Kellan Kyle, um sedutor vocalista de uma banda de rock.

Quando Denny precisa se ausentar da cidade por cousa de seu trabalho, Kiera cai em uma fossa de solidão, mágoa e carência, e Kellan, bem, como (acredito eu) qualquer roommate faria, tenta animá-la. Até aí, nada de mais... Só que as coisas mudam.

(Infelizmente, vai ser meio impossível fazer a resenha sem algum spoiler. Desde já, sinto muito).

Juro que fiquei um pouco incomodada: Kellan e Kiera se aproximaram, ok, beleza. Consumaram o fato, bem, eu até consegui engolir a primeira circunstância do fato (consegui meio mal conseguido. Vamos dizer que a sobrecarga de coisas envolvidas tornou tudo menos inaceitável), mas engolir Kiera "amando" um, ficando louca de tesão por outro e transando com os dois, aí não dá.

Talvez tenha sido por isso que eu demorei para ler este livro (foram mais ou menos oito dias, sendo que minha média é de três ou quatro). Certas partes da narração de Kiera me eram tão desagradáveis que teve ocasiões que não conseguir ler mais que duas páginas antes de ter que fazer uma pausa (e eu fiz várias e longas pausas). Ela dizia que Denny era um namorado perfeito, que o amava, que ele era isso, que ele era aquilo... E no minuto seguinte estava praticamente aos orgasmos com Kellan. Desculpem, mas esse tipo de coisa não desce. 

Fiquei mesmo um tanto decepcionada com o livro, mas tenho esperança de que "Complicado Demais", seja melhor.