27 de mai. de 2015

As Mais Belas Histórias da Antiguidade Clássica (Vol. 01) - Gustav Schwab


A minha queda pelas histórias da mitologia clássica começou há muito tempo, se eu não me engano, com o anime Os Cavaleiros do Zodiaco (eu disse que era muito tempo #ToVelha). Desde então, aproveito qualquer oportunidade para aprimorar meus conhecimentos sobre mitologia em geral (não a toa solicitei dois dos três títulos sobre mitologia oferecidos aos parceiros do Grupo Editorial Record).

E eu nem gostei quando vi o índice de cinco páginas desse livro. #ToAmando.

A leitura desse volume foi bem agradável, o que me surpreendeu por que geralmente as histórias mitológicas são densas e tão intrincada uma na outra que acabam que ficam confusas. Para minha imensa alegria, a linguagem também é ótima e de fácil assimilação. 

As histórias contidas aqui fazem referencia a mitos de metamorfoses, da viagem dos argonautas, e da vida de Heracles, Teseu, Édipo e das Guerras de Tebas (fora um apêndice com os deuses gregos e romanos). fazendo um resumo bem resumido da ópera, são todas histórias de ciumes, amores não correspondidos, invejas, traições e guerras.

Eu não tenho reclamações quanto a edição. Na verdade, cada página dela justificou a minha gana de ter essa lindeza na minha estante desde o momento em que li sobre seu lançamento. Para quem gosta de mitologia, esse livro vale cada centavo investido.

21 de mai. de 2015

As Brumas de Avalon: O Prisioneiro da Árvore - Marion Zimmer Bradley


O quarto e último volume de As Brumas de Avalon abre uma temporada aguardada já há um tempinho: a de finalizações de sagas. Além deste, mais três sagas devem ter suas finalizações resenhadas em breve (o que vai me deixar livre para começar outras três entre as trocentas que eu tenho aqui em casa para ler).

O Prisioneiro da Árvore é um capítulo meio sinistro dessa versão da história do Rei Arthur: fala-se, quase o tempo todo, de traições, mortes, amores que se perderam no tempo e desolação.

Quando o Merlin, título dado ao maior entre os druidas vivos, rouba os objetos sagrados de Avalon e os entrega para os padres cristãos, a ira da deusa dos druidas recai em Camelot sob a forma de uma magia poderosa o suficiente para dispersar todos os cavaleiros da Távola Redonda, inclusive aquele que fora escolhido como herdeiro de Arthur.

Com o embate entre o Gamo-Rei e o Jovem Gamo ocorre, e a morte chaga para os dois, Morgana se vê em uma sequência de falhas e decisões erradas: Avalon se perdeu nas brumas, os bosques sagrados eram derrubados por todo o país, o cervo se tornara alvo de caça, o culto à deusa se tornava mais e mais perseguido e sufocado. 

Apesar disso, Morgana se dá conta que, afinal, a deusa sempre estará no nosso mundo, não importando qual seja a crença dominante. Ela está e estará sempre ao alcance de quem a buscar. A missão dela neste mundo estava completa.

Assim como nos outros livros da série, a narração é feita pela mulheres envolvidas na história de Arthur, e elas contam a queda da Távola Redonda com habilidade e fluidez, tornando-a bem fácil de se acompanhar.

16 de mai. de 2015

Ratos - Gordon Greece


Primeiro de tudo, os personagens não são ratos. Não fisicamente pelo menos. A questão é que as duas, mãe e filha, aceitam o que lhes é imposto, caladas e conformadas, sem reclamar ou lutar mesmo diante de uma exploração emocional escancarada.  Elas apenas se escondem e se protegem, entocadas como ratos em um mundo cheios de gatos.

Gatos que fizeram Shelley sofrer meses e meses de intenso bullyng na escola, chegando até a atearem fogo em seu cabelo. Gatos que humilharam a mãe dela durante o divórcio traumático com o pai. Gatos que invadiram a casa onde as duas construíram  um recando de paz, e mudaram drasticamente a vida dessas duas mulheres.

Depois de dois livros muito fofos e agradáveis, ratos foi como um soco na cara. Seco e, muitas vezes, cruel, ele te faz pensar que tipo de criatura você é: acuado e resignado como um rato, ou prepotente e mesquinho como um gato?

Apesar das partes secas e cruéis da história, a narração é bem tranquila de se seguir. Na verdade, ela é bem difícil de se largar, por que sempre bate aquela curiosidade sobre como elas vão lidar com todas as voltas e reviravoltas que acontecem (nelas mesmas inclusive).

Esse, definitivamente. é um dos livros que vou agradecer imensamente de ter tido a oportunidade de ler.

13 de mai. de 2015

Dias de Sangue e Estrelas - Liani Taylor


Quando você termina a leitura de um bom livro, a sensação é de estar no céu. Mas quando você consegue emendar com outro livro tão bom quanto o primeiro, aí é o paraíso. :3

Ao se apaixonar por Akiva, Madrigal se tornou uma traidora aos olhos de grande parte do seu povo. As guerras entre anjos e quimeras dizimaram dizimaram a população de Loramendi, e agora, até os mais pacíficos civis estão sendo massacrados pelos exércitos celestes.

Levada pela culpa, ela se alia ao Lobo Branco (o responsável por sua morte) e passa a ocupar o lugar do ressurreicionista Brimstone a fim de ajudar o pequeno grupo de soldados quimeras sobreviventes. Mas responder ódio com ódio, e destruição com destruição, não gera nada além de mais ódio e mais destruição.

Poucas coisas podem ser ditas sobre esse livro sem que spoilers sejam liberados, mas resumindo tudo em uma frase: É SIMPLESMENTE INCRÍVEL! (Teve direito até a saltinhos de felicidade e expressões de "WHAAAAAT?" em alguns momentos).E não é a toa que essa série está entre as favoritas do ano.

Além de Karou e Akiva, outros personagens são inseridos e/ou ganham maior destaque tanto do lado quimera quanto do lado serafim. Esses personagens são incrível e surpreendentemente bem explorados.

E sabem os "Era ama vez" que abriam os capítulos do primeiro livro e que eu disse que adorava? Pois bem, embora em menos número, eles continuaram a me fazer perder o fôlego e a me deixar como coração apertado e doida para continuar a leitura.

10 de mai. de 2015

Uma Praça em Antuérpia - Luize Valente


Uma Praça em Antuérpia é o primeiro romance que tenho o prazer de receber como parceira do Grupo Editorial Record 2015. *-*

É virada do ano 2000. Olívia está prestes a realizar o ultimo desejo do filho: ter suas cinzas jogadas no mar de Copacabana. Em meio à uma conversa com sua neta Tita, que também acabara de perder um filho, Clarisse, irmã gêmea de Olivia, retorna a 1916 e nos conta a história.

O lugar é Lisboa, no período entre as duas Guerras Mundiais. Clarisse se vê apaixonada por um músico brilhante, um judeu que saíra da Alemanha para se manter livre para tocar.

A medida em que o antissemitismo se espalha na Europa, a vida dos dois se torna mais difícil, até que Clarisse (grávida de seu segundo filho) se vê obrigada a fugir de seu lar, em Antuérpia. A fuga da família Zus é cheia de acasos, encontro e desencontros, muitos deles, nem um pouco feliz.

É com livros como esse que agradeço aos céus pela minha decisão de sair do lugar comum quando o quesito é literatura e manter minha mente aberta à histórias e autores diferentes: Uma Praça em Antuérpia é uma leitura incrível, impossível de não se deixar prender pela história, ou de não se apaixonar. E muito menos de não se emocionar.

A narração é, em sua grande parte, de Clarisse, mas em muitos momentos, ela alterna para pessoas próximas a ela, principalmente para narrar as cenas diretamente relacionadas à sua história de sobrevivência.

Gente, é sério, me apaixonei por esse livro. :3

7 de mai. de 2015

Profundamente Sua - Sylvia Day


O livro que deveria servir como um cura-ressaca literária acabou ganhando o status de "alívio mental" logo nas 150 primeiras páginas de O Primo Basílio. Não gosto muito do artifício de ler dois livros ao mesmo tempo, mas foi algo necessário.

A relação entre Gildeon e Eva é bastante intensa tanto na via positiva quanto na negativa. Os traumas que cada um carrega se tornam veneno para a relação dos dois enquanto o amor que um sente pelo outro é o antidoto.

Nesse volume da série, algumas figuras do passado de Eva voltam á sua vida (inclusive a pior de todas elas), desencadeando algumas coisas beeem tensas entre os dois. A presença (constante) da ex-noiva de Gildeon também não ajuda muita coisa.

Assim como em Toda Sua, esse livro é narrado em primeira pessoa. É a Eva quem conta a história e a autora se utilizou muito bem da visão parcial da Eva (alguns acontecimentos ficariam um tanto sem graça se tivessem sido contados por um narrador onisciente)

Preciso deixar registrado que estou me tornando cada vez mais fã da Sylvia Day (sou bem suspeita para falar dela, já que ela é a responsável pelo meu lindíssimo Gerard), mas a maneira como ela desencadeou o enredo de Profundamente Sua foi incrível. Ela conseguiu fazer com que eu sentisse na pele um pouco da montanha-russa emocional de Eva (tá certo que não sou lá um poço de estabilidade emocional, mas enfim).

5 de mai. de 2015

Feitiço - Sarah Pinborough


Se em Veneno acompanhamos Branca de Neve, em Feitiço começamos com Cinderela e sua desagradável madrasta.

É engraçado, ao mesmo tempo em que ela é a Cinderela que conhecemos, ela se mostra menos altruísta (e até um pouco interesseira). Em alguns momentos foi bem difícil ver como exatamente ela "torna as coisas difíceis" para sua família, mas em outros, a personalidade difícil dela é tão nítida quanto os sapatinhos mágicos que ela usa para conquistar o Príncipe.

Por falar nele, por mais difícil que eu achei que fosse, passei a gostar ainda menos do indivíduo (e a gostar ainda mais do lindíssimo Caçador).

A medida em que a narração avança, as histórias de Cinderela e de Branca de Neve se entrelaçam e acabam culminando em um final deveras diferente do tradicional.

Embora esse livro tenha terminado com o fim da história da Branca de Neve (com o acordar dela), a narração deixa pontas soltas parta serem exploradas no terceiro livro da série (inclusive um deles é, aparentemente, um cara que carrega um fuso nas costas e que sai por aí fazendo acordos).