O Quarto 1 começa em 2010 e logo em seguida retrocede para 2009.
Elle, agora de vez em dois mil e dez, fez sua escolha: deu adeus à vida de acompanhante de luxo e entregou seu corpo e seu coração ao Barlet que passou o livro anterior inteiro conduzindo Elle nos meandros de sua sexualidade.
Os dois passaram meses como amantes clandestinos no Hôtel des Charmes, em uma rotinha que consistia, basicamente entre comer, dormir e fazer sexo.
Pronta para dar o próximo passo, Elle pede Louis em casamento, e ele recusa seu pedido alegando que ela ainda não estava preparada e que sua "formação" deveria prosseguir antes do "sim" que os uniria para sempre.
Uma série de ações pouco comuns da parte de Loius despertam, mais uma vez, o faro investigativo de Elle, que descobre que ainda há mais segredos entre os Barlet que ela pode supor, mais uma vez, envolvendo Aurore, a antiga mulher de David, que, revelando uma face vingativa, e até mesmo cruel, não desistiu de sua vingança contra o casal.
A curiosidade fica por conta de que, em algum ponto de sua investigação, nasce o projeto que culminará na publicação do Quarto 1. Eu já tinha notado a coincidência entre o nome da autora (Emma Mars) e o a residência que Louis reformou para ser sua residência (o casarão pertencera à Mademoiselle Mars), mas, até então, eu não havia realmente me atentado à possibilidade de Emma Mars ser um pseudônimo.
Foi como se esse livro redefinisse o conceito de "história erótica" que até então então eu possuía (talvez com alguma influência de Trópico de Câncer). Histórias com cenos de sexo e histórias sobre o prazer que ele pode proporcionar aos participantes (e, aqui pode-se ler: a todos os envolvidos no ato, direta ou indiretamente) são coisas diferentes que, apesar serem elementos já trabalhados em outros livros, pareceram ganhar proporções mais profundas nesta leitura.
Em algum ponto do Quarto 2 perdi a capacidade de julgar as escolhas e ações tanto de Elle quanto de Louis. O que sei agora é que a vingança de David não tardará.
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