30 de jul. de 2016

Cartanzo ou O Vampiro-Rei 2 - André Vianco


Comecei a ler este livro há alguns anos, mas acabei desistindo da história quase no meio do livro. Não lembro exatamente o motivo, acho que alguma cena me impressionou demais e eu acabei dando uma pausa (que durou anos). O Vampiro-rei 2 passou ano passado inteiro na minha meta de leitura e, percebendo que corria o risco de passar mais um ano estacionado, tomei vergonha na cara e o peguei para ler.

Bento Lucas, o trigésimo Bento, reuniu os trinta guerreiros da profecia e libertou os milagres que fizeram a esperança voltar ao coração dos humanos, 

Lúcio, que nos livros anteriores suou sangue para levar o esquife do Vampiro-Rei até a bruxa Tereza, inacreditavelmente conseguiu ser bem sucedido em sua contenda.

Agora, o líder dos vampiros está acordado, e é a vez dos noturnos fazerem sua jogada.

É meio triste dizer isso, mas eu esperava mais. O primeiro livro dessa série ainda é um dos melhores livros que eu já li na minha vida, o segundo, já nem tanto e Cartanzo seguiu essa mesma linha. Apesar de eu ter quase gritado quando um ponto da trama foi revelado, como um todo, a história não me surpreendeu. 

A narrativa foi meio arrastada também, tive que fazer várias pausas durante a leitura simplesmente porquê não conseguia manter um ritmo constante na leitura, e só não cheguei a pegar outro livro porque sabia que, se o fizesse, desistira de vez do livro.

27 de jul. de 2016

A Flor Quebrou o Asfalto - Wilson Coêlho


Conheci Wilson quando ele me chamou para mediar uma discussão no Café Literário promovido pelo Centro Cultural Sesc Glória, meu mais recente lugar favorito em toda a Grande Vitória. O encontro, que abordou a relação entre a literatura e os blogs/vlogs, meio que marcou a minha aproximação com a produção literária capixaba.

Fiquei mais que contente quando ele me presenteou com A Flor Quebrou o Asfalto, em um outro evento, dessa vez organizado pela Biblioteca Pública de Vitória. O livro, composto por 18 ensaios, foi publicado em 2015 pela Editora Cousa.

Nos ensaios, o autor discute sobre a arte, pontuando questões sobre literatura, teatro, filosofia, cinema, politica e até mesmo sobre nós, leitores, e como a literatura é capaz de nos mudar.

Apesar de ser um livro fininho (são apenas 114 páginas), senti um pouco de dificuldade na leitura. A quantidade de informações e a falta de conhecimento dos assuntos abordados me fez ter que parar algumas vezes para assimilar melhor as informações. 

Acabou que este foi o primeiro, entre os vários livros sobre análise literária que li.

24 de jul. de 2016

Sempre Irresistível - Christina Lauren


Max Stella e Sara Dillon se conheceram em Nova York. Ela havia acabado de chegar à cidade após dar um pé na bunda do namorado que a traía. Ele, por sua vez, foi o segundo do trio de amigos a vestir a coleira do amor.

A história deles começa em Estranho Irresistível e, no livro seguinte, Max anuncia aos amigos uma pequena novidade que, neste livro, atende pelo nome de Annabel Dillon Stella.

Depois de alguns meses perdidos entra trocas de fraldas e noites insones, Max e Sarah parecem finalmente estarem prontos para voltarem a aproveitar a parte mais apimentada da relação.

Ficar a sós por tempo o bastante para isso, no entanto, se torna um desafio, a ponto de Max apelar para Will Sumner para cuidar da pequena Anna enquanto os dois tentavam ter uma noite sozinhos. foi no mínimo a situação mais hilária do livro inteiro.

Sempre Irresistível também introduz um novo personagem à série: Niall Stella, irmão mais novo de Max, que veio para nova York visitar o irmão, conhecer a cunhada e a sobrinha, cuidar de negócios e, aparentemente, viver um intenso romance. 

Eu realmente estava com saudade das histórias de Christina Lauren: a escrita é leve, nem acelerada nem devagar, mas nem por um segundo enfadonha. Os personagens são maravilhas a parte: não importa qual o casal da vez, boas risadas e momentos picantes são garantidas. Eu rolo de rir quando os garotos se juntam, ou quando o clube das meninas se reúnem. 

21 de jul. de 2016

O Príncipe dos Canalhas - Loretta Chase


Depois de trocentos e tantos livros lidos, percebi que alguns autores são muito bons seguindo a "receita do bolo" para fazer livros cativantes. Outros são bons em pegar a "fórmula mágica" e segui-la mudando tudo. Esse foi o caso de O Príncipe dos Canalhas.

Eu sei que, considerando que este é o meu segundo romance de época, não sou exatamente a melhor pessoa para falar desse tipo de história. No entanto, considerando a rasgação de seda que as meninas do livro fizeram (e fazem) sobre o assunto, talvez eu não esteja tão errada assim.

Ao invés de um prólogo que apresenta uma moça de classe, frágil e a mercê de alguma desgraça iminente, o que recebemos é um pequeno histórico da infância de Sebastian Ballister, um endiabrado que não demora nem quinze páginas para fazer por merecer sua alcunha de monstro.

Odiado pelo pai desde o nascimento por sua mãe italiana, suas constituição desproporcional e seu rosto desfigurado, Ballister (também intitulado marquês de Dain) aprendeu a sobreviver (da maneira mais endiabrada possível) no reformatório em que fora encerrado dos sete anos até o fim de sua adolescência. O resultado de tantos anos submetidos a tratamentos de choque, foi um homenzarrão com grande tino para negócios, furioso como um trem desgovernado e conhecido pelas alcunhas de lorde Beuzebu e Príncipe dos Canalhas.

Na outra ponta do romance temos Jéssica Trend, 27 anos. Ela seria uma mulher de posses até consideráveis se seus pais não tivessem tido tantos filhos homens (e se esses filhos não tivessem tantos outros filhos homens). Agora, já sendo considerada solteirona, seus planos envolvem, basicamente, abrir uma loja de artigos de luxo para damas da sociedade londrinas.

Ela vai para Paris com a missão de livrar seu irmão mais velho Bertie da péssima influência financeira e moral de Lorde Beuzebu.. 

Sabe aquele momento em que duas feras de uma mesma espécie se encontram e o excesso de hormônios domina? Então, assim é a relação entre Sebastian e Jessica. E fica ainda pior quando Jéssica compra um artigo barato na loja de Dain e descobre que o objeto é uma relíquia russa de valor inestimável. Ele fica possesso e o pior, Jessica coloca ainda mais lenha na fogueira... E os dois acabam como o maior assunto de fofocas nos salões mais respeitados de Paris. Nos menos então, melhor nem comentar.

Para completar a minha queda pela história, Loretta adicionou algumas pitadas do meu conto favorito do mundo todo (A Bela e a Fera) e, juro, em alguns momentos cheguei a ouvia a madame Samovar ralhando com Dain sobre ele precisar aprender a controlar seus nervos.

18 de jul. de 2016

O Pintor de Memórias - Gwendolyn Womack


Bryan Pierce é um pintor aclamado no mundo todo. Suas obras são admiradas pela intensidade das cenas retratadas, momentos íntimos da vida ou da morte de uma pessoa, eternizados de maneiras que fazem a arte emanar a própria essência de quem foi eternizado, quase como se as imagens fossem recém saídas de um sonho.

De fato, elas foram. Cada tela é o momento final de um sonho de Bryan. De uma memória despertada nele para ser mais exato. Ele começou a ter esses sonhos quando garoto, após ser levado pela mãe a vários centros psiquiátricos, descobriu na pintura uma maneira de externar a agitação que seus sonhos lhes dava. Com suas pinturas, ele também queria encontrar uma pessoa.

Lins Jacobs é uma geneticista fascinada pelos mecanismos da memória, quebra-cabeças, xadrez e música clássica. Em uma exposição na galeria de seus amigos, ela fica estarrecida perplexa com um dos quadros, ao ver seu pesadelo mais recorrente durante a adolescência ser retratado com a perfeição de um expectador. No sonho, ela era queimada viva enquanto o homem que ela amava a via arder, sem nada poder fazer para impedir sua morte.

Intrigada, ela entra em contato com o artista que criara o quadro e, ao encontrar-se com Bryan, sua vida toma um rumo que ela jamais imaginaria.

As memórias despertadas em Bryan trouxeram conhecimentos e sentimentos que um ser humano jamais pensaria em possuir: ouvir o som de um violino que se emocionar com o instrumento que criou séculos atrás, olhar uma pessoa e reconhecer um ente querido perdido há milênios, falar fluentemente mais de trinta idiomas sem nunca tê-los estudados, lidar com tantas vivências e se manter vivendo esta vida.

O Pintor de Memórias é uma maravilha em vários sentidos: narração, enredo, cadência, reviravoltas, tudo é muito bem dosado e colocado no momento certo e na quantidade certa. Fiquei supercontente por ter escolhido esse título e não foi a toa que o li em menos de quarenta e oito horas.

15 de jul. de 2016

O Romance Inacabado de Sofia Stern - Ronaldo Wrobel


Romances sobre a Segunda Guerra Mundial me atraem. Não sei dizer o motivo, mas, geralmente, rendem histórias incríveis e emocionantes. Por isso, O Romance Inacabado de Sofia Stern foi uma das minhas escolhas do mês no catálogo do Grupo Editorial Record.

Ronaldo vivem em um casarão de estilo antigo em Copacabana junto com sua avó, Sofia Stern. Apesar de serem muto chegados, ele sabe pouco sobre sua juventude, conhecendo somente sua origem alemã e que veio ao Brasil quando a Segunda Guerra Mundial estava prestes a estourar. Para ele, bastava.

Um dia, depois de um episódio de senilidade da avó, ele recebe um telefonema da Alemanha comunicando que Sofia Stern havia herdado uma fortuna em joias de uma amiga chamada Klara Hansen,uma pessoa que, até então, ele jamais tinha ouvido falar. Tal tesouro havia sido encontrado após a descoberta de um bunker durante a construção das fundações de um supermercado.

A partir daí, o passado de Sofia Stern, e seu romance inacabado nos são revelado. 

A narração é divida em duas partes, que se alternam ao longo do livro. Uma acompanha Ronaldo, enquanto tenta construir o quebra-cabeça que é o passado de sua avó. Na outra, a história de Klara Hansen e Sofia Stern se desenrola em episódios determinantes para a vida das duas.

Apesar de possuir um enredo lindo e de ser muito bem narrada, O Romance Inacabado de Sofia Stern deixou um pouco a desejar no final. Justamente no climax de toda a história, a sensação de deja vu frustrou o que poderia ter sido um desfecho tocante.

De fato, este é um romance inacabado para muitas pessoas. Inclusive para os leitores.

12 de jul. de 2016

Novidades de Julho do Catálogo Literário do Grupo Editorial Record

Novidades, novidades, bora conferir algumas novidades do Grupo Editorial Record?


A TORTURA COMO ARMA DE GUERRA
Leneide Duarte-Plon

A partir de entrevistas exclusivas, relatórios secretos franceses e pesquisa bibliográfica extensa, a autora revela como foram aplicados no Cone Sul os métodos da doutrina francesa de combate à “subversão” e ao “comunismo”.

Desdobramento da entrevista do general francês Paul Aussaresses – que ministrava cursos de “interrogatórios coercitivos” em Manaus – à autora, publicada no jornal Folha de S.Paulo. Revela a participação a pessoal do general João Batista Figueiredo na tortura, entre outras informações inéditas.

A autora Leneide Duarte-Plon foi finalista do do Prêmio Jabuti 2015 – Reportagem com o livro Um homem torturado: Nos passos de frei Tito de Alencar, que escreveu com Clarisse Meireles e publicado pela Civilização Brasileira. Contribui para diversos veículos da imprensa brasileira, como Carta Capital, Carta Maior e Observatório da Imprensa.

ATÉ VOCÊ SABER QUEM É
Diogo Rosas G.

Desesperado para fugir de Curitiba, sua cidade natal e cárcere pessoal, o jovem escritor Daniel Hauptmann se entrega obsessivamente à tarefa que acredita ser sua tábua de salvação: produzir uma obra literária definitiva sobre o Demônio, que afirma nunca ter recebido uma representação adequada na literatura brasileira. O resultado o consagra ao posto de fenômeno instantâneo e o leva à elite da cultura nacional. O custo de sua empreitada, porém, torna-se uma sombra que se intensifica quanto maior seu prestígio e sucesso, transformando o rapaz brilhante e carismático em criatura niilista, temperamental e destrutiva.

Diogo Rosas G. nasceu em 1976, em Curitiba, e morou em seis cidades de cinco países. No caminho, estudou direito, tradução e filosofia. É diplomata e atualmente vive no Porto com a mulher e os dois filhos.


A IMAGINAÇÃO TOTALITÁRIA
Francisco Razzo

Com o rigor de um scholar e a força argumentativa de um polemista, Francisco Razzo expõe uma tese perturbadora: esquerda, direita ou centro, somos todos responsáveis pelas jaulas voluntárias de nossas ideologias. A imaginação totalitária é a estreia promissora de um escritor que quer nos perturbar sem fazer nenhuma concessão. E, sobretudo, o relato de um exorcismo pessoal de alguém que também quer expulsar os demônios que infestam a atual sociedade brasileira – especialmente quando esta crê que a política é a última esperança que nos resta.

Francisco Razzo é formado pela Faculdade de São Bento, em São Paulo, mestre em filosofia pela PUC-SP, professor e palestrante. A imaginação totalitária é seu primeiro livro.


BRASIL: CAZUZA, RENATO RUSSO E A TRANSIÇÃO DEMOCRÁTICA
Mario Luis Grangeia

De forma inédita, as obras e as declarações públicas de Cazuza e Renato Russo são analisadas à luz da conjuntura nacional. O livro deixa claro como as mudanças na cena musical refletiram em transformações na sociedade. 

Cazuza e Renato Russo têm sido lembrados nas redes sociais por pessoas indignadas com a política brasileira de hoje e este livro analisa, por meio das letras dos dois artistas, as visões e expectativas populares do Brasil nas décadas de 1980 e 1990. Leitura imperdível para os apaixonados por música e política.

O texto que deu origem ao livro recebeu o 2o lugar no Prêmio Vianna Moog, da União Brasileira de Escritores, em 2013. E o valor recolhido pelo autor com este livro será destinada à Sociedade Viva Cazuza.

Orelha de Silvio Essinger, autor de Não aprendi dizer adeus (biografia do cantor Leonardo) e Batidão: Uma história do funk.


VOCÊ É DO TAMANHO DOS SEUS SONHOS
César Souza


Este livro ajuda o leitor a resgatar a capacidade de sonhar e empreender mudanças objetivas para realizar suas metas. A obra reúne histórias de mais de 50 realizadores de sonhos de todas as regiões do país. São relatos que nos revelam como várias empresas e iniciativas vencedoras nasceram dos sonhos íntimos de seus idealizadores. Neste passo a passo para fazer acontecer e ter sucesso, César Souza desafia o leitor a acreditar no seu potencial e a buscar recursos e aliados para concretizar os seus sonhos.

A primeira versão do livro foi publicada em 2003 e tornou-se best-seller. Depois, ganhou nova edição em 2009; e agora esta edição definitiva com Prefácio de Ozires Silva, fundador da Embraer.

Best-seller com mais de duzentos mil exemplares vendidos.


A FOME
Martín Caparrós


A Fome é um livro construído a partir de histórias de pessoas que trabalham em condições bastante precárias para mitigá-la, daqueles que usam o alimento como meio de especulação financeira provocando fome em muita gente. Para entendê-la e narrá-la, Martín Caparrós viajou pela Índia, Bangladesh, Níger, Quênia, Sudão, Madagascar, Argentina, Estados Unidos e Espanha. Nestes países, encontrou pessoas que, por diferentes motivos, passam fome. Incômodo e apaixonado, é uma crônica que faz pensar, um ensaio que relata e um panfleto que denuncia a pressão de uma vergonha incessante.

Recebido com imenso entusiasmo de crítica e público, A Fome tem publicação prevista em mais de quinze países, entre eles Inglaterra, França, Itália, Alemanha, Holanda, Suécia, Estados Unidos e Taiwan.


FELICIDADE INCURÁVEL
Carpinejar

Com uma passionalidade reflexiva e racional, o autor, notável por sua prosa absolutamente passional e sincera, protege seu ímpeto sem perder a responsabilidade. Um atlas do que Carpinejar acredita
ser um relacionamento, Felicidade Incurável trata de mudança de mentalidade amorosa e da família, diferentes fins de casamento, amizades em tempos eletrônicos, divertidas implicâncias de casal, debate sobre o que é alegria e liberdade e sugere: seja feliz por uma questão de justiça pessoal.

Novo livro de crônicas do autor que já ultrapassou a marca de 130 mil livros vendidos.

Autor sucesso na TV como comentarista do programa Encontro com Fátima Bernardes (Rede Globo) e A Máquina (TV Gazeta); vencedor de importantes prêmios literários, como o Jabuti (2009 e 2012), o Olavo Bilac (2003), o Cecília Meireles (2002) e o Açorianos de Literatura (2001, 2002, 2010 e 2012).

NAS SOMBRAS DO ESTADO ISLÂMICO
Sophie Kasiki

Sophie Kasiki trabalhava como assistente social nos subúrbios de Paris quando três dos jovens que auxiliava abandonaram a França para se juntar ao Estado Islâmico, na Síria. Em pouco tempo, aqueles que ela carinhosamente chamava de “os meninos” voltariam a procurá-la. A princípio, Sophie ingenuamente esperava convencê-los a voltar, mas o que aconteceria seriaexatamente o oposto. Em Nas sombras do Estado Islâmico, Sophie Kasiki relata, de forma muito emocionante, todo o terror que passou na cidade de Raqqa, coração do Estado Islâmico na Síria.

Em seu primeiro livro, Sophie Kasiki revela detalhes de todo o período em que passou como refém do Estado Islâmico. Um relato arriscado de uma das poucas sobreviventes da prisão do exército jihadista. 

O Estado Islâmico é um assunto de grande relevância no cenário internacional atualmente.


ESCRAVIDÃO E CAPITALISMO HISTÓRICO NO SÉCULO XIX: CUBA, BRASIL E ESTADOS UNIDOS
Rafael Marquese e Ricardo Salles

Enquanto declinava ou era abolida em determinadas zonas do Novo Mundo, a escravidão reflorescia no Sul dos Estados Unidos, em Cuba e no Brasil. Tais transformações suscitam questionamentos que este livro busca responder, ainda que de formas distintas, quando não divergentes.

Primeira publicação que discute a escravidão tardia de Brasil, Cuba e Estados Unidos. Reúne textos de autores estrangeiros inéditos no país e principais autores brasileiros sobre o conceito de “segunda escravidão” Rafael Marquese é professor do Departamento de História da USP e coordenador do Laboratório de Estudos sobre o Brasil e o Sistema Mundial (Lab-Mundi-USP). Autor de Feitores do corpo, missionários da mente: Senhores, letrados e o controle dos escravos nas Américas, 1660-1860 (Companhia das Letras, 2004).

Ricardo Salles é professor de História na Unirio, autor de Nostalgia imperial: escravidão e formação da identidade nacional no Brasil do Segundo Reinado (Ponteio, 2013, 2a ed.).

NUNCA O NOME DO MENINO
Estevão Azevedo

Como assegurar que não somos meros sonhos de um criador que desconhecemos, e por que confiar em sua existência? Partindo do dilema borgiano de uma mulher que se vê personagem de uma obra de ficção e de todas as reflexões que passa a ter em função disso, Estevão Azevedo alinhava sutilmente referências literárias que vão de Homero a Vinicius de Moraes, passando por Camus, João Cabral de Melo Neto e, sobretudo, Machado de Assis. O resultado é um romance metaliterário, que, em vez de se propor erudito, sugere um pacto lúdico ao leitor.

Edição revista pelo autor, com posfácio inédito Estevão Azevedo tem contos publicados em revistas ena antologia de escritores brasileiros Popcorn unterm Zuckerhut – Junge brasilianische Literatur, lançada em 2013, na Alemanha.

Tempo de espalhar pedras (Cosac Naify, 2014) foi eleito o Livro do Ano pelo Prêmio São Paulo de Literatura de 2015.


O QUINTO EVANGELHO
Ian Caldwell

Nos últimos meses do pontificado de João Paulo II, uma misteriosa exposição é montada nos Museus do Vaticano. Seu curador, Ugo Nogara, alega ter descoberto um grande segredo, porém, uma semana antes, ele é encontrado morto. Na mesma noite, a casa dos padres Alex e Simon é invadida. A polícia não consegue encontrar um suspeito e Alex inicia sua própria investigação. Para encontrar o culpado, ele precisa descobrir o segredo mantido por Ugo a qualquer custo.

Comparado pela crítica norte-americana a Umberto Eco e Scott Fitzgerald, Ian Caldwell é coautor do best- seller O enigma do quatro, que vendeu mais de 2 milhões de exemplares nos Estados Unidos e foi traduzido para 35 idiomas.

Escrito após dez anos de extensa pesquisa, O quinto evangelho já foi publicado em vinte países.


HÁBITOS PARA UMA VIDA EFICAZ
Stephen R. Covey

Stephen R. Covey apresenta cinco hábitos para incorporar no dia a dia e ter uma experiência de vida mais eficaz. O leitor encontrará a solução de muitos problemas ao simplesmente deixar a natureza lhe ensinar sobre as leis naturais e como cuidar de relacionamentos, aumentar seu nível de autoconhecimento e guiar suas escolhas.

Stephen R. Covey, um dos 25 norte-americanos mais influentes segundo a revista Time, dedicou sua vida a ensinar pessoas a reescreverem seu futuro e terem pleno controle diante do destino. Já vendeu mais de 25 milhões de livros, que foram traduzidos para mais de 38 idiomas. Entre eles, destaca-se Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes, considerado o livro de negócios mais influente do século XX. Entre seus outros sucessos de venda estão Vivendo os 7 hábitos, Os 7 hábitos das famílias altamente eficazes e Os 7 hábitos dos adolescentes altamente eficazes, todos lançados pela editora BestSeller.



AÇÚCAR DE MELANCIA
Richard Brautigan

De maneira sarcástica e um tanto nonsense, Brautigan conta episódios passados em euMorte, um lugar onde quase tudo é feito de açúcar de melancia. Com uma linguagem original e poética, o autor nos transporta para um ambiente surrealista, mas que também se assemelha ao cotidiano banal de uma pessoa comum.

Uma crítica bem-humorada à mecanicidade das nossas ações.

“A primeira vez que li Vonnegut e Brautigan fiquei chocado ao descobrir livros tão bons! Era como descobrir o Novo Mundo.” - Haruki Murakami, The Paris Review.



HOT SUL
Laura Restrepo

María veio para a América em busca de um sonho. Ao ser acusada e sentenciada por matar o marido, ela precisa se esforçar para provar sua inocência. Mas a liberdade pode lhe forçar a encarar um horror ainda maior que está à sua espera do outro lado das muralhas da prisão.

Laura Restrepo ganhou diversos prêmios, dentre eles o Premio Arzobispo San Clemente, o VII Premio Alfaguara de Novella, Grinzane Cavour na Itália por melhor ficção estrangeira e o Guggenheim Foundation Fellowship.

Entre seus livros de maior prestígio estão Doce companhia, O leopardo ao sol e Delírio, este último,incluso na Coleção Folha de Literatura Ibero-Americana.

“Restrepo é capaz de capturar totalmente nossa atenção conforme nos identificamos com María Paz (...). Há, mais do que qualquer outra coisa, um senso de humanidade e redenção neste romance. O resto é política.” — World Literature Today.


ENTROPIA
Alexandre Marques Rodrigues

Em Entropia, Alexandre Marques Rodrigues mais uma vez mostra pleno domínio das técnicas narrativas. O jogo de identidades entre personagens – que perturba o leitor tanto quanto lhe impõe investigá-los, decifrá-los, mapeá-los, confirmá-los a cada página – é caso muito sério, ocasião em que a literatura capta o espírito dissolvido de um tempo sem que da engenharia do escritor se ouça o mais mínimo ruído.

Alexandre Marques Rodrigues nasceu em 1979, na cidade de Santos, litoral de São Paulo. É formado em Psicologia pela Universidade Católica de Santos. Seu livro de estreia, Parafilias, publicado pela Record, foi vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2014, na categoria Contos, e finalista do Prêmio Jabuti.


INTELECTUAIS MEDIADORES
Angela de Castro Gomes e Patricia Santos Hansen (Org.)

Ao enfocar as relações entre intelectuais e mediação cultural, este livro contribui para expandir os limites que costumam circunscrever as reflexões sobre a categoria intelectual, além de desenvolver e testar as potencialidades das categorias de intelectual mediador e de mediação cultural para a historiografia.

Primeiro livro no Brasil que compreende mediadores culturais como intelectuais. 

Linha de pensamento arrojada, que entende como intelectuais livreiros, editores, tradutores, escritores, professores, autores de obras para o público infantil, entre outros.

Assunto interdisciplinar, que tem como público acadêmicos de áreas diversas do conhecimento – de humanas a exatas.


SRA. POE
Lynn Cullen

1845: O Corvo, de Edgar Allan Poe, alcança os padrões de perfeição literária e está no auge da moda – sucesso com o qual uma poetisa esforçada como Frances Osgood só pode sonhar. Apesar de não ser grande fã dos escritos de Poe, ela vê com entusiasmo a chance de conhecê-lo e, em um sarau literário, fica atraída por sua magnética presença. Flerte e sedução culminam em um romance proibido. Mas quando a frágil mulher de Edgar insiste em se tornar amiga de Frances, o relacionamento se torna tão ambíguo e tortuoso quanto um dos contos de Poe. 

Inspirado na vida e na escrita de Poe e Osgood, e baseado em autênticos detalhes históricos, Sra. Poe é uma história de tragédia e perda envolta em uma aura de paixão e vitalidade

Lynn Cullen é autora premiada de livros infantis e do aclamado romance juvenil I Am Rembrandt’s Daughter. 

“Uma viagem sedutora e vívida para o auge da sociedade literária americana.” — Oprah.com

A PEQUENA GUERREIRA
Giuseppe Catozzella

O livro é baseado na vida de Samia, a menina determinada a ser uma atleta de sucesso que cresceu numa Somália devastada pela guerra. Um dia, com a família em perigo, sua irmã faz uma viagem para a Europa, como refugiada. Pouco tempo depois, Samia resolve seguir os passos da irmã, e com isso coloca a própria vida nas mãos de traficantes de pessoas.

O livro já foi publicado em mais de dez línguas em todo o mundo e está sendo adaptado para o cinema. Também venceu o Prêmio Strega Giovani, na Itália.

O autor escreve para La Repubblica, L’Espresso, Vanity Fair e para a edição italiana do Financial Times e é Embaixador da Boa Vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

O livro foi incluído no Catálogo Escolar da Record, por se destinar também para um público mais jovem.

Essas e outras novidades podem ser encontradas no site do Grupo Editorial Record.

9 de jul. de 2016

Sorteio #19 - Sorteio de Aniversário do Blog Peregrinos da Noite


 No dia 9 de julho de 2012 surgia acanhadamente o blog literário Peregrinos da Noite (PN). Em comemoração aos 4 anos de sua existência, O PN juntou-se a 22 blogs amigos para presentear você. O blog faz aniversário mas quem ganha presente é o leitor!

 Serão 5 ganhadores que levaram para casa livros + marcadores + outros mimos. Vamos aos prêmios?

Sorteio #18 - Sorteio de Aniversário do Blog Confraria Cultural

O blog Confraria Cultural está soprando velinhas! Uhuuu! 

Regras
Válido apenas para quem possuir endereço de entrega no Brasil;
- Imagens meramente ilustrativas, podendo haver variação na edição do livro;
- O preenchimento incorreto do formulário acarretará em desclassificação do ganhador;
- As entradas opcionais não precisam ser cumpridas, mas garantem chances extras no sorteio;
-  Cada blog envolvido é responsável pelo envio apenas do prêmio cedido pelo mesmo;
-  O sorteio terminará no dia 07/08/2016;
-  O resultado será divulgado neste mesmo post em até 10 dias após o término do sorteio;
- Cada blog tem o prazo de 60 dias para envio dos prêmios após o recebimento dos dados do ganhador;
- Será enviado um e-mail ao ganhador solicitando seus dados, o mesmo terá 3 dias para responder, caso não o faça perderá o prêmio;
- Não nos responsabilizamos por qualquer problema ocasionado pelos Correios;
- Não haverá reenvio caso sejam realizadas as tentativas de entrega e o prêmio volte ao blog responsável.

6 de jul. de 2016

Desejo à Meia-Noite - Lisa Kleypas


Desde o meu primeiro evento de Romances de Época da Arqueiro, tenho sido conquistada por estes livros. Não apenas pelas capas maravilhosas (confesso que, às vezes, sou do tipo que julga um livro pela capa), mas também porquê várias amigas morrem de amores por eles.

Tenho comprado vários de lá para cá e resolvi incluí-los na meta de leitura do ano por me parecerem ser o tipo de leitura que procuro para intercalar com os livros mais densos que, atualmente, dominam a minha lista de leitura.

Amélia Hathaway está a procura de seu irmão mais velho pelas ruas (e sarjetas) da Londres de 1848). Apesar de Leo ser o responsável oficial pelas irmãs desde a morte dos pais, é ela quem de fato cuida do bem estar de sua família.

Ao chegar ao clube de cavalheiros que seu irmão costuma frequentar, ela conhece Cam Roham. Meio cigano, meio irlandês, ele é, ao mesmo tempo, incluído na sociedade londrina por sua fortuna e,  mantido à sua margem por sua origem mestiça.

Vindos de mundos diferentes, e tendo desejos de vida distintos, os dois ficam aliviados com a perspectiva de nunca mais se verem. Quando os Hathaways se mudam para uma casa de campo recém-herdada graças a um inesperado título de nobreza que caiu nas mãos de Leo, Amélia descobre que se manter longe de Rohan será mais difícil do que imaginou, ainda mais considerando sua habilidade de se colocar em perigo (e da habilidade dele de salvá-la).

Rohan não quer se envolver com Amélia. O mundo em que ela vive exige limitações que um cigano abominaria. Ele quer a liberdade que tivera na infância, quando viajava com seu povo. Mas sabe: quando um cigano põe o pé na estrada, ele deve segui-la. Além do mais, talvez estar preso à Amélia não seja tão limitador quanto ele pense.

De fato, se todos os romances de época seguirem a linha de Desejo a Meia-Noite, não apenas meu objetivo de encontrar um "cura-ressaca" terá sido concluído com êxito, como também me deparei com um novo vício literário, porquê eu ADOREI cada página deste livro. De leitura leve, boa narrativa e enredo fofo, fui conquistada logo nos primeiros capítulos, e, de quebra, caí de amores pelo Rohan.

3 de jul. de 2016

Stoner - John Williams


Enviado em Abril de 2016 pela TAG - Experiências Literárias, Stoner se revelou ser mais uma preciosidade que me passaria despercebida se não fosse por essa maravilha de clube de assinantes.

A história, publicada pela primeira vez em 1963 e redescoberta em 2013, conta a vida de Willian Stoner, um filho de fazendeiros que foi mandado para a Universidade para estudar Agronomia (e assim ter condições de melhorar a vida dos pais na fazenda quase improdutiva), mas que, no meio do caminho, descobre a literatura, e se apaixona pelas palavras, terminando sua formação como doutor em Literatura Medieval pela mesma instituição que lhe empregaria pelo resto de sua vida.

A leitura de Stoner foi um choque. No primeiro parágrafo, somos informados que conheceremos a vida de um homem que não deixou grandes marcas na Universidade que fora seu único local de trabalho durante toda a sua vida acadêmica. Sabemos, assim que lemos os primeiros parágrafos, que ele levou uma vida que poderia muito bem ser considerada como comum demais, ou mesmo medíocre.

E é justamente aí que a habilidade de narração e a de construção do personagem se sobressaem, e a história de Stoner torna extraordinário um homem comum. De um jeito simples e natural, Williams expõem o cotidiano, pensamentos e sentimentos do protagonista, e Stoner, o personagem, nos conquista por ele conseguir ser, apesar de todas as forças contrárias que se apresentaram (ou, talvez, mesmo com com elas), ele mesmo. Um homem simples, de desejos simples, e que, extraordinariamente, conseguiu passar a vida fazendo o que gostava e trabalhando com algo que amava.

Assim como A Improvável Jornada de Harold Fry, Stoner é uma história sobre uma pessoa comuns realizando um ato extraordinário. Para Harold, o extraordinário foi atravessar o país a pé. Para Stoner, foi passar a vida trabalhando com que se ama.