29 de set. de 2013

Os Três Mosqueteiros – Alexandre Dumas




Antes de dizer qualquer coisa: EU ESTOU APAIXONADA POR ESSE BOX! Para ser mais precisa me apaixonei pelo cheiro dos volumes. Desde que comecei a usar óculos, séculos atrás, estou tentando manter uma distancia saudável no exercício da leitura, mas com essa coleção é impossível! *-* Eu não sei explicar, é um amadeirado TÃO bom! xD 

Depois de ler algumas versões resumidas e assistir a mais ou menos três adaptações, eu finalmente consegui o texto integral de Os Tres Mosqueteiros. Sempre fui apaixonada pela história. E se ela vem em uma edição de luxo e em um Box maravilhoso, aí a paixão é em dobro. xD

Fui arrebatada logo nos primeiros capítulos: d’Artangnan é descrito como a imagem de D. Quixote aos 20 anos, eu pirei quando li esse trecho. Eu comprei esse Box MUITO antes de ter achado D. Quixote, se eu tivesse invertido a ordem de leitura, não teria entendido como d’Artangnan é apresentado (minhas referencias eram dos filmes, e vejamos e convenhamos, eles não são lá muito confiáveis quando se fala em adaptações). O gascão é tão comparado ao Cavaleiro da Triste Figura, que até a pomada milagrosa usada por Cervantes é citada e usada por d’Artangnan. Se a inversão tivesse ocorrido, quando eu lesse Dom Quixote, eu provavelmente não me lembraria de d’Artangan, e essa convergência entre os clássicos passaria despercebida.
 
Agora peço licença para um rápido devaneio: quando eu escrevi sobre O Engenhoso fidalgo d. Quixote da Mancha, eu escrevi as seguintes palavras: “Em seus devaneios, transforma moinhos de vento em gigantes, rebanhos em exércitos e cortesãs em donzelas.” Que fique bem claro que não as peguei de ninguém (até por que estava sem internet no dia em que escrevi). Quando comecei a ler, me apareceu exatamente assim: “Dom Quixote tomava os moinhos de vento por gigantes e os carneiros por exércitos.” OMG! O.O Acho que eu estava mesmo inspirada no dia, OU esse ultimo parágrafo foi algo completamente sem nexo e desnecessário, mas que seja vai continuar aqui. u.ú

Escrito em 1844 pelo francês Alexandre Dumas, é o volume inicial de uma trilogia (oh god, lá se vai meu dinheiro de novo T-T), romanceando fatos importantes dos reinados dos reis Luís XIII e Luís XIV e da Regência que se instaurou na França entre os dois governos. Cheio de combates e suas reviravoltas romanescas, é o exemplo típico do romance de capa-e-espada. 

A narração é feita em terceira pessoa e ela volte e meia se intromete com um “Lembra-se de fulano?” ou um “Mas voltemos ao cicrano, que...”, geralmente eu acho esse tipo de narrador um intrometido inconveniente, mas ele foi tão bem colocado nessa obra que me encantou.

Todos os elementos que fazem de uma história ser um sucesso estão presentes: boa narração, bons personagens (não consigo escolher meu preferido entre Athos, Phortos, Aramis e d’Artangan), suspense, comédia, intrigas, amores, camaradagens, tudo isso ambientado na Paris do século XVII, um charme a parte! *-* Pensando bem, fico com Athos (desafio detectado xD)

Não posso dizer que houve finais felizes nessa história. Todos terminaram vivos (todos os que interessavam pelo menos), mesmo assim o sentimento de perda é irreparável. Ao mesmo tempo, para quem viu o filme “O homem da mascara de ferro”, algumas peças se encaixaram e passaram a fazer sentido.

Mais para frente, tentarei falar de cada filme. Cada um tem seus pontos fortes e fracos e quero colocar os pingos nos “is” nesse assunto.

25 de set. de 2013

O Turista (The Tourist)




Filme de 2010, típico exemplo dos que chamam atenção pelo elenco principal e que te surpreendem pelo enredo.

Angelina Jolie é Elise Clifton-Ward, uma mulher elegantéérrima perseguida pelo serviço secreto por causa de seu antigo amante, Alexander Pearce (um homem que, além de dever deve £744 milhões em impostos, roubou US$2,3 bilhões de um gangster russo). Elise foi a única pessoa que viu Pearse pessoalmente, e com os rumores de que ele fez uma mudança drástica em sua aparência, ela é o único elo entre ele e a policia.

O rock começa em Paris, quando ela recebe o seguinte bilhete: “Entre no trem tal, escolha um homem com a mesma altura e corpo que eu, faça os policiais acreditarem que sou eu”. A carta possui apenas duas letras em sue exterior: AP. Seguindo as instruções de Alexander, ela escolhe Frank Tupelo (Johnny Depp), um professor de matemática de faculdade de uma comunidade dos Estados Unidos (como eu queria ser aluna desse cara, metade dos meus problemas com essa praga estariam resolvidas, ou talvez não, dificuldades com a matéria é uma ótima desculpa para se pedir aulas de reforço).

O resto do filme se passa em Veneza. Graças a Elise, tanto a Scotland Yard (sob a direção do Inspetor John Acheson (Paul Bettany)), quanto o mafioso russo acham que Frank é Alexander Pearse. Ao tentar fugir deles, Frank é detido pela polícia italiana de forma ostensiva, mas para sua própria segurança, só para um inspetor corrupto entregá-lo aos homens do Shaw em troca da recompensa que foi colocada pela cabeça do Pearce. Elise resgata Frank antes de ele ser entregue, levando os homens do Shaw em uma perseguição de barco estendida, até escapar. Ela deixa Frank no aeroporto com seu passaporte e dinheiro, pedindo-lhe para ir para casa para sua própria segurança.
 
É claro que o filme não acaba assim. Ao invés de voltar para cara, Frank compra um terno (branco, como somente Depp usaria) e entra no baile em que Elise deveria se encontrar com Alexander para entregá-lo a policia. Depois de atrapalhar (novamente) os planos do Inspetor John, ele é preso no barco da polícia e é obrigado a ver Elise servindo de isca pelo antigo chefe de Pearse. Apesar do perigo de Elise, Acheson repetidamente recusa pedidos da polícia de intervir com seus atiradores. Enquanto a polícia está ocupada no acompanhamento da situação, Frank escapa do barco da polícia e confronta Shaw, alegando ser Pearce e se oferecendo para abrir o cofre se Elise puder sair em segurança. Shaw é cético e ameaça que Frank deve abrir o cofre, se ele não quiser ver Elise ser cortada. O inspetor chefe Jones (Timothy Dalton) chega ao local de vigília da polícia, substitui Acheson e ordena os atiradores da polícia a atirar na sala, matando Shaw e seus homens. Jones então retira a suspensão de trabalho de Elise.

Sobre o filme, isso é tudo que falarei.

OK, mas e o Rufus Sewell? Bom, no filme todo, ele apareceu somente cinco vezes. Isso mesmo, em apenas cinco das cenas pude admirá-lo, e apenas em sua ultima aparição ele abre a boca. Mas ao contrário do que você está pensando, ele fez toda a diferença no filme, é o tipo de pista que nos faz pensar em milhões de teorias... Para ver que erramos em todas elas. rsrsrs

Eu simplesmente AMO essa produção. =D

24 de set. de 2013

Encontro Toca ES – Especial de Aniversário de Bilbo e Frodo Baggins



No dia 22 de Setembro, os hobbits Bilbo e Frodo Baggins completam mais um ano de vida. (Não, essa data não foi inventada pela Toca ou pelo Conselho Branco, ela está registrada na pagina 28 de O Senhor dos Anéis, A Sociedade do Anel).

Acho que nunca vi uma data ser tão aguardada/comentada quanto essa. Todas as Tocas pelo Brasil a fora se mobilizaram para fazer algo em comemoração. É claro que a Toca ES não iria ficar de fora.
Nos reunimos no Parque Pedra da Cebola, em Vitória. O clima estava agradável e fresco, quase como eu imagino o Condado, só faltou as colinas verdejantes e as portas redondas. xD

(Se querem saber, eu gostei mais do lugar em que ficamos hoje – atrás de um dos campos de futebol do parque – que na tenda em que ficamos da ultima vez. É mais fresco, com mais sombra, e a grama é supermacia).

Eu estava planejando levar algumas comidas temáticas para o encontro, a Lara, da Toca CE foi muito gentil em me passar algumas receitas que ela faz para a galera de lá, mas devido a um alinhamento de planetas que colocam trocentos eventos no mesmo final de semana, não consegui sequer testar as receitas. Fiquei muito chateada com isso, mas... =(

Alem do piquenique e da estréia dos novos modelos de espadas na Batalha Campal (que resistiram MARAVILHOSAMENTE BEM aos combatentes), foi organizada uma gincana de mímicas. O que achei mais legal disso tudo é que quase todos os que foram entraram na brincadeira sem medo de pagar mico (na verdade, elas estavam muito boas), e os novatos estavam dando um banho de adivinhação nos mais antigos. xD

O nosso Tain Morelo também aproveitou para colocar em discussão algumas propostas e projetos para a nossa querida Toca, fiquei bastante animada com tudo o que foi discutido e decidido. Pude ver animação de outras pessoas também, não só dos entocados mais antigos, mas (e principalmente) dos novatos (grupo em que eu estou inclusa). Se tudo der certo, em breve teremos grandes novidades. =D

Por falar nele, seguindo o exemplo do queridíssimo Bilbo, ele recitou o discurso feito na festa de seu aniversário. O discurso está gravado e pode ser visualizado ao final desse post. As fotos tiradas estarão postadas nesse link.

Foi uma tarde agradável, ótima para sentar e conversar com velhos amigos, ou para se fazer novas amizades. 

22 de set. de 2013

Coleção Desenvolvimento (Volumes 13, 14 e 16)




A Você S/A (ou Você S.A.) é uma revista brasileira mensal, publicada pela Ed. Abril e tem como público-alvo o mercado empresarial. Suas matérias são voltadas são voltadas para o mercado de trabalho em geral: carreira, desenvolvimento pessoal, empreendedorismo, estilo de vida, etc. 

Essa coleção (publicada pela Ed. Sextante) tem o objetivo divulgar inovações e aprimoramentos de diversas técnicas e habilidades profissionais. Cada volume possui 24 lições em linguagem de fácil entendimento, muito úteis para o empresário ou para o profissional de qualquer área que deseja melhorar seu desempenho ou o de seus funcionários. 

Uma coisa que sempre foi muito clara para mim, é que quando o assunto e Administração, raramente algo servirá para todas as empresas. Sempre existirá uma visão diferente, um método diferente, uma inovação que pode fazer toda a diferença, dentro ou fora da empresa. Por ser algo tão abrangente, os administradores pegam muitos “exemplos que deram certo” para, com as devidas adaptações, colocarem em prática pessoal ou profissionalmente. A vantagem disso é que dois autores diferentes provavelmente apresentarão o mesmo assunto com maneiras, argumentações e visões distintas.

Volume 13 – Finanças ao Alcance de Todos – Esse é um daqueles volumes mais direcionados ao profissional financeiro, principalmente aos de primeira viagem. Ele mostra algumas dicas para se entender os registros contábeis de uma empresa: nomenclaturas, balanço patrimonial, regime de competência, etc. Para quem já passou pela Contabilidade na faculdade, é uma revisão muito mais que bem-vinda, para quem não passou, é ótimo para ter uma noção inicial do ramo. A autora, Katherine Wagner, é contadora e consultora de várias firmas de contabilidades de prestígio no mercado, e seus artigos já foram publicados em vários jornais e revistas especializados.

 Volume 14 – Os Princípios de Investimento de Warren Buffett – Para a maioria das pessoas, investir em ações da bolsa de valores é algo complicado e complexo que deve ser feito somente por profissionais. Warren Buffett (só eu que me lembrei do Pokémon wobbuffet?), um dos maiores investidores americanos, desmitifica isso com uma tática de premissas simples: aproveitar situações favoráveis; evitar a diversificação; valer-se dos mercados em baixa, buscar o valor das empresas, e não seus preços e manter a racionalidade em todos os momentos. Indo na contra mão de 99% dos preceitos de Wall Street, ele presa pela qualidade das ações, e não pela quantidade ou diversidade das mesmas. O livro é bem mais simples de se entender do que outros títulos do gênero, e pra quem quer investir e não sabe nem por onde começar pode ser uma ótima fonte de dicas.

Volume 16 – Como Planejar e Conduzir Reuniões Produtivas – Quando ouvimos “reunião de trabalho”, sempre pensamos em algo chato, entediante e que nos faz perder tempo. Nesse volume, são dadas algumas dicas de como torná-las agradáveis, proveitosas e motivadoras tanto para gestores quanto para funcionários. A maior parte das dicas são mais aplicáveis em empresas é verdade, mas algumas coisas podem ser trazidas para ambientes mais informais, afinal, reunião é um evento formado por pessoas, com conteúdo e processos orientados para um propósito definido. Barbara J. Streibel é consultora e gerente de recursos humanos de uma Oriel Inc., empresa que criou programas de treinamento em gestão que obtiveram grande sucesso.

Todos nós, de certa forma, administramos alguma coisa em nosso cotidiano: casa, família, dinheiro, carreira, comportamento,... Essa coleção apresenta algumas coisas que podem ser facilmente colocadas em prática, fora que são de leitura rápida, cada volume possui cerca de 80 paginas e cada um pode ser encontrado a menos de 10 reais no Submarino. A coleção com os 10 primeiros (o maior número que vi é o 16) quase sempre está na promoção e pode ser comprado a 40 reais mais o frete.

20 de set. de 2013

O Assassinato e Outras Histórias - Anton Tchekhov




Minha primeira experiência com a literatura russa foi com Crime e Castigo, de Fiodor Dostoiévski, no final do ano passado (ou no retrasado =x). Um ótimo livro, mas que não foi aproveitado como devia. Tinha acabado de ler o Dança dos Dragões, de George R.R Martin e a mudança na velocidade de narrativa foi tão grotesca que me arrastei por quase todo o segundo volume.

Isso ficou ainda mais evidente dessa vez: minha leitura anterior foi “A rainha dos condenados, de Anne Rice”, que também exige uma leitura mais lenta, foi bem mais fácil entrar no ritmo certo. 

Para esse volume da Coleção Clássicos da Abril Coleções, foram selecionados 6 contos de Anton Tchekhov (1860 – 1904), escritos entre 1894 e 1900. Médico, dramaturgo e escritor russo, ele é considerado um dos maiores contistas de todos os tempos. Em sua carreira como dramaturgo criou quatro clássicos e seus contos ainda aclamados por escritores e críticos.

Esse é um daqueles livros bem difíceis de comentar, mas farei uma tentativa: os seis contos apresentados são ambientados em cidades de interior, quase sempre na periferia das mesmas. A sensação de miséria, monotonia e comodismo também são comuns. Quase todas as histórias giram em torno de um ambiente irritadiço, seja com uma pessoa, com o ambiente, com o contexto em que o personagem está. A descrição das coisas é muito bem feita, detalhada na medida certa. A pobreza e a simplicidade são predominantes nos ambientes. É um bom passatempo.

Quem gosta de narrativas mais lentas provavelmente gostará dos contos. Para quem gosta de mais dinamismo, ou não dispõe de muito tempo (ou menos tempo do que gostaria) para se dedicar á leitura, é um teste de paciência, perseverança e resistência (o que de certa forma é bom, essas três virtudes são essenciais hoje em dia).