27 de jun. de 2014

Sangue e Ouro - Anne Rice



Mesmo estando lotada de coisas para fazer (e nesse fazer, eu quero dizer estudar), apelei para a minha dose quase mensal de Anne Rice para tentar manter alguma coisa da minha sanidade (é incrível como alguns autores consegue ser nosso recanto de paz mais bem protegido). Sangue e Ouro é o oitavo livro da série As Crônicas Vampirescas e foi lançado no Brasil pela primeira vez em 2001.

Thorne, o vampiro que começa a narrativa, remonta aos eventos de A Rainha dos Condenados. Vendo e ouvindo tudo de seu tumulo nas geleiras nórdicas, ele acompanhou a queda de Akasha e o momento em que Maharet e Mekare tomaram o Cerne Sagrado para si.

É incrível como as coisas que acontecem com Lestat tomam proporções tão grandes. (Eu simplesmente AMO isso. rsrsrs) O contato feito por Memnoch foi tão forte e tão decisivo, que abriu espaço para que Armand contasse sua história, para que David Talbot e Louis apelassem para uma Mayfair e, agora, para que um bebedor esquecido no gelo perdesse seu sono e sua paz.

A novidade aqui é o inicio narrado em primeira pessoa. Realmente não me lembro disso nas outras crônicas e fiquei contente com a mudança.

Em sua caminhada em busca de companhia, Thorne se encontra com Marius, com que passa a dividir um amor quase que fraternal.

E é Marius quem abre seu coração e conta sua história. Não apenas uma parte dela, como contada por Lestat ou por Armand, mas toda ela, com eventos e detalhes que somente o próprio Marius poderia conhecer e contar.

Falando de tudo o que passou enquanto era guardião Daqueles que Deveriam Ser Preservados, Marius também conta a história de alguns Bebedores de Sangue que passaram por sua vida. Como é o caso de Eudóxia, uma vampira muito mais velha que dominava o território da cidade de Constantinopla. E de Zenobia, também de Constantinopla. O fascínio dele pela capela de Santa Sofia, para quem já leu O Vampiro Armand, chega a ser quase uma profecia.

O Marius volta ao seu normal (o normal dele que conhecemos ao menos) quando ele conhece a era renascentista italiana. Em especial um certo pintor chamado Botticelli. Por quem Marius cai de amores de tão fascinado que ele fica por sua arte. rsrsr

Agora em relação á época de Armand, confesso que me surpreendi. A visão dele do desenvolvimento de seu pupilo é surpreendente, e por mais que os eventos sejam os mesmos, ver tudo pelos olhos dele é fascinante. Fora que eu adoro essa habilidade da Anne Rice de formar um quadro maior dos eventos a partir da perspectiva de diversos personagens, que dizer, é a mesma história, contada por vários ângulos, a partir de diversas bagagens distintas e únicas.

É na época de Armand que outro velho conhecido para os leitores das Crônicas surge pela primeira vez (considerando o tempo cronológico de todos os vampiros apresentados agora): a Talamasca faz uma aparição para Marius em seu esplendoroso palazzo veneziano.

Há uma coisa que gosto, para falar a verdade amo, nessa série (e talvez seja algo que eu já tenha comentado): a maneira com que cada personagem/narrador se comunica com as outras Crônicas publicadas. Todos conhecem as Crônicas, todos leram as Crônicas e (ao que parecem) todos complementarão e se juntarão às Crônicas. A cada história publicada, o mundo se expande e se completa. E o melhor de tudo: não existem linhas soltas, e a cada livro elas parecem ficar mais e mais entrelaçadas entre si.

Após quase 30 capítulos, a história de Marius é contada e Thorne acaba tendo seu desejo atendido: passar a eternidade ao lado de sua criadora, Maharet.

25 de jun. de 2014

Arrow - 1ª Temporada



Baseada no personagem de quadrinhos Arqueiro Verde, Arrow estreou em 2012 e atualmente finalizou sua segunda temporada. E a terceira já esta confirmada.

A série conta a história de Olliver Queen, um playboy bilionário de Starling City, que passa cinco anos preso em uma ilha após um naufrágio que põe fim a vida de todos a bordo, incluindo seu pai, Robert Queen, e Sara Lance, irmã mais nova de sua namorada Laurel Lance, com quem estava tendo um caso. Após seu retorno à Starling City, ele se reencontra com a mãe, Moira Queen, e seu novo marido, Walter Steele, o antigo CFO da companhia do seu pai e que agora é o novo CEO. Ele também é bem recebido pela irmã mais nova, Thea, e seu melhor amigo, Tommy Merlyn, filho do bilionário Malcolm Merlyn. Oliver também tenta reencontrar-se com a ex-namorada Laurel, mas ela o culpa pela morte da irmã, Sara, já que ambos estavam tendo um caso no momento do acidente.

Durante o dia, Oliver finge ser um playboy bilionário; à noite, ele se torna um Vigilante com capuz verde, seguindo os desejos do seu pai antes de morrer, corrigindo os erros da família Queen, lutando contra os males da sociedade e restaurando Starling City à sua antiga glória. O Vigilante, a outra personalidade de Oliver, torna-se o foco do detetive Quentin Lance, pai de Laurel e Sara, que está determinado a prendê-lo. Ele acusa Oliver como o culpado da morte da filha e de sua esposa o ter largado, embora ele permaneça sem saber da sua verdadeira identidade.

Oliver é constantemente acompanhado por seu guarda-costas, John Diggle e a técnica de TI de sua empresa, Felicity Smoak (DISPARADAMENTE minha personagem favorita). Felicity acaba se tornando uma presença marcante e fundamental na vida de Oliver e junto com Diggle se unem a Oliver em sua luta por justiça. Moira também está escondendo alguns segredos, como a sabotagem feita no iate da família e que resultou na morte do marido.

Os episódio intercalam o cotidiano de Olliver em Starling City com acontecimentos na Ilha durante o tempo em que ele ficou preso.

Episódio 07 - Muse of Fire: O motivo de eu gostar desse episódio se resume a três palavras: Jessica de Gouw. Foi a primeira participação de outro personagem super-herói da DC, a Huntress. A questão toda (na minha humilde opinião) é que Olliver encontra alguém que faz quase a mesma coisa que ele e alegando objetivos quase iguais. Assisti à esse episódio sem sequer piscar o olho de tão maneiro. E o episódio 8, Vendetta, continua focando nessa relação.

Episódio 09 - Year's End: Enquanto Olliver tenta retomar à tradição da Família Queen de fazer uma grande festa natalina, surge um novo arqueiro na cidade. E é a partir desse episódio que as coisas esquentam MUITO na série.

Se as coisas começam a esquentar no nono episódio, é no décimo oitavo, Salvation, que tudo fica prestes a entrar em ebulição. Olliver encontra a origem do estranho símbolo presente no caderno de nomes deixado por seu pai. O desenho é um mapa de uma parte das antigas linhas de metrô que passavam por Starling City. A descoberta dá a ele uma pista ínfima do tal “empreendimento” em que sua mãe está envolvido.

Season Finale: Olliver finalmente descobre o que se trata o tal empreendimento e Moira admite sua participação em rede nacional. O caos se instala em Satrling e os dois arqueiros, o verde e o negro começam se degladeiam para ver qual será o futuro da cidade: a destruição de um bairro inteiro e de todas as pessoas que vivem nele, ou a salvação do mesmo.

21 de jun. de 2014

O Coração das Trevas - Joseph Conrad



(Estava com saudades de postar aqui. rsrsr Ainda não posso voltar ao ritmo normal de postagens, mas já estou conseguindo ver uma folguinha no meu estoque. rsrsr)

Na verdade, esta é a segunda vez que me propus a ler este livro. A primeira foi ano passado, se não me engano, nos últimos meses do ano. Mas eu estava tão saturada de narrativas pesadas (acho que depressivas seria uma palavra melhor) que acabei abandonando a história.

Eu já disse o quanto adoro a Coleção Clássicos da Abril Coleções? Ainda mais que, a essa altura, as edições estão mais envelhecidas e fica um cheirinho TÃO bom! rsrsr

A história é um relato do marinheiro Maslow narrado por um de seus companheiros de bordo.

E eu me lembrei do motivo de ter parado a leitura: parágrafos longos.... Muito longos. Acho que na época em que tentei ler, eu estava saturada desse tipo de estrutura. Mas até o momento (06 de Junho, atualmente na página 82), estou sobrevivendo até bem, obrigada.

Maslow descreve quase em detalhes sua viagem ao continente africano, quando a exploração de homens, de marfim e de outras riquezas ocorriam a pleno vapor.

Ao longo de todo o relato, um personagem consegue ganhar destaque sem nem ao menos aparecer a não ser em boatos: o sr. Kurtz é sempre descrito como um homem de grande talento na administração de um dos postos, sagaz na obtenção do precioso marfim e muito eloquente em seus textos e em suas falas. Carismático, Kurtz se torna, para Maslow, o tipo de pessoa por quem vale a pena atravessar uma selva de trevas e horrores para conhecer e e escutar. Mesmo que somente por um breve momento.

Uma coisa que reparei (e que me surpreendi por ter reparado) é que em algum momento eu parei de reparar no tamanho longo dos parágrafos. Eu simplesmente comecei a ignorá-los sabe? Isso realmente não importou muito para o ritmo de leitura (pelo menos não para o meu).

Joseph Conrad, escritor inglês de origem polonesa, segundo dizem pessoas mais entendedoras que eu, usou de sua obra para falar do festival de torpezas da expansão colonial europeia, e do projeto civilizatório europeu que encobria a exploração do homem pelo homem com objetivos escancaradamente econômicos.

16 de jun. de 2014

Desafio Um Ano Sem (Comprar) Livros - Saldo do Mês 1 (De Novo)



Depois de ir para a estaca zero no mês passado, o resto do mês passou tão voado que quando percebi faltavam uma semana para a atualização do primeiro mês.

A prova de resistência veio no dia 13: Há um tempo atrás fiquei sabendo que um entocado distante está para nos fazer uma visita. A pessoa aqui ficou tão feliz, mas tão feliz, que resolveu demostrar isso presenteando o visitante muito esperado com a única coisa que acho que sei escolher direito: Livros.

Inicialmente fiquei com medo de errar no presente, mas depois de um tempinho percebi que minha escolha seria perfeitíssima. Uma edição comentada e ilustrada da Zahar de uma história que eu sei que ele gosta (que, já devo ter comentado algumas vezes, é quase uma declaração de amor de tão linda que são).

Não vou dizer de qual história que é para não estragar a surpresa. Basta saber que eu não tenho essa edição e que sou DOIDA para tê-la (se bem que quase morro de amores por quase qualquer coisa que seja Zahar). Rsrsrs

Aí é que morou o perigo. Euzinha, buscando um Zahar, como cartão de crédito pronto para ser gasto. E na prateleira Zahar da livraria (que foi incrivelmente fácil de identificar), três dos cinco (ou seis) exemplares dessa editora que quero. #maldade! :’(

Mas, por incrível que pareça, consegui resistir. Talvez o fato de eu tentar apertar os gastos pra poder comprar uma bolsa que vi na Marisa no final do mês tenha ajudado. rsrsrs