27 de fev. de 2015

Indomada - P. C. Cast



É sério, existe alguma coisa nessa história que faz com que eu a leia extremamente rápido... E o melhor de tudo: ela não dá ressaca.

No quarto volume da série, a distância entre Zoey e o restante de seu círculo vai a tal ponto que Aphrodite começa a ter visões que envolvem a morte de Zoey, indefesa pelo isolamento de seu próprio séquito. As visões da novata também envolvem uma guerra entre humanos, vamps, e uma criatura que consegue ser ainda mais agourenta.

Por falar em maldosa, como se não bastasse Neferet ter se bandeado para as trevas, ela liberta uma criatura ainda pior que ela: Kalona, um demônio temido pelo povo Cherokke (do qual Zoey descende), é descrito como um ser lindíssimo guiado pela maldade que foi aprisionado na terra graças a antigas feiticeiras do povo de Zoey.

O pior de tudo, é que toda (ou praticamente toda) Morada da Noite acreditou em Neferet quando ela chamou Kalona de Erebus, consorte de Nyx e poderosa figura masculina de sua mitologia.

Eu continuo gostando dessa série por que ela é bem leve de se ler. Graças ao humor adolescente garantido pelos adolescentes de House of Night, a história fica bem descontraída, compensando o desenrolar acelerado que o enredo possui.

24 de fev. de 2015

Crepúsculo: O Despertar dos Vampiros - Vários Autores


Esse livro é uma antologia de contos e crônicas que tem o vampiro como centro da temática.

Dos autores reunidos, conheço apenas um (e mesmo assim, só de nome): John Polidori (1795-1821) foi um escritor e médico inglês, creditado por muitos como o criador do gênero vampiro de fantasia. Agora, a parte interessante: cheguei a esse cara graças a Frankeinstein (ele fazia parte do círculo de amigos que estavam com Mary Shelley quando ela escreveu o esboço de Frankeinstein).

Sobre os contos (incluindo o de Polidori): eles não são ruins, mas nenhum deles me fez ficar realmente empolgada. Todos eles possuem narrações bem fáceis de serem acompanhadas (menos O Vampiro com seus parágrafos extensos demais, esse é mais complicadinho), e enredos até bem interessantes (o meu preferido foi o Eterno Castido, de Kissy Ysatis).

Essa edição também traz três ensaios, sobre vampiros, é claro, incluindo um totalmente dedicado à sagra Crepúsculo (cujo conteúdo não li nem três folhas =x ).

Apesar de não ter me empolgado muito, esse livro me rendeu uma boa leitura. Especialmente por causa das ilustrações que precediam os contos, acho que foi o que mais gostei nessa coletânea.

Antes de terminar esta postagem, preciso agradecer ao Marcos, da Phendragon Livros Novos e Usados, por ter me emprestado esse livro de seu acervo pessoal. Pode ter certeza de que seu livro foi cuidado como se fosse um dos meus Zahar. rsrs

21 de fev. de 2015

O Livro Roubado - Flávio Carneiro


Há um tempo atrás, propus a mim mesma ler, sempre que possível (ou sempre que a oportunidade surgir) autores fora do circuito principal de lançamento editoriais. Aí calhou de eu conhecer o Flávio Cordeiro e, de quebra, ganhar o livro dele.

André não é um detetive de verdade, ele é um apaixonado por livros. Mas, ao passar no escritório de um detetive que lhe devia uma grana, e receber um possível cliente podre de rico, ele se tornou um.

O cliente em questão quer que seja investigado o roubo de uma edição especial de Histoires extraordineires, de Edgar Allan Poe. Ele tem até o nome do ladrão... Porém, contudo, todavia, entretanto... Se as coisas fossem fáceis assim, não teria história para compor o livro.

Os personagens principais dessa trama são André, que assume a identidade do detetive Miranda, e o Gordo, um recém proprietário de um sebo para leitores compulsivos. A narração é feita toda pelo ponto de vista do André. As falas são, inclusive sinalizadas por aspas. Parece complicado, mas na verdade é bem simples de se acompanhar: você sabe quem é o interlocutor, sabe quando cada em fala e sabe as ações de cada um no momento da conversa.

Confesso que, inicialmente, não dava muita coisa por essa trama... Mas a medida em que foi lendo... CARAMBA! Nunca, mas NUNCA eu ia imaginar o rumo que a história tomou.

O que eu mais gostei, disparadamente, foram as referencias literárias usadas pelos personagens. Acabei a leitura querendo a bibliografia completa do Poe (nunca li nada dele) e ainda mais apaixonada por As Mil e Uma Noites (cuja leitura já é quase um objetivo de vida).

18 de fev. de 2015

Harry Potter e a Câmara Secreta - J. K. Rowling


Estava mesmo tentando manter as imagens principais como sendo fotografias da edição que possuo na minha estante, mas dessa vez, não vai dar: o meu exemplar está realmente muito feio (não sabia cuidar dos meus livros quando era mais nova). Eu já pensei até em trocá-la... Mas cada vez que vejo que o tenho desde 2002 (sim, quase 13 anos) eu simplesmente não tenho coragem de me desfazer dele.

As primeiras férias de Harry após entrar em Hogwarts da pior maneira possível: com os tios trouxas na Rua dos Alfeneiros. A coisa toda desanda ainda mais quando um elfo doméstico chamado Dobby aparece em seu quarto avisando-o para não ir à Escola de Magia naquele ano.

Depois da tragédia que precede a visita de Dobby, quem vem ao vem ao resgate de Harry é Rony e os gêmeos Fred e Jorge Wealey... Em um carro voador. Carro que, por sinal, eles suam para chegar até a escola depois que a plataforma de acesso ao Expresso de Hogwarts misteriosamente não se abre para eles.

Um ano em Hogwarts não seria divertido se não acontecesse coisas estranhas e bastante perigosas. Harry começa a escutar vozes vindas de lugar nenhum, e alguns alunos da escola são misteriosamente petrificados. A trama desse segundo livro culmina em um novo encontro entre Harry e Voldemort... Mas vocês terão que ler o livro para saberem de mais detalhes. =x

Uma coisa que reparei ao reler, é que a narração deixou um pouco de lado toda aquela coisa mágica que é Hogwarts. Tipo, toda a magia inerente ao lugar existe, e sempre está lá, mas houve um amadurecimento na maneira como a história é contada. E essa é uma das coisas mais interessantes dessa saga, ela vai amadurecendo junto com o leitor.

15 de fev. de 2015

O Cavaleiro Imperfeito - T. H. White


Acho que parte da dificuldade de se acompanhar a narração desta série, é que o autor tenta explicar algumas coisas medievais usando exemplos contemporâneos para época (1940). Curioso foi ver que foi justamente por causa desse artifício que a obra de White ganhou fama (lá fora).

Esse livro é de Lancelot, nomeado por si mesmo de O Cavaleiro Imperfeito por ser grotesco de fisionomia. Amigo de Arthur, e devotado a seu Rei Lancelot se apaixona por Guinevere, e ela por ele. E é dele e desse amor que o livro vai falar basicamente 90% do tempo.

Por um tempo, ele disfarçou esse amor quando não conseguiu mais disfarçar, ele saiu da Corte de Arthur para amá-la em segredo... E foi nessas andanças que ele conheceu Elaine, com quem se deitou pensando estar com sua amada Guinevere (duas vezes). Mas o amor de Lancelot por sua Rainha era mais forte, a ponto de existir a consumação, o sentimento de culpa e, por incrível que pareça, a conivência de Arthur.

Esse livro também retrata a busca dos Cavaleiros da Távola Redonda pelas Relíquias Sagradas, mas especificamente pelo Santo Graal.

Não, eu não gostei desse livro. A narração ficou lenta demais e os personagens, em especial Lancelot e Guinevere se mostraram ridículos. Ele é um fraco de coração e de alma, a outra é temperamental demais por coisas muito pequenas. O que salvou mesmo foras as ilustrações de Allan Lee (embora ache realmente que nem elas salvarão essa coleção de serem retiradas de minha estante tão logo eu acabe de lê-la).

12 de fev. de 2015

Frankenstein ou O Prometeu Moderno - Mary Shelley


Tenho para mim que quase sempre subestimamos os livros de bolso. Talvez por acharmos que preço e qualidade andam sempre junto, deixamos passar coisinhas (e histórias) bem interessantes.

A tradução desse livro foi feita com base da edição de 1831 (o livro foi lançado pela primeira vez em 1817), revisada pela própria Marry Shelley. A autora, responsável também pelo prefacio dessa edição, conta como a história de Frankeinstein surgiu: foi durante um verão na Suiça, onde ela, o marido, o poeta Lord Byron (1788 - 1824) e mais um outro hospede se propuseram a  escrever, cada um, uma história de terror para ser lida pelos outros três. (É um daqueles clássicos momentos em que eu paro e penso: "gostaria de ser uma mosquinha para presenciar uma reunião dessas").

O primeiro personagem que conhecemos é Robert Watson, um inglês que, partindo de São Petersburgo, busca encontrar o ponto mais ao norte do globo terrestre. Por meio de suas cartas à prima, ele faz breves relatos sobre os preparativos dessa viagem, assim como expões seus anseios e expectativas.

Na quarta carta escrita, Watson relata, algo, no mínimo estranho: no meio de uma planície de puro gelo, ele e sua tripulação vêem, em  um trenó, a silhueta de um homem gigantesco. Horas mais tarde, os marinheiros encontram um segundo homem quase morrendo no gelo.

Após mais ou menos a metade da quinta carta, o relato de Watson passa a ser a história desse homem encontrado no gelo.

É então que conhecemos Victor Frankeinstein, genebriano de intensa inteligencia, que, de tão apaixonado pelas ciências naturais, foi ao extremo de criar sua própria criatura.

Criatura essa que também toma parte do relato para si, ao contar ao seu criador, e a nós, o que aconteceu com ele após sua criação e como se deu seu processo de aprendizagem e de tomada de consciência de si mesmo.

A criatura de Frankeinstein pede a seu criador uma companheira, já que humanos não o aceitam devido a sua aparência horripilante. Em troca, ele e sua mulher partiriam para onde os humanos cruzassem seus caminhos.

Inicialmente, Victor cede, chegando até a produzir uma fêmea para seu monstro. Mas, ao estar perto de concluí-la, o horror a sua obra o faz destruir tudo, atiçando o ódio de sua criatura.
"Devo ser considerado o único criminoso, quando toda a humanidade pecava contra mim?
É quando as desgraças (re)começam a aparecer na vida de Victor, culminando numa caçada de anos, até os dois chegarem naquele lugar inóspito.

A narração dessa história é bem tensa e eu não sei dizer se foi pela própria temática (eu acho muito assustador pensar que um homem construiu, do zero, outro homem adulto) ou se é estilo de narração da Mary Shelley.

Apesar disso, a história é difícil de ser acompanhada. A progressão dos acontecimentos foi bem feito e os personagens não são nada chatos (embora nem Victor nem Frankeinstein sejam exatamente legais).

Eu recomendo a leitura? Com certeza! Assim como recomendo a leitura de quase todos os clássicos que já li. E mais ainda por ser literatura inglesa, elas são ótimas tanto para quem é calejado nos clássicos quanto para quem está começando a se interessar por eles.

9 de fev. de 2015

Incontrolável - Sylvia Day


Há muito tempo atrás, em um janeiro passado na praia, uma amiga e eu torramos nossas economias em  uma banca de revista comprando livros puramente escolhidos pela capa. Foi assim que "Casada com um estranho" chegou à nossas mãos. 

Eis que ano passado, ao escolher um livro em uma promoção 5 por R$ 10,00 cada no Submarino, Incontrolável me chama atenção por colocar um nome inesquecível na sinopse.

A confirmação de minhas suspeitas estava logo na contra-capa: Gerard Faulkner, um dos responsáveis pelo meu tombo por livros eróticos estava de volta à minha estante. E dessa vez, ele veio revestido por uma capa maravilhosa ao tato e em uma edição da Universo dos Livros (e só para constar, eu estou amando cada vez mais essa editora).

Isabel Pelham e  Gerard Faulkner são os tipos de pessoas que colecionam amantes e fogem de relacionamentos sério. Ela, viúva de um homem que colecionava amantes descaradamente mesmo diante da adoração de sua jovem esposa. Já ele, solteirão cobiçado por todas as debutantes da alta sociedade londrina, é o tipo de homem que consegue todas as mulheres que deseja com um lindo piscar de seus olhos azuis profundos.

Convencendo Isabel de que um casamento de fachada entre eles resolveria os problemas dos dois (pois nenhum seria mais pressionado com pedidos de casamento) o casal logo se torna um dos mais infames da sociedade. Até que uma notícia envolvendo uma antiga amante de dele abala Gerard ao tal ponto de fazê-lo se afastar de Isabel.

Quando ele volta, quatro anos mais tarde, ela percebe logo de cara que Gerad está diferente... É então que, de fato, os dois começam a se conhecer como pessoas e como amantes.

Mas não vai ser fácil: os dois possuem machucados na alma e no coração. Gerard sabe que será simples conquistar Isabel, ainda mais de ter proposto e afirmado (mais de uma vez) que o casamento dos dois seria somente de aparências.

EU REALMENTE AMO ESSA HISTÓRIA! Sete anos (mais ou menos) se passaram desde que li essa história pela primeira vez e ela continua tão... Envolvente e intensa como antes. As cenas vinham à minha cabeça com uma facilidade incrível, a quantidade de histórias hilárias que eu essa amiga vivemos por causa de Gerard é sem precedentes.

Mas voltando, a edição da Universo dos Livros só melhorou o que já era ótimo: a capa, apesar de simples, é meio texturizada, dando a impressão de estar tocando veludo, as páginas são cremosas, ótimas à leitura, e a fonte é de tamanho perfeito.

6 de fev. de 2015

Proibida Para Mim - Elizabeth Bezerra


Eu queria um livro para ajudar na ressaca provocada pela Maratona #EuTodeFérias (esta postagem foi produzida no dia 28/01) e, por experiência própria, eróticos sempre ajudam. De fato, este livro me ajudou na questão da ressaca literária... Só que de um jeito MUITO diferente do que eu esperava.

Geralmente, eu consigo aceitar e até aguentar muita coisa em uma história: enredo parado, narrativa descritiva demais, até personagens mais ou menos... Mas uma das coisas que me tiram (muito) do sério, é revisão mal feita. E nesse livro, isso é gritante.
"Isso fazia com que eu sentisse-me péssimo."
...
"E essa consciência faz com que eu sinta-me um merda"
E isso por que eu parei de ler na página 52.

Um outro motivo que me levou a abandonar o livro (coisa dificílima de acontecer por sinal) foi que os personagens não me cativaram muito (na verdade, não me cativaram nada). Neil Duran é um louco, e não digo "louco com chances de ser fofo", mas louco mesmo, com direito a ficar na porta do prédio da garota que ele salvou de um assalto e colocar seguranças na porta do apartamento dela dia e noite.

Quanto a história, não posso falar muita coisa sobre ela (não consegui ler mais que 10% da história), porém... Sei lá, tive a impressão que as coisas eram forçadas demais... Tipo: Neil é um cara (muito) traumatizado (ao ponto de até a filhinha utilizar uma perna mecânica) e Jennifer é, nas palavras de Neil "inocente demais" (mesmo não tendo conseguido perceber nenhum indício dessa tal inocência, embora talvez seja por que ele a vê como uma pessoa frágil e desprotegida).

Antes de terminar esta resenha, quero apenas dizer não descartei a possibilidade de que esses pontos negativos sejam resolvidos ao longo da história, mas eu realmente não consegui continuar a ler para descobrir.

3 de fev. de 2015

Escolhida - P. C. Cast


Se existe uma série capaz de curar a ressaca literária de 26 dias de leitura intensa, essa série, para mim, é House Of Night (ao menos os três primeiros livros da série).

No terceiro mês de Zoey na Morada da Noite (sim, a história é muito rápida... O que talvez acabe gerando uma nova ressaca literária...), muita, mas muita coisa aconteceu: além de ela ter sido marcada e remarcada umas três vezes desde o início da série, ela perdeu o pouco contato com a mãe, a melhor amiga morreu (embora não definitivamente) e, para completar, existe a desconfiança de que a vamp mais poderosa e admirada, Neferet, não seja tão bondosa quanto todos pensam. E isso só fazendo uma recapitulação do que aconteceu nos livros anteriores.

Fazendo um apanhado geral do que aconteceu neste livro (e bem geral mesmo para não ter risco de spoiler), as coisas pioraram um pouquinho para Zoey. Por que agora, seus amigos mais íntimos se afastaram (meio que por culpa dela, embora alguns de seus atos fossem justificados e até explicados), ela perdeu os namorados (sim, ela conseguiu perder os três) e Neferet (que se confirmou como A vilã da parada) ainda está mandando na Morada da Noite. Em compensação, ela ganhou uma grande aliada: Aphrodite (por incrível que pareça, ela não é tão insuportável assim... Pelo menos, não quando quer)

A própria Zoey fez um resumo perfeito da vida dela:
Meio engraçada, meio grosseira e bastante zoneada.
Eu digo que esse livro é um ótimo curador de ressaca literária por que ele é engraçado na medida certa para descontrair: sempre dá para contar com as gêmeas Erin e Shaunee e com o Damien para trazer a tona o lado do humor adolescente e até a megera da Aphrodite colabora as vezes. 

Infelizmente, existe o perigo de você se empolgar na história (como eu fiz), e acabar lendo tudo de uma vez e rápido demais (tipo... em umas 6 horas, como eu fiz... o que acabou estabelecendo um novo record, acho...). O resultado é uma considerável piora na ressaca (acompanhada de uma dor de cabeça bastante incomoda)... Enfim...