Apesar de estar fugindo um pouco de livros muito grossos, não consegui resistir à tentação de solicitar este livro. A comparação do autor com Umberto Eco e ambientação no Vaticano também pesaram bastante a favor de O Quinto Evangelho.
Nos últimos meses do papado de João Paulo II, uma exposição controversa está sendo montada no Vaticano. Ugo Nogara, pesquisador e curador da exibição, alega ter descoberto um segredo cujas pistas estavam escondidas em quatro dos evangelhos da Bíblia (Mateus, Marcos, Lucas e João) e em um "quinto" evangelho, conhecido como Diatessarão. De acordo com os estudiosos, este seria a versão mais antiga e mais completa do que hoje se conhece como Novo Testamento, sendo, inclusive, de onde os três primeiros evangelhos citados anteriormente teriam sido retirados.
A exposição de Ugo tem como cerne uma das relíquias mais sagradas da Igreja Católica: o Sudário de Turim, uma faixa de linho que mostra os traços de um homem que aparentemente sofreu os traumas físicos de uma crucificação, e que muitos acreditam ser a imagem de Jesus.
Alex Andreou é um padre da Igreja Católica oriental, um pequeno grupo da Igreja Ortodoxa que segue alguns preceitos do catolicismo romano, entre eles a submissão ao papa. Professor no pré-Seminário e pai de um garotinho de cinco anos, ele luta para criar seu filho sozinho depois de ser abandonado pela esposa poucas semanas depois do nascimento de Peter.
Em uma noite, enquanto ele e o filho esperavam o Simon Andreou, seu irmão mais velho e padre da igreja romana para jantar, Alex recebe um telefonema do irmão pedindo que ele vá imediatamente ao castelo de veraneio do papa. Ao chegar lá, encontra Simon com a batina suja ao lado de um corpo caído nos jardins: Simon havia encontrado o corpo de Ugo Nogara, assassinado uma semana antes do início de sua exposição.
Não bastasse o choque da morte do amigo, Alex ainda precisa encarar uma outra coisa tão ruim quanto: Simon é o principal suspeito do crime, e um processo canônico é instaurado contra ele.
Ao invés de defender-se, Simon se cala e não faz absolutamente nada para tentar provar sua inocência. É aí que Alex começa sua própria investigação, revirando seu passado como amigo de Ugo e auxiliar na pesquisa de embasamento de tal exposição, esmiuçando e desvendando, aos poucos, tanto a história do Sudário de Turim quanto a dos segredos guardados pelas paredes do Vaticano.
O Quinto Evangelho é um livro grande, são 553 páginas de história (e mais algumas com os agradecimentos do autor) e uma narrativa que detalha as ações e as linhas raciocínio de Alex. É um pouco cansativo, mas, ao mesmo tempo, você consegue ler quarenta páginas ou até mais que isso sem sequer notar que está avançando na história.
A parte final para mim, a exposição propriamente dita e os acontecimentos finais da história me levaram às lágrimas de tão emocionante e bem-feito que foi.
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