Fione Meye, narradora deste romance, é uma respeitada juíza do Tribunal Superior da Inglaterra. Especializada em direito de família, por ela passam desde divórcios conturbados até casos extremos que influenciam na vida ou na morte de um recém nascido.
O sucesso e a estabilidade de sua vida profissional no entanto, mascara o declínio de sua vida pessoal: depois de mais de trinta anos de casamento, seu marido a informa que quer voltar a viver "enquanto ainda pode", mesmo que ao lado de outra mulher (que Fiona sabe ser muitos anos mais nova que ela ou ele).
O choque de Fiona ao ver-se abandonada e trocada não abala seu mundo profissional. O mundo jurídico engole a Fiona mulher de tal forma que não existe, dentro daquela mulher, nenhuma outra além da Fiona juíza.
Em meio a mais um dia corriqueiro no tribunal, nos é apresentado o caso do "adolescente A"; Adam Henry é um garoto de dezessete anos que desenvolve um quadro grave de leucemia a poucos meses de se tornar maior de idade. A transfusão sanguínea, necessária para que o jovem sobreviva, é negada pelos pais do rapaz, que afirmam que sua religião é contra tal procedimento. os médicos recorrem à justiça para poder realizar o tratamento do rapaz.
Após ouvir as considerações e depoimentos das três partes interessadas, Fiona volta-se para a única que ainda não foi ouvida, e decide visitar Adam no hospital e, somente depois, proferir seu veredito. Apesar de fraco pela doença, Adam é um jovem esperto, sagaz e com grande amor a vida. Fiona decide a favor do garoto, dando ao hospital autorização para realizar os procedimentos necessários para salvá-lo.
Com o caso resolvido, a vida de Fiona segue adiante. Seu marido estava de volta à casa dos dois e eles tentavam, de uma maneira estranha e meio sem saber como, retomar o casamento, colocá-lo em uma nova situação confortável.
Quando o rapaz começa a lhe enviar cartas, e até a segui-la em uma de suas viagens a trabalho, Fiona percebe que, por alguma razão, começou a nutrir sentimentos pelo rapaz. Embora não soubesse nomeá-lo necessariamente como amor, Adam despertava nela um bem-querer que, ela sabia, não deveria existir. Sua decisão foi mandá-lo de volta para a casa dos pais.
Semanas mais tarde, mais uma carta de Adam, contento um poema escrito por ele e intitulado " A Balada de Adam Henry".
Devo dizer que a única razão de eu não ter favoritado esse livro no skoob foi o final, embora, para falar a verdade, não consiga imaginar nenhum outro para Adam e Fiona. A pesquisa do autor sobre o universo dos juristas foi muito bem representada na trama. A rotina dos juízes, os termos técnicos, as montagem das sentenças, gostei muito de conhecer esse universo em particular.
Nenhum comentário
Postar um comentário
Então, o que achou da postagem?
Vamos, não se acanhe! Será muito prazeroso ouvi-lo! (Mas seja educado por favor. ^^)
Ah sim! Se você tiver um blog, deixe seu endereço para que eu possa retribuir a visita. ;)