22 de mar. de 2016

O Papel de Parde Amarelo - Charlotte Perkins Gilman


O Papel de Parede Amarelo é um conto publicado em 1892 que é considerado um clássico da literatura feminista.

A narradora é uma mulher sem nome, que foi levada pelo marido a uma casa de campo para que ela possa se recuperar de um "problema nos nervos". Praticamente presa no quarto do casarão, ela fica, por "ordens médicas", forçada a conviver com um papel de parede amarelo meio desbotado e com um confuso e bizarro padrão de estamparia.

Ao longo do texto, é aparente o motivo de este ser considerado uma obra feminista: a crítica contra uma sociedade que submete a mulher a uma postura submissa, discreta e, muitas vezes, infantilizada. O marido da personagem, que também é seu médico, a suprime em várias instâncias, jogando em sua cara que a viagem fora por causa dela, chamando-a de "tola" ou de "menininha" quando ela tenta, inutilmente, falar abertamente sobre sua própria saúde, sufocando desejos banais como ocuparem um quarto mais amplo (e sem o horrível papel de parede amarelo) ou escrever.

A propósito, o conto é escrito como um diário, sem dias definidos e escritos praticamente na clandestinidade do quarto que lhe serve como prisão (nem o marido nem a cunhada gostam que ela se escreva).

É meio estranho na verdade. O conto, que a meu ver, se parece com um ponto de partida na luta pela igualdade de diretos (e de liberdade) entre homens e mulheres, me mostrou que sim, a sociedade avançou bastante em relação à época. Contudo, ainda há muito a se avançar, porquê algumas coisas realmente não mudaram, apenas (talvez) se atenuaram.

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