31 de mar. de 2016

Doze Contos Peregrinos - Gabriel Garcia Marquez


A história destes contos são interessantes: depois de anos e anos tomando notas sobre possíveis temas a se desenvolver, Gabriel Garcia Marques reuniu, em um primeiro momento, trinta ideias promissoras, que, no entanto, ele não conseguia desenvolver. Com o passar dos anos, e depois de muitas idas e vindas da lata do lixo, essas trinta ideias foram peneiradas, restando mais ou menos dezoito. Mais algumas revisões depois, restaram doze, que resistiram às peregrinações ao lixo e ao caos produtivo do colombiano Garcia Marquez.

Iniciei a leitura deste livro em uma tentativa de me distrair dos contos fantásticos de Edgar Allan Poe. Percebi que havia falhado quando me dei conta de que Gabriel Garcia Marquez, ao menos neste livro, pareceu beber da mesma fonte que o escritor americano. A mistura entre o corriqueiro e o fantástico andou lado a lado com passagens bizarras (e um tanto assustadoras também).

Porém, os contos de Garcia Marquez são bem menos melancólicos e possuem uma identidade latina muito forte, e isso fica muito visível nos costumes e no comportamento dos personagens.

Quatro contos me chamaram atenção: O avião da Bela Adormecida, Assombrações em Agosto, Tramontana e O Rastro de Seu Sangue na Neve. O primeiro me chamou atenção pela agonia que a gente sente pelo amor platônico do narrador com a bela adormecida do voo Paris/Nova York. Os três últimos me ganharam pela semelhança com a narrativa (e com a bizarrice) de Edgar Allan Poe.

Fiquei contentíssima por ter recebido um livro de contos desse autor. Apesar de este não ser o livro que rendeu o Nobel de Literatura à Gabriel Garcia Marquez (foi Cem Anos de Solidão), deu para perceber que ele domina muito bem seus textos.

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