Lembro-me de ter visto esse filme quando era mais nova (uns 17 ano, talvez), e, como não podia deixar de ser diferente, fiquei tão doida por este livro que o comprei uma semana antes de um exemplar chegar como livro de ação.
Achei interessante que este livro veio com outros dois livros que, de uma maneira ou de outra, abordam a questão da mulher dentro da sociedade.
Célie, a protagonista desta obra, é uma criança negra que vive no Sul dos Estados Unidos, em algum ponto entre 1900 e 1940. Pobre, analfabeta, estuprada pelo padrasto e forçada a se casar com um viúvo que é pai de quatro filhos que enxergava a esposa como uma empregada e que não se cansava de lhe agredir física e moralmente.
Ainda assim, Célie escreve para Deus, e é por meio destas cartas que ficamos conhecendo sua vida, a vida dos que estão a sua volta, os acontecimentos pelos quais ela passa e todas as pequenas, mansas, mas muito significativas reviravoltas em seu caminho. Lá pelas tantas, e junto com Célie, passamos a ler as cartas de Nettie, irmã mais nova da protagonista, que se tornou missionária da Africa após ir embora da casa do marido de Celie.
Apesar de a vida de Celie ser bem triste e sofrida, a história dela não é feita apenas de lágrimas. Celie tem uma maneira bem particular de ver a vida, se contentando com a alegria nas pequenas coisas e suportando as que ela não pode mudar. Ao mesmo tempo, ela não é nem um pouco fraca, e acho que foram poucos os personagens que chegaram a dizer isso para ela. Célie é resiliente, e isso a faz forte. E é quando a força de Celie vem a tona que sua vida muda mais efetivamente e ela passa a viver uma fase de descobertas sobre si e sobre a vida.
Gostei bastante da leitura. A Editora José Olympio está, cada vez mais, se tornando uma das minhas editoras favoritas. :3
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