Em um famoso
discurso proferido em Hamburgo em 1953, Thomas Mann advertiu os alemães sobre o
perigo de quererem voltar a almejar uma “Europa alemã”. E que muito menos
catastrófico seria que conseguissem obter uma “Alemanha europeia”. Mas no
rastro da crise do euro, foi justamente o que aconteceu. Com uma política
“Merkiavélica”, brinca o autor em referência à liderança de Angela Merkel, a
Alemanha se tornou hegemônica na Europa, tanto do ponto de vista político como
do ideológico. Como líder econômica do continente pode ditar aos países da zona
do euro as condições para a obtenção de novos créditos, incluindo o
esvaziamento dos direitos de coparticipação dos parlamentos grego, italiano,
espanhol e até mesmo do alemão.
Quais as
consequências da polêmica política de contenção alemã para o equilíbrio de
poder europeu? Que soluções são possíveis no conflito entre os arquitetos da
Europa e os ortodoxos do Estado nacional? Como conciliar os imperativos da
solução da crise e da democracia face ao risco-Europa? São essas as questões
que Ulrich Beck aborda. E ele conclui que é preciso um novo contrato social
europeu: um contrato que, através da própria ideia de Europa, garanta mais
liberdade, mais segurança social e mais democracia. (Skoob)
Julio
Cortázar e Omar Prego Gadea se encontraram pela última vez em 20 de janeiro de
1984. Eles haviam se conhecido dez anos antes, em um vernissage, em Paris. Em 1982, depois da morte de Carol Dunlop,
companheira do escritor argentino, nasceu a ideia desta obra – “um livro muito
doido”, segundo Cortázar. Os dois amigos combinaram, então, de escrever um
texto “a quatro mãos”, sem temas proibidos. A conversa foi interrompida somente
com o falecimento do autor, em 12 de fevereiro de 1984.
Leitura imprescindível para os fãs do autor de O jogo da amarelinha, e para aqueles que estão começando a leitura, esta edição traz fotografias dos arquivos
pessoais de Omar Prego Gadea, de Aurora Bernárdez, viúva de Cortázar, e do
pintor e escultor Julio Silva, além de cronologia do escritor e texto crítico
sobre suas obras póstumas. (Skoob)
Neste
fascinante romance, Maggie O’Farrell nos apresenta a incrível história de duas
mulheres separadas no tempo, mas com o mesmo destino marcado pela arte, pela
maternidade e por inúmeros segredos. A
mão que me acariciou primeiro é uma assombrosa investigação sobre como
conduzimos nossas vidas, quem somos de verdade e como podemos estar
profundamente conectados pelos mais prosaicos acontecimentos.
Aclamada com seu romance de estreia, Depois que você foi embora, e com A distância entre nós, A mão que me Acariciou Primeiro é o primeiro romance de Maggie O"Farrell lançado no Brasil. (Skoob)
Hoje,
“As mais belas histórias da Antiguidade Clássica”
permanece como leitura valiosa não apenas para adolescentes, mas também para
adultos. Útil para quem procura um primeiro contato com os mitos da Antiguidade
clássica (sem a aridez habitual aos manuais de mitologia), as narrativas são também
lidas com grande prazer e curiosidade pelos já iniciados, pois é antes de tudo
obra de valor literário intrínseco, além de qualquer função didática que possa
ter.” - Paula da Cunha Corrêa.
No
primeiro volume estão reunidos “Metamorfoses e mitos menores”, a começar pelo
mito de Prometeu, o mito hesiódico das gerações humanas e os relativos às
origens das tribos gregas. Além destes, as histórias dos argonautas, de
Héracles e os heraclidas, Teseu, Édipo e a guerra de Tebas. (Skoob)
~Aquele momento em que uma blogueira precisa segurar o surto de alegria ao ver essa lindeza na News, por ter se apaixonado a primeira vista por essa coleção. <3 ~
Em 24 de abril de 1933, dois jovens cônjuges se
suicidam em seu apartamento em Paris. Naquela noite, eles teriam se encontrado
com diversas pessoas e foram dançar. Trinta anos depois, o narrador tenta
reconstruir a história deles, que parece se cruzar com a sua própria. Cada
pergunta suscita outras, como um eco, ao curso de andanças fantasmagóricas por
Paris, de lembranças que retornam à memória... (Skoob)
Remissão da Pena, Flores da Ruína e Primavera de Cão são histórias independentes mas formam a “trilogia essencial” da obra de Patrick Modiano.
Aos dezenove anos, numa manhã da primavera de 1964, o narrador encontra o fotógrafo Francis Jansen. Ele trabalha em Paris para uma revista norte-americana, foi amigo de Robert Capa, encontrava-se com uma mulher chamada Colette Laurent que agora o procura incessantemente, guarda todas as suas fotos em três maletas, e desaparece sem deixar vestígios.
Homem evasivo e misterioso, Jansen faz parte da galeria de tipos que, como só Patrick Modiano é capaz de descrever, prefere o silêncio e as reticências às palavras. O narrador retorna a bairros afastados, tenta reencontrar pessoas perdidas, e busca romper a camada de silêncio e de amnésia ao seu redor. As silhuetas lhe escapam; depois de trinta anos, os rostos já não estão nítidos. Ele deseja recuperar o passado, para que se torne algo além de fragmentos distantes e ausentes. Tudo lhe causa uma sensação de irrealidade. E é na busca do passado, de Francis Jansen e de tantos outros, que sua identidade é rememorada. (Skoob)
Patrick e seu irmão são confiados a amigas de seus pais em Paris após a Segunda Guerra. Das mulheres responsáveis pelos dois meninos pouco se sabe além do que revelam os trechos de conversas entreouvidas por Patrick: que uma delas é uma pessoa triste e que a outra foi artista de circo. Isso e o fato de receberem as visitas frequentes de Jean D. e Roger Vincent durante o dia e de diversos visitantes noturnos. Nesse mundo intangível, os dois irmãos seguem de mãos dadas pela infância através da rue du Docteur-Dornaine e em meio a visitas a castelos, excursões a Paris, leitura de histórias de aventura, tardes ouvindo rádio — sempre à espera de que, um dia, alguém volte para buscá-los. (Skoob)
A vida e
a obra de Sylvia Plath assumiram proporções lendárias. Educada na Smith College,
uma faculdade particular de artes para mulheres, a escritora norte-americana
manteve um relacionamento conflituoso com a mãe, Aurelia, e, após o casamento
com o poeta Ted Hughes, foi absorvida pelo redemoinho da consagração literária.
Seus poemas foram disputados, rejeitados, aceitos e, por fim, aclamados por
leitores de todo o mundo.
Aos 30
anos, Sylvia cometeu suicídio enfiando a cabeça num forno enquanto os filhos
dormiam no andar de cima, em quartos que ela vedara contra o gás venenoso. Ariel, uma coletânea de poemas escritos
numa velocidade avassaladora durante seus últimos meses de vida, tornou-se um
clássico moderno. Seu único romance, A
redoma de vidro, passou a fazer parte do cânone literário, constando em
listas de leituras para estudantes de vários países.
Nesta
biografia – a primeira a utilizar materiais recém-integrados aos arquivos de
Ted Hughes na Biblioteca Britânica –, Carl Rollyson nos apresenta uma Sylvia
Plath poderosa, que abraçou tanto a baixa quanto a alta cultura para se
transformar na Marilyn Monroe da literatura contemporânea. (Skoob)
Os mitos
da Grécia e Roma antigas estão entre as mais dramáticas e apaixonantes
histórias de amor, guerra, heroísmo e traição criadas pelo homem. Seus
personagens inspiram as artes e ajudam o homem a compreender a si mesmo: Ícaro
voa perto demais do sol, Prometeu rouba fogo dos deuses, Édipo vive sua
tragédia incestuosa.
Agora os
apaixonados pela mitologia antiga têm em mãos um guia essencial. A famosa
classicista Jenny March apresenta uma deliciosa compilação dessas histórias e
conduz o leitor às origens, transformações e interpretações dos mitos que
moldaram o mundo. Mitos clássicos é o
guia mais completo para o estudo desses mitos e lendas inesquecíveis. (Skoob)
Na madrugada de 18 para 19 de outubro de 2010, o escritor Raimundo Carrero – um dos mais premiados escritores brasileiros – sofreu um AVC, que o deixaria com o lado esquerdo comprometido. Ao retornar da UTI do hospital onde permaneceu durante 15 dias, sentou-se no computador para tentar transformar em literatura aquela experiência dolorosa. Quatro anos e diversos rascunhos apagados depois, por fim Carrero encontrou a forma literária que procurava. O senhor agora vai mudar de corpo é um breve e pungente romance, em que o escritor revisita momentos decisivos de sua vida passada a partir do terrível momento em que temeu perder definitivamente controle de seu corpo. (Skoob)
Discípulo e amigo de Ariano Suassuna, Raimundo Carrero é jornalista e escritor premiado, que há décadas ministra uma oficina literária em Recife, pela qual passaram escritores
hoje consagrados.
Viajando
a Edimburgo a trabalho, o francês Edgar Logan prevê uma temporada de iluminação
e tranquilidade. Já na Escócia, Edgar conhece por acaso Harry Sanderson e sua
cativante esposa, a artista Carrie. A partir daí, sua vida meticulosa passa por
um turbilhão, e a viagem que se pretendia estritamente profissional ganha uma
carga dramática à qual Edgar nunca se vira acostumado — na verdade, sempre
evitara.
Atraído
pelo casamento conturbado dos Sanderson, Edgar deve enfrentar seus medos mais
profundos e seu crescente interesse pela encantadora Carrie. Quanto mais ele
descobre os muitos segredos dessa família, mais a viagem ganha ares de
thriller. Edgar não é mais o mesmo homem: o turbilhão (do qual ele não sabe
quando nem como sairá) já lhe deixou marcas indeléveis. Logo nele, que parece
querer passar pela vida sem deixar assinatura. (Skoob)
As histórias – pois são muitas as vidas que se cruzam neste romance – começam no dia 17 de julho de 1950, quando a derrota do escrete brasileiro na Copa do Mundo motiva um assassinato absurdo, de fortes conotações racistas. O crime é discutido na roda do Café e Bar Rio Negro, epicentro da vida intelectual dos “homens de cor” na Capital da República, e onde somos apresentados a fascinantes personagens. A partir desse microcosmo da então capital da República, em que personagens da história brasileira, como Dolores Duran e Abdias Nascimento, se cruzam nas deliciosas criações ficcionais de Nei Lopes, percorremos uma década decisiva da cidade do Rio de Janeiro e da afirmação da cultura afro-brasileira. (Skoob)
Renomado pesquisador, autor e intérprete de clássicos da música brasileira, Nei Lopes é autor dos romances A lua triste descamba e Mandingas da “Mulata Velha” na Cidade Nova, além de importantes obras de referência sobre a cultura afro-brasileira, como Enciclopédia da Diáspora Africana e Dicionário da Antiguidade Africana.
Tancredo Neves: A noite do destino retrata a vida pessoal e, principalmente, a trajetória política do primeiro presidente brasileiro eleito após o regime militar. O jornalista político José Augusto Ribeiro, assessor de Tancredo Neves durante a histórica campanha de 1984, traz a público o resultado de mais de quinze anos de pesquisa. O leitor encontrará farto material bibliográfico, incluindo documentos do arquivo pessoal de Tancredo, fotos, entrevistas exclusivas e fatos ainda inéditos sobre esse líder nacional. (Skoob)
Em 2015 comemoram-se 30 anos da sessão do Congresso que elegeu Tancredo
Neves presidente da República e abriu caminho para a redemocratização após mais
de duas décadas de ditadura.
De onde viemos? Por que as estrelas brilham e
as estações do ano mudam? O que é o mal? Desde o princípio dos tempos, a
humanidade vem respondendo a essas perguntas com histórias criativas, que já
foram utilizadas pela religião, ciência, filosofia e literatura popular. Neste
volume, Davis introduz e explica os grandes mitos mundiais, bem como as obras
de literatura que os tornaram famosos, abordando, entre outros, o mesopotâmico Gilgamesh, o primeiro herói da mitologia;
Aquiles e a Guerra de Troia; Stonehenge e os druidas; Thor, o deus nórdico dos trovões; e A vida e as grandes dificuldades enfrentadas
pelo homem que se tornou Buda.
Sempre informal e instrutivo, o autor mostra
por que as narrativas ancestrais sobre deuses e heróis continuam nos
emocionando até hoje, em filmes, arte, linguagem e música. (Skoob)
Após sua estreia literária com O segredo do oratório, sucesso de público e crítica, Luize Valente volta a mergulhar, de maneira ainda mais surpreendente, na história de uma família de migrantes em Uma praça em Antuérpia. Com domínio da narrativa, que vai e volta do ano-novo de 2000 em Copacabana para os anos da eclosão da Segunda Guerra na Europa, Luize reconstitui a desgraça imposta pelo nazismo aos judeus, razão pela qual muitos deles viriam fazer a vida no Brasil.
Reunindo sensibilidade pelo drama humano e extensa pesquisa histórica, Luize retrata a chaga do nazismo na miudeza do cotidiano, na intimidade das famílias alemães e europeias, com bárbaros desdobramentos em Portugal, no lar de Clarice e Olivia, de onde a narrativa parte para ganhar o mundo e o Brasil. Acompanhamos a fuga de Clarice e seu marido, o pianista judeu Theodor, por grande parte da Europa, sempre um passo à frente da perseguição nazista, fuga que leva parte da família a cruzar o oceano. Como se não bastasse essa narrativa de tirar o fôlego, Luize presenteia o leitor com um final emocionante e totalmente inesperado. (Skoob)
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