Poucos livros foram tão recomendados por mim como A Dama de Papel (alguns dos meus amigos não aguentam mais me ouvir falar do livro... mas dois ou três se renderam à leitura e, obviamente, adoraram).
Dito isso, é difícil não comentar o quão empolgada fiquei ao saber que Carmim sairia em livro físico depois de meses sendo exclusivamente digital.
Vittorio Datelli e a esposa vieram da Itália procurando uma vida melhor para a família. Juntos, eles construíram uma confeitaria italiana que hoje está espalhada por mais de vinte estados americanos e continua tão produtiva como no inicio do projeto.
No dia de seu falecimento, seu neto, Louis Datelli, encontra, no bolso do terno que deveria levar para vestir o avô em seu funeral, uma carta datada de 1982, em que uma tal de Guadalupe escreve que ele nunca mais verá nem a ela, nem à filha que eles tiveram jutos.
Chocado com a descoberta, Louis decide procurar a filha que o avô teve fora do casamento, e as redes sociais acabam por leva-lo a Carmem, uma dentista espanhola que se mudou de Barcelona para Atlanta depois de perder sua mãe por causa do rompimento de um aneurisma cerebral.
Para se aproximar de Carmem, Louis marca uma consulta com ela utilizando-se do sobrenome de seu pai (Smith). A primeira consulta o rendeu a descoberta de uma carie profunda. A segunda, três dias depois, o fez descobrir que a Doutora Carmem era uma mulher de longos cabelos cacheados e ruivos e olhos de verde intenso.
Ele a convida para jantar após a consulta, e o convite lhe rende o telefone dela, o encontro seguinte culmina em uma transa quase desesperada na cadeira do consultório dela. Daí para frente, todos os finais de semana Louis passa com Carmem em Atlanta, os dois envolvidos em um amor cada vez mais profundo.
A minha empolgação com a leitura durou até, mais ou menos, a página dez, que foi quando percebi que teria sérios problemas com o ritmo do texto por causa do excesso de exclamações. Afirmações ganharam enfase desnecessária ou animação demais e, infelizmente, acabaram transformando dois personagens muito bons em dois histéricos sem causa.
Isso me entristeceu imensamente, por que a história é muito boa (como eu já sabia que seria, a final de contas, á da Catarina Muniz que estamos falando), mas ficou um tanto apagada no meio de tanta exclamação sem sentido.
Ah, que pena que vc não achou a leitura tão prazerosa...de todo modo, eu agradeço muito que tenha destinado um tempo para lê-lo e espero que os próximos possam agradar tanto quanto "A dama de papel". Beijos!
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