18 de jul. de 2016

O Pintor de Memórias - Gwendolyn Womack


Bryan Pierce é um pintor aclamado no mundo todo. Suas obras são admiradas pela intensidade das cenas retratadas, momentos íntimos da vida ou da morte de uma pessoa, eternizados de maneiras que fazem a arte emanar a própria essência de quem foi eternizado, quase como se as imagens fossem recém saídas de um sonho.

De fato, elas foram. Cada tela é o momento final de um sonho de Bryan. De uma memória despertada nele para ser mais exato. Ele começou a ter esses sonhos quando garoto, após ser levado pela mãe a vários centros psiquiátricos, descobriu na pintura uma maneira de externar a agitação que seus sonhos lhes dava. Com suas pinturas, ele também queria encontrar uma pessoa.

Lins Jacobs é uma geneticista fascinada pelos mecanismos da memória, quebra-cabeças, xadrez e música clássica. Em uma exposição na galeria de seus amigos, ela fica estarrecida perplexa com um dos quadros, ao ver seu pesadelo mais recorrente durante a adolescência ser retratado com a perfeição de um expectador. No sonho, ela era queimada viva enquanto o homem que ela amava a via arder, sem nada poder fazer para impedir sua morte.

Intrigada, ela entra em contato com o artista que criara o quadro e, ao encontrar-se com Bryan, sua vida toma um rumo que ela jamais imaginaria.

As memórias despertadas em Bryan trouxeram conhecimentos e sentimentos que um ser humano jamais pensaria em possuir: ouvir o som de um violino que se emocionar com o instrumento que criou séculos atrás, olhar uma pessoa e reconhecer um ente querido perdido há milênios, falar fluentemente mais de trinta idiomas sem nunca tê-los estudados, lidar com tantas vivências e se manter vivendo esta vida.

O Pintor de Memórias é uma maravilha em vários sentidos: narração, enredo, cadência, reviravoltas, tudo é muito bem dosado e colocado no momento certo e na quantidade certa. Fiquei supercontente por ter escolhido esse título e não foi a toa que o li em menos de quarenta e oito horas.

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