Este livro é a reunião de duas coisas que não sou muito fã quando o assunto é livro: crônicas e amor intimista.
Me explicando, acredito que crônicas e livros não combinam muito por se tratar de um texto voltado para uma experiência cotidiana, por vezes tão enraizada no lugar e no tempo do autor que um leitor de fora se perde, e com ele, vai-se todo (ou grande parte) o sentido da crônica.
Sobre o segundo tópico, é algo mais complicado de se explicar. Não sou, alias, acho que nunca fui, do tipo de expor meus sentimentos. Por algum motivo, quando o assunto são meus sentimentos, é quase como o mantra de Elsa: "Não os deixe entrar, não os deixe ver/ Esconda, não sinta, não deixe que eles saibam".
Em algumas das páginas, me vi refletida. Meus medos, meus desejos, meus sonhos, me senti sendo descrita e me ouvi pedindo por resgate, e esse nível de intimidade me quebrou a ponto de eu terminar a leitura chorando de carência e de raiva (de mim que me deixei contagiar, do autor que me leu sem nunca ter posto seus olhos em mim, e da pessoa que não saiu da minha cabeça enquanto tentava ler).
Este livro despertou meu amor e meu desgosto. Apesar da dúvida sobre ter gostado ou não, estas crônicas são preciosas traduções do que é o (invejável e sempre buscado) amor sincero.
Eu lhe amei como todos os sentimentos bons e ruins, Eu lhe amei com a minha fé. Eu lhe amei com a minha dor. Eu lhe amei com os meus traumas. Eu lhe amei com os meus dramas. Eu lhe amei com minha amizade. Eu lhe amei com o meu ciúme."Sei também que dificilmente vou encontrar crônicas tão lindas quanto essas.
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