Madame Bovary é, talvez, uma das leituras mais queridas da minha estante e, mais talvez ainda, o livro que iniciou meu vício por literatura clássica.
Antes que conheçamos a esposa, primeiro nos é apresentado o marido: Charles Bovary é o único médico de uma cidade pequena que durante toda sua vida fora mediano e manso, dominado primeiro por sua mãe, depois por sua primeira esposa.
Quando o novo casamento ocorre, o autor gradualmente passa a ocupar-se com Emma, uma guria campestre que, criada em um convento, lia (escondida) romances e mais romance, viu no casamento com Charles a chance de viver aquele amor romanesco que tanto a atraía.
Frustrada, ela passa a buscar em outros o que não encontrava em Charles Bovary.
"Antes de se casar, ela pensara ter amor, mas como a alegria que deveria ser resultado daquele amor não apareceu, só podia ter se enganado, pensava. E Emma buscava saber o que significavam exatamente, na vida, as palavras felicidade, paixão e embriaguez, que tão belas lhes pareceram nos livros."
Eu gosto desse livro por ele não ser uma narração monótona, e acho que é uma ótima dica para quem quer começar a ler histórias mais clássicas.
Publicado em 1857, esse foi o tipo de livro que se tornou uma febre devido ao escândalo que causou. Gustave Flaubert (1821 - 1880) chegou a ser processado acusado de ofensa à moral e à religião. A ruptura com a literatura da época foi tão grande que, para muitos, Madame Bovary marcou o inicio da literatura realista.
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