Guedali, o personagem narrador começa seu relato num bar, quase bêbado. Enquanto comemora seu aniversário com sua esposa e amigos, ele começa a relembrar sua trajetória, desde seu nascimento como centauro, em uma fazenda no interior do Rio Grande do Sul, até a noite, no bar em que toda a história foi iniciada.
Cada capítulo conta um período da vida do centauro (e do humano), com todas as sensações, duvidas, experiências, buscas, etc.
Esse livro tem muito a ver com a busca de quem somos, tipo aquela sensação de sermos um “estranho no ninho”, seja em casa, ou em outros lugares que frequentamos.
Em certo momento da história, o centauro (agora humano) conta aos amigos de seu passado como meio-equino, e descobre que toda sua turma também passou por episódios parecidos: um nasceu com um rabo de macaco, outro com escamas de peixe. Ora, todos temos nossas singularidades afinal!
A rotina do casal de ex-centauros muda quando um centauro (de verdade) aparece em sua casa e Guedali percebe que sua esposa, Tita, estava apaixonada por ele.
Guedali, que já havia perdido as patas de cavalo que restaram da cirurgia de remoção, decide regressar à forma de centauro (talvez por causa de Tita, que, por algum motivo, continuava a ter cascos). A dúvida entre ser humano ou ser centauro se torna enorme, tão paulpavel quanto a esfinge aprisionada na clínica em Marrocos onde fora realizada a cirurgia.
No último capítulo, de volta ao restaurante, Guedali ouve sua esposa cantar sua história a uma amiga. E que surpresa essa história: ela é sobre um menino (normal, digo, completamente humano) que nasceu com um defeito nas perninhas, mas que era um exímio cavaleiro quando criança.
Agora pergunto-te: qual das histórias é a verdadeira? Nem Guedali sabe a resposta.
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