A história por trás da publicação desse livro foi interessante: depois do mega sucesso tanto do livro quanto do filme de O Poderoso Chefão, Mario Puzo começou a ser pressionado para continuar a série atando as pontas soltas deixadas no livro. Ele se recusou, mas, ao que parece, deixou a questão em aberto para que outra pessoa pudesse fazê-lo. O editor de Puzo e o filho mais velho dele fizeram um concurso para que fosse escolhido o "novo escritor da série". O vencedor foi Mark Winegardner.
Usando a frase de contra capa do
livro, "A Família Corleone está de volta!" (=D).
Quando a confusão inicial (algo
normal nos inícios de história da máfia) passa, quase na metade do livro, o
clima de suspense tradicional dos romances de Mario Puzo retorna. Você fica
tenso, tentando não perder o mais ínfimo dos detalhes, enquanto junta as poucas
peças do quebra-cabeça que já estão disponíveis.
No entanto, a quantidade de
personagens, de Famílias envolvidas e de tramoias em torno de um objetivo (a
meu ver) não muito inteligente de Michael Corleone, deixam a leitura um pouco
chata. São muitos fios, muita coisa encoberta por trocentas entrelinhas, e, sinceramente,
a recusa de Puzo em continuar a história de O Poderoso Chefão fez muito
sentido.
Não que ele tenha estragado a história. Ele apenas a tornou mais confusa e menos épica. Estranho, eu sei, mas foi exatamente isso que me pareceu.
Tanto é que somente no capítulo 17 ou 18 é que a trama finalmente consegue se desenrolar com mais fluência. Isso é bastante coisa se levarmos em consideração que o livro inteiro possui 32 capítulos. E as coisas não só fluem com mais facilidade, como também ficam MUITO mais interessantes. É a segunda metade da história que fazem o livro valer a pena.
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