17 de nov. de 2013

Outra Volta no Parafuso – Henry James



Autor americano do século XIX, Henry James foi considerado um dos pioneiros no uso de “flash-back” e da narrativa indireta. Durante sua vida, ele teve oportunidade de conviver próximo a ícones como os escritores franceses Gustave Flaubert, Émile Zola e Guy de Maupassant e o romancista russo Ivan Turgueniev.

Apesar da minha (grande) tendência a perder o fio da meada, eu adoro a narração indireta. A sensação de que a história está, de fato, ocorrendo com você é revigorante.

Pois bem, ainda nas primeiras paginas, o leitor é colocado no lugar de um rapaz que está escutando uma história de seu amigo. É uma pequena contextualização da personalidade de quem contará a história, e alguns comentários que nos fazem morrer de curiosidade. Tudo o que eu consegui imaginar até essa parte (pagina 15 da minha edição), é que se trata de uma história de suspense ou de terror (socorro).

Um fato curioso (e completamente fora do enredo) é que, por algum motivo, eu encontrei certa convergência com o tipo de história que eu gosto de montar. Tipo, a garota, não necessariamente interiorana, mas que vem de uma realidade menos favorecida encontra-se com um rapaz de status (que sempre é elegante, orgulhoso, sedutor e fechado a qualquer tipo de relacionamento). Os desdobramentos desse encontro, é claro, formam o enredo da história. Por sinal, eu achei a semelhança impressionante, e olha que eu nunca havia lido esse livro.

Toda a narração é feita indiretamente, a história é contada através da ótica da personagem principal. Talvez, por causa disso, o desenvolvimento ficou um tanto confuso e fragmentado. As coisas que a governanta vê e faz se confundem com as coisas que ela pensa e conclui, a linha entre uma coisa e outra é muito tênue. E os parágrafos longos (até demais) contribuem ainda mais para essa confusão.

Ao ler sobre a história, achei que tinha dado o azar de ter pegado outro livro de terror (ainda traumatizada pelo Contos de Amor, de Louca e de Morte). Felizmente, se trata de um “simples” suspense. A abordagem fragmentada que a narração indireta trás à história acentua ainda mais esse suspense, afinal, a única visão que temos dos fatos é a que a governanta possui. Enquanto vemos uma parte do todo, várias outras se escondem.

Fiquei muito contente em saber que as coisas ficam mais claras nos últimos capítulos, estava começando a ficar bastante desanimada com o desenrolar das coisas.

2 comentários:

  1. Luíza, tudo bem?

    Adoro azul, amei seu blog! :D

    Eu nunca havia ouvido falar sobre esse livro, nem esse autor. Que vergonha.
    Mas fiquei interessada na leitura, eu gostei da sua resenha.
    Vou procurar no Skoob, pra ver se alguém troca. :)


    Beijo grande e ótima semana!

    www.oblogdasan.com

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    Respostas
    1. Não se sinta envergonhada Sandra.
      Só fui saber desse autor por causa da Coleção. Antes disso também nunca tinha ouvido falar. rsrsrsrs
      E são poucas as pessoas que se interessam em literatura do século XIX também. ^^

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