Autor americano do século XIX, Henry James foi considerado um dos pioneiros no uso de “flash-back” e da narrativa indireta. Durante sua vida, ele teve oportunidade de conviver próximo a ícones como os escritores franceses Gustave Flaubert, Émile Zola e Guy de Maupassant e o romancista russo Ivan Turgueniev.
Apesar
da minha (grande) tendência a perder o fio da meada, eu adoro a narração
indireta. A sensação de que a história está, de fato, ocorrendo com você é
revigorante.
Pois
bem, ainda nas primeiras paginas, o leitor é colocado no lugar de um rapaz que
está escutando uma história de seu amigo. É uma pequena contextualização da
personalidade de quem contará a história, e alguns comentários que nos fazem
morrer de curiosidade. Tudo o que eu consegui imaginar até essa parte (pagina
15 da minha edição), é que se trata de uma história de suspense ou de terror
(socorro).
Um
fato curioso (e completamente fora do enredo) é que, por algum motivo, eu
encontrei certa convergência com o tipo de história que eu gosto de montar.
Tipo, a garota, não necessariamente interiorana, mas que vem de uma realidade
menos favorecida encontra-se com um rapaz de status (que sempre é elegante, orgulhoso,
sedutor e fechado a qualquer tipo de relacionamento). Os desdobramentos desse
encontro, é claro, formam o enredo da história. Por sinal, eu achei a
semelhança impressionante, e olha que eu nunca havia lido esse livro.
Toda
a narração é feita indiretamente, a história é contada através da ótica da
personagem principal. Talvez, por causa disso, o desenvolvimento ficou um tanto
confuso e fragmentado. As coisas que a governanta vê e faz
se confundem com as coisas que ela pensa e conclui, a linha entre uma coisa e
outra é muito tênue. E os parágrafos longos (até demais) contribuem ainda mais
para essa confusão.
Ao
ler sobre a história, achei que tinha dado o azar de ter pegado outro livro de
terror (ainda traumatizada pelo Contos de Amor, de Louca e de Morte).
Felizmente, se trata de um “simples” suspense. A abordagem fragmentada que a
narração indireta trás à história acentua ainda mais esse suspense, afinal, a
única visão que temos dos fatos é a que a governanta possui. Enquanto vemos uma
parte do todo, várias outras se escondem.
Fiquei
muito contente em saber que as coisas ficam mais claras nos últimos capítulos,
estava começando a ficar bastante desanimada com o desenrolar das coisas.
Luíza, tudo bem?
ResponderExcluirAdoro azul, amei seu blog! :D
Eu nunca havia ouvido falar sobre esse livro, nem esse autor. Que vergonha.
Mas fiquei interessada na leitura, eu gostei da sua resenha.
Vou procurar no Skoob, pra ver se alguém troca. :)
Beijo grande e ótima semana!
www.oblogdasan.com
Não se sinta envergonhada Sandra.
ExcluirSó fui saber desse autor por causa da Coleção. Antes disso também nunca tinha ouvido falar. rsrsrsrs
E são poucas as pessoas que se interessam em literatura do século XIX também. ^^