Na
verdade, esse é um livro que precisei ler para fazer um trabalho de faculdade.
Mas por se tratar de uma curiosa mistura entre literatura e administração,
achei que seria interessante traze-o para o blog. (Até por que, pode ser muito
útil para fazer a resenha da ultima etapa do semestre). Esse é um dos momentos
em que eu me sinto estranha por estar me amarrando em um livro que está sendo
intitulado de chato por quase todo o resto da turma.
A
proposta é explicar (a aplicar) uma teoria administrativa por meio de um
romance. Tanto a empresa quanto os personagens que dão vida ao enredo são
fictícios (no máximo, baseada em pessoas e situações verídicas), mas a teoria
aplicada e explicada é bem real.
Alex
Rogo é o gerente de uma fábrica da UniCo. instalada em uma cidade suburbana dos
Estados Unidos. Inicialmente, Alex não consegue entender o porquê de sua
fábrica ter tantas dificuldades em seus processos produtivos mesmo com a utilização
de maquinários de primeira qualidade. A situação fica mais desesperadora quando
ele recebe a noticia de que sua unidade de produção pode ter suas portas
fechadas caso ela não se tornasse mais atrativa aos investidores. As coisas
começam a se desenrolar quando ele se lembra de uma conversa com um antigo
professor de faculdade. Nessa conversa, Jonah consegue, por meio de tres
perguntas simples, saber que a fábrica de Alex está enfrentando problemas.
Uma
das coisas que tornaram o livro interessante, é que Jonah não dá respostas
prontas a Alex, mas o ajuda a encontrar tanto as perguntas pertinentes aos
problemas quanto as respostas que o ajudarão a colocar em prática o que for
necessário para que a empresa alcance sua meta principal.
Para
os administradores de plantão (e para os demais leitores que porventura se
interessem pelo assunto), aqui vai um aviso em letras garrafais: ESSE LIVRO É
UMA VERDADEIRA AULA DE GESTÃO DA PRODUÇÃO!
Os
comentários que ouvi dos que já leram (ou que estão lendo) é que esse é livro
chato e repetitivo. Bom, acabei de ler a pagina 125 (15h11min do dia 13/10/13)
e tudo o que pude perceber (por enquanto) foi o processo de construção de
raciocínio: começa a partir de uma premissa fora do contexto da Uni.Co., vai
para um contexto não necessariamente relacionado a fábrica (mas que ajuda no
entendimento de Alex sobre o assunto), progride para um planejamento de ação e
acaba na aplicação da ação. Devo dizer que, ao menos por enquanto, “A Meta”
pode ser qualquer coisa, menos chato e repetitivo.
Isso
fica bem claro lá pelo capítulo 32, quando Alex entende a extensão da ajuda de
Jonah. Sempre que era chamado para auxiliar Alex, Jonah se valia do método
socrático da construção do pensamento crítico. Em poucas palavras, esse método
busca, através de perguntas pertinentes, persuadir as pessoas para que elas
eliminem a barreira da prática (e do pensamento comum) e superem mudanças.
PROCESSO DE MELHORIA CONTINUA
1. IDENTIFICAR a(s) restrição(ões) do sistema.
2. Decidir como EXPLORAR a(s) restrição(ões) do sistema.
3. SUBORDINAR tudo à decisão anterior.
4. ELEVAR a(s) restrição(ões) do sistema
5.CUIDADO!!! Se em algum passo anterior a restrição tiver sido quebrada, volte ao passo 1, mas não deixe a INERCIA cause uma restrição no sistema.
O
que me leva a outro ponto interessantíssimo desse livro: ele faz a convergência
entre diversos tipos de ciência e os insere a Administração. Não estou falando
daquele monte de fórmulas que engolimos em nosso ensino médio. A convergência
se faz por meio do raciocínio que está por trás de algumas descobertas
científicas. Em um determinado momento, por exemplo, o autor aproxima algo
usado na administração que é muito encontrado na física: a relação chave SE...
ENTÃO. E não só a física é citada, como também a química e a filosofia. E essa
convergência foi muito bem utilizada, os exemplos foram válidos e as ocasiões
pertinentes. Tudo ficou muito claro e de fácil entendimento.
A
verdade é que talvez esse Romance Administrativo (perdoem-me, mas não achei
definição melhor para ele) pode não ser do gosto de todas as pessoas, de fato,
acho que pouca gente o acharia agradável. Mesmo assim eu o recomendo
(principalmente aos futuros administradores), afinal, não sempre que se pode
conhecer uma mistura tão inusitada como essa.
Basicamente,
essa é a minha opinião sobre o livro “A Meta”. Faltou, na verdade, apenas um
item sobre o qual eu gostaria de falar. Acredito que nem todos podem ter a
curiosidade ou a paciência sobre o assunto, então, vou deixá-lo na postagem
expandida.
A
Teoria das Restrições (TOC) considera qualquer sistema gerenciável como sendo
limitado em alcançar mais de seus objetivos por um número muito pequeno de restrições.
Introduzida por Eliyahu M. Goldratt em seu livro A Meta de 1984.
De
acordo com a TOC, todas as organizações possuem pelo menos uma restrição que
limita o desempenho do sistema (a organização como um todo) em relação à sua
meta. Essas restrições podem ser classificadas como restrições internas e
restrições externas, ou de mercado. Para gerir o desempenho do sistema, a
restrição deve ser identificada e administrada corretamente.
A
teoria oferece princípios, ideias, ferramentas e processos para ajudar a
responder 3 perguntas fundamentais:
- O que mudar?
- Para o que mudar?
- Como causar a mudança?
A TOC sustenta que é essencial
focalizar os esforços de melhoria no elo mais fraco da corrente, pois é ele que
determina o desempenho global do sistema em estudo. Qualquer iniciativa de
tentar melhorar outros elos que não o mais fraco não trará benefícios
sistêmicos, e mesmo os potenciais benefícios locais poderão ameaçar a meta
global.
Bom, é isso, espero que tenham
gostado. ^^
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