5 de nov. de 2013

A Meta: Um Processo de Melhoria Contínua – Eliyahu M. Goldratt e Jeff Cox




Na verdade, esse é um livro que precisei ler para fazer um trabalho de faculdade. Mas por se tratar de uma curiosa mistura entre literatura e administração, achei que seria interessante traze-o para o blog. (Até por que, pode ser muito útil para fazer a resenha da ultima etapa do semestre). Esse é um dos momentos em que eu me sinto estranha por estar me amarrando em um livro que está sendo intitulado de chato por quase todo o resto da turma.

A proposta é explicar (a aplicar) uma teoria administrativa por meio de um romance. Tanto a empresa quanto os personagens que dão vida ao enredo são fictícios (no máximo, baseada em pessoas e situações verídicas), mas a teoria aplicada e explicada é bem real.

Alex Rogo é o gerente de uma fábrica da UniCo. instalada em uma cidade suburbana dos Estados Unidos. Inicialmente, Alex não consegue entender o porquê de sua fábrica ter tantas dificuldades em seus processos produtivos mesmo com a utilização de maquinários de primeira qualidade. A situação fica mais desesperadora quando ele recebe a noticia de que sua unidade de produção pode ter suas portas fechadas caso ela não se tornasse mais atrativa aos investidores. As coisas começam a se desenrolar quando ele se lembra de uma conversa com um antigo professor de faculdade. Nessa conversa, Jonah consegue, por meio de tres perguntas simples, saber que a fábrica de Alex está enfrentando problemas.

Uma das coisas que tornaram o livro interessante, é que Jonah não dá respostas prontas a Alex, mas o ajuda a encontrar tanto as perguntas pertinentes aos problemas quanto as respostas que o ajudarão a colocar em prática o que for necessário para que a empresa alcance sua meta principal. 

Para os administradores de plantão (e para os demais leitores que porventura se interessem pelo assunto), aqui vai um aviso em letras garrafais: ESSE LIVRO É UMA VERDADEIRA AULA DE GESTÃO DA PRODUÇÃO! 

Os comentários que ouvi dos que já leram (ou que estão lendo) é que esse é livro chato e repetitivo. Bom, acabei de ler a pagina 125 (15h11min do dia 13/10/13) e tudo o que pude perceber (por enquanto) foi o processo de construção de raciocínio: começa a partir de uma premissa fora do contexto da Uni.Co., vai para um contexto não necessariamente relacionado a fábrica (mas que ajuda no entendimento de Alex sobre o assunto), progride para um planejamento de ação e acaba na aplicação da ação. Devo dizer que, ao menos por enquanto, “A Meta” pode ser qualquer coisa, menos chato e repetitivo.

Isso fica bem claro lá pelo capítulo 32, quando Alex entende a extensão da ajuda de Jonah. Sempre que era chamado para auxiliar Alex, Jonah se valia do método socrático da construção do pensamento crítico. Em poucas palavras, esse método busca, através de perguntas pertinentes, persuadir as pessoas para que elas eliminem a barreira da prática (e do pensamento comum) e superem mudanças. 
 PROCESSO DE MELHORIA CONTINUA
1. IDENTIFICAR a(s) restrição(ões) do sistema.
2. Decidir como EXPLORAR a(s) restrição(ões) do sistema.
3. SUBORDINAR tudo à decisão anterior.
4. ELEVAR a(s) restrição(ões) do sistema
5.CUIDADO!!! Se em algum passo anterior a restrição tiver sido quebrada, volte ao passo 1, mas não deixe a INERCIA cause uma restrição no sistema.
O que me leva a outro ponto interessantíssimo desse livro: ele faz a convergência entre diversos tipos de ciência e os insere a Administração. Não estou falando daquele monte de fórmulas que engolimos em nosso ensino médio. A convergência se faz por meio do raciocínio que está por trás de algumas descobertas científicas. Em um determinado momento, por exemplo, o autor aproxima algo usado na administração que é muito encontrado na física: a relação chave SE... ENTÃO. E não só a física é citada, como também a química e a filosofia. E essa convergência foi muito bem utilizada, os exemplos foram válidos e as ocasiões pertinentes. Tudo ficou muito claro e de fácil entendimento.

A verdade é que talvez esse Romance Administrativo (perdoem-me, mas não achei definição melhor para ele) pode não ser do gosto de todas as pessoas, de fato, acho que pouca gente o acharia agradável. Mesmo assim eu o recomendo (principalmente aos futuros administradores), afinal, não sempre que se pode conhecer uma mistura tão inusitada como essa.

Basicamente, essa é a minha opinião sobre o livro “A Meta”. Faltou, na verdade, apenas um item sobre o qual eu gostaria de falar. Acredito que nem todos podem ter a curiosidade ou a paciência sobre o assunto, então, vou deixá-lo na postagem expandida.



A Teoria das Restrições (TOC) considera qualquer sistema gerenciável como sendo limitado em alcançar mais de seus objetivos por um número muito pequeno de restrições. Introduzida por Eliyahu M. Goldratt em seu livro A Meta de 1984. 

De acordo com a TOC, todas as organizações possuem pelo menos uma restrição que limita o desempenho do sistema (a organização como um todo) em relação à sua meta. Essas restrições podem ser classificadas como restrições internas e restrições externas, ou de mercado. Para gerir o desempenho do sistema, a restrição deve ser identificada e administrada corretamente.

A teoria oferece princípios, ideias, ferramentas e processos para ajudar a responder 3 perguntas fundamentais:
  1. O que mudar?
  2. Para o que mudar?
  3. Como causar a mudança?
A TOC sustenta que é essencial focalizar os esforços de melhoria no elo mais fraco da corrente, pois é ele que determina o desempenho global do sistema em estudo. Qualquer iniciativa de tentar melhorar outros elos que não o mais fraco não trará benefícios sistêmicos, e mesmo os potenciais benefícios locais poderão ameaçar a meta global.

Bom, é isso, espero que tenham gostado. ^^

Nenhum comentário

Postar um comentário

Então, o que achou da postagem?
Vamos, não se acanhe! Será muito prazeroso ouvi-lo! (Mas seja educado por favor. ^^)
Ah sim! Se você tiver um blog, deixe seu endereço para que eu possa retribuir a visita. ;)