O
quinto livro das Crônicas Vampirescas é segundo dizem, um dos mais sombrios da
coleção. (O que mais está me deixando preocupada, no entanto, é o fato de estar
chegando cada vez mais perto da única edição que falta na minha coleção para
que eu possa ler os outros livros. =P)
De
fato, ao invés do inicio brincalhão e travesso que Lestat sempre faz, vamos um imortal
assustado e, de certa forma, até coagido. Durante seu esporte preferido,
observar suas vitimas antes de dar o bote fatal, Lestat se vê perseguido por
alguma entidade estranha.
A
Vítima no caso se chama Roger, um vigarista colecionador de artes sacras
medievais. O curioso é que o desenrolar da história, até agora (26/11/13, 23h26min),
está literalmente encarnando a frase “Quando a morte conta uma história, você
deve parar para escutar”. Só que no caso, é o morto que está contando a
história. (=P) Não preciso dizer que achei essa conexão, no mínimo, curiosa.
Roger
conta a Lestat sobre sua vida, sobre sua coleção e obsessão de vida (um
escritor medieval chamado Wynken de Wilde) e sobre sua filha Dora. A conversa
deixa Lestat ainda mais apaixonado por sua vítima, e mais desolado por ter
levado a morte a ele.
Por
falar em Dora, não demora muito até ela conquistar o coração de nosso príncipe,
e teve direito até a devaneios sobre a Bela e a Fera vivendo em um convento
transformado em palazzio. O que me surpreendeu, é que foi a primeira vez que
Lestat realmente não cedeu a uma tentação. Ele mostrou tanto cuidado e zelo com
a humana, que eu caí de amores por ele. De novo.
Pois
bem, a “Coisa” finalmente se revela, Memnoch, o Demônio, quer que Lestat seja
seu braço direito, seu príncipe na oposição a Deus. Após ponderar sobre o
pedido de Memnoch, Lestat oferece a chance de ser persuadido a aceitar a
proposta.
A
descrição do paraíso feita por Lestat é tão abstrata que chega a ser incrível.
Mas essa é apenas a primeira parte da história. Ao falar sobre si, Memnoch fala
sobre Deus, sobre a criação do mundo e do homem, da matéria inorgânica à
orgânica, de como os homens foram criados à imagem e semelhança do próprio Deus
e dos anjos. Sim, Memnoch é um anjo... Um anjo que não entendeu os rumos da
criação de Deus (a humanidade), que foi incumbido de entendê-la e que foi
sentenciado a se juntar a ela depois de conhecer a plenitude do amor carnal. Um
anjo com a missão de encontrar, ensinar, guiar e tornar as almas humanas dignas
de habitarem na Corte Divina.
E eu
realmente achava que essa série não poderia ficar melhor. Enganei-me
profundamente. Memnoch é intenso, sombrio, desafiador e, simplesmente,
incrível.
Nenhum comentário
Postar um comentário
Então, o que achou da postagem?
Vamos, não se acanhe! Será muito prazeroso ouvi-lo! (Mas seja educado por favor. ^^)
Ah sim! Se você tiver um blog, deixe seu endereço para que eu possa retribuir a visita. ;)