16 de dez. de 2013

Katekyo Hitman Reborn! (Mangá)


Criado e desenhado por Akira Amano entre 2004 e 2012, esse mangá começa como um estilo bizarro de comédia que, aos poucos, se converte em um dos melhores shounens que eu já li.

O personagem principal se chama Sawada Tsunayoshi, mais conhecido como “bom-em-nada-Tsuna”. Péssimo nos estudos, um desastre nos esportes, Tsuna possui um complexo de perdedor bastante apurado. Um dia, ele recebe a visita de Reborn, um bebê que afirma que Tsuna é o herdeiro de uma das famílias mais famosas e poderosas do mundo da máfia, a Vongola, e que ele (Reborn) foi contratado para ensinar a Tsuna tudo o que ele precisa saber para assumir tal posto.

Logo no primeiro capitulo, o elemento humorístico do mangá fica escancarado, a metodologia que Reborn usa é simples: se Tsuna fizer algo de errado, espanque-o (ou exploda-o), se ele chegar a uma situação estrema, mate-o usando a Shinuki-dan (a bala do ultimo desejo. Ela transforma o Tsuna em um louco desvairado de cueca que não sossega enquanto seu ultimo desejo, ou o motivo de seu arrependimento não for realizado)... Já disse que esse Reborn é um famosíssimo assassino de aluguel? =x

Nessa primeira fase, as situações (nada normais) em que Tsuna é colocado acaba por aproximá-lo de pessoas que farão toda a diferença quando a história engrenar de vez, como Gokudera Hayato (um assassino especialista em bombas), Yamamoto Takeshi (maníaco por baseball que tem a incrível habilidade de levantar o astral de todos com seu otimismo inabalável. Segundo no meu Top-10 de KHR ;D). Também temos o Lambo (um pirralho irritante de 5 anos vestido como uma vaca, mas que fica uma gracinha aos 15 anos e um pedaço de mal caminho aos 25. Terceiro Lugar no meu Top-10 KHR) e o Sasagawa Ryiohei (que leva as coisas ao extremo, literalmente).

 O vencedor extremo e eterno no meu Top-10 KHR é Hibari Kyoya, líder do comitê de disciplina da escola em que Tsuna estuda e também líder dos delinquentes da cidade (anti-social, capaz de amedrontar até a maior autoridade oficial de Nanimori, Hibari é do tipo que “morde até a morte” todos que não seguem as regras da cidade ou fazem algum dano a escola). :3


Hibari Kyoya
As coisas começam a ficar interessantes lá pelo capítulo 48 (sexto volume no mangá impresso), quando descobrimos que Reborn não é o único bebê que carrega uma chupeta colorida consigo. A entrada do Colonello e do Skull já te deixa um uma pulga atrás da orelha com um aviso claro de que “aí tem coisa”. Aliás, são nesses capítulos que os bebês com chupetas coloridas são chamados de Arcobalenos (personagens IMPORTANTÍSSIMOS em sagas futuras) e identificados como os sete assassinos mais fortes de todo o mundo da máfia. Mas é a partir do capítulo 62 (oitavo volume no mangá impresso) que a história engrena, quando o primeiro vilão da história é apresentado. Rokudou Mokuro é um ilusionista condenado e foragido da prisão de segurança máxima guardada pelos Vindice (uma família de mafiosos estranha e assustadora, que guarda a prisão mais importante e segura do mundo da máfia, também IMPOSTANTÍSSIMA em sagas futuras). Ele também foi o único capaz de dar uma surra mais que bonita no Hibari.

Uma das coisas que gostei em KHR foi o arranjo das habilidades especiais dos personagens com a história principal. Geralmente, a classificação tradicional das habilidades se resume a terra, ar, água e fogo. Nesse anime, essa separação é feita em sete partes: céu, tempestade, chuva, trovão, sol, nuvem e névoa. E cada um possui missão e função diferente dentro da família. Os personagens, claro, se encaixam perfeitamente em seus respectivos elementos.

O enredo possui 4 arcos principais (5 se os “Dias normais” forem considerados”).

O primeiro é contra Rokudou Mokurou, apesar de ser um arco curto, ele mostra que Tsuna não é tão inútil assim. É também nessa saga que a profundidade da relação de amizade e confiança entre Tsuna e Reborn é (levemente) vislumbrada. E é também nesse arco que os fofíssimos hibirds aparecem e mostram a sua habilidade de anunciar o caos. (xD)

A segunda saga, “Batalha pelos Vongola Ring” trás o grupo de assassinos profissionais da Vongola, a Varia, como oponentes principais. As lutas são lindas.

O terceiro arco começa com o desaparecimento de Reborn. Na tentativa de achar seu amigo e tutor, Tsuna acaba sendo atingido pela “Bazuca dos 10 anos” do Lambo e indo para 10 anos no futuro. Essa realidade foi completamente alterada por uma pessoa chamada Byacuran, detentor dos Mare Ring. A parte boa (ótima na verdade, é que temos O Gokudera, Yamamoto, Ryiohei, e Hibari 10 anos mais velhos... mesmo que por pouco tempo. :3). As lutas são ainda mais lindas que na saga anterior (principalmente a parte final da saga), mas não chegou a ser a minha saga preferida. Sem duvida alguma, é a mais frustrante, no entanto. ¬¬ Também é o arco mais longo do mangá (cerca de 150 capítulos).

De volta ao passado... Quer dizer, ao presente, um novo aluno chega à escola de Nanimori, marcando o inicio do quarto arco. O passado e a honra de Vongola Primo (o fundador da Vongola) são colocados em prova quando o herdeiro da Família Shimon atrapalha a cerimônia que oficializa Tsuna como Vongola Decimo. Buscando vingança, ele não se importa em ferir pessoas. Os Novos Vongolas Rings são postos de frente com os Terra Rings, em batalhas emocionantes e mediadas pelos próprios Vindice.  Mas se engana quem pensa que a Familia Shimon é o único (ou o verdadeiro) inimigo a espreita. Por incrível que pareça, as batalhas conseguem ficar ainda mais impressionantes. É a segunda melhor do mangá.

Deixando o melhor para o final, Akira Amano reúne todos os grupos identificados ao longo dos arcos anteriores para uma guerra de tirar o fôlego. Os arcobalenos recebem um recado estranho: cada arcobalendo deverá juntar uma equipe para lutar por eles, o líder da equipe vencedora, ganhará sua liberdade. Trocando em miúdos SÃO AS BATALHAS MAIS PUTAQUEPARIVELMENTE FODAS de TODO o mangá. Detalhe, cada arcobaleno terá direito há TRÊS MINUTOS em sua forma original. É simplesmente lindo! *0*

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