Eu
estava MUITO ansiosa para falar desse livro. Um misto de curiosidade,
nervosismo e receio. Tudo isso pelo fato de que ele foi escrito por meu antigo
professor de Literatura. Passei dois anos da minha vida assistindo às aulas
dele, eram 1h e 40 minutos que os mais de 40 alunos não ousavam sussurrar
dentro da sala. Era divertido e muito proveitoso (aliás, ele é dos culpados por
minha lista de leitura não pertencer a este século rsrsrsrs). Aprendi muita
coisa com ele e confesso que gostaria de continuar frequentando suas aulas. Foi o
blog dele inclusive, o Ipisis Litteris, que me fez querer ter meu próprio
espaço, pena que o meu começou e o dele entrou em pausa, torço para que tenha
uma volta permanente. Não estou sendo puxa saco (bem, talvez um pouco), mas
enfim.
Publicado
em 1989 pela FCAA (Fundação Ceciliano Abel de
Almeida), o livro é formado por cinco contos, cinco histórias que
giram em torno da mulher (é o tema preferido dele, ele mesmo disse isso várias
vezes). O primeiro conto “O amor” possui uma estrutura bem diferenciada (foi o
que me chamou mais atenção) e ainda assim simples, apresenta Lúcia contando um
episódio específico da família Joyce. O segundo (que dá o nome ao livro) é bem
mais interessante de se ler, o paralelo entre a adolescência e o adulto, a
narração em si ficou envolvente, em muitos sentidos. “Canções de dança e
morte”, o terceiro conto, tem uma definição muito boa dele mesmo: tumultuado,
em muitas partes fiquei perdida entre o que era conto propriamente dito e o que
era a história do conto (duas Marianas, duas personagens, uma do conto e outra
do conto dentro da narração). O ultimo... Bem, para falar a verdade, não
entendi o ultimo conto muito bem, então não vou me arriscara falar uma
besteira.
(Momento
aluna agora, por que me voltou à cabeça a imagem dele no tablado da sala dando
uma batida do quadro branco (daquelas que assustam metade da sala - a que
estava tentando acompanhar o raciocínio dele - e que acordam a outra metade)
exigindo a atenção de todos para algo que, segundo ele, cairia no vestibular,
ou para fazer uma das famosas apostas sobre o “pulo do gato” de algum autor ou
obra, que com certeza cairiam na prova do vestibular).
Gostei
bastante de “O jantar”, as pinceladas de Marilyn Monroe e do filme “O pecado
mora ao lado” ficaram ótimas, mesmo.
O
que me passou pela cabeça em todos os contos foi a imagem do narrador (a) sentado
(a) de lado em uma poltrona acolchoada, fumaça de charuto (ou cigarro) subindo,
voz um tanto rouca, contando episódios da própria vida, eu não diria uma
confissão, mas sabe quando você relembra as em voz alta e só percebe que fez
isso depois de ter desabafado? Notei certo tom de pessimismo neles, tudo era
monótono, repetitivo. Curiosamente, acho que foi o que me cativou.
É uma
boa leitura, principalmente para quem quer algo diferente. Tenho que me lembrar
de procurar os outros títulos dele. (E de reler esse aqui pra ver se entendo melhor
o “Canções de dança e morte” e o “Strip Tease Blues”).
Olá, o livro parece interessante e eu estou precisando mesmo ler algumas coisas diferentes!
ResponderExcluirGostei e já estou seguindo o blog!
Abraços, Isabela.
www.universodosleitores.com
Obrigada pelo comentário. Estou te seguindo de volta.
Excluir^^
Realmente parece ser um estilo diferente de leitura. Nunca fui de ler contos, mas não custa nada tentar pra ver se não é bom.
ResponderExcluirAbraços e estou seguindo.
reaprendendoaartedaleitura.blogspot.com.br
Também não sou chegada a contos. Confesso que só peguei para ler por ser do meu professor (^^"), mas os textos são ótimos.
ExcluirObrigada pelo comentário e já estou seguindo de volta.
Oie, indiquei seu blog para ganhar um selo, já pode pegá-lo! Só não deixe de fazer as regrinhas, um beijo.
ResponderExcluirhttp://abcddolivro.blogspot.com.br/
Obrigada!
Excluir