AVISO AOS NAVEGANTES: Esse post PODE CONTER (provavelmente
vai) CONTEÚDOS CLASSIFICADOS COMO ADULTOS e/ou spoilers.
Quando reli o que escrevi sobre 50 Tons de Cinza, percebi que não falei nada sobre a história em si. Grave erro que pretendo sanar nesta postagem e na sobre o ultimo livro da série.
Acho que entendi por que essa coleção foi um sucesso tão
grande de vendas. Atualmente vemos e ouvimos muita coisa sobre sexo, está se
tornando algo comum, corriqueiro demais. Novelas, filmes, músicas (barulhos
como o funk na verdade). Esse livro se volta para o PRAZER pessoal e com o
parceiro (a). É o conhecer o outro, confiar no outro e explorar os limites de
ambos. Particularmente, eu acho muito válido que uma pessoa saiba até onde se
parceiro ou sua parceira está disposta a ir ou fazer pelo outro, e de certa
forma por si também (pelo pouco que pesquisei, o BDSM também se trata de
conhecer seu próprio corpo, seu próprio limite).
Anastasia Steele é uma mulher que não quer se relacionar por
obrigação. Ela segue o ditado: “Antes só do que mal acompanhada.” Aprendeu a se
virar, a cuidar de si mesma, a conquistar suas coisas, isso não queria dizer
que não se sentisse solitária, pelo contrário, mas ela sempre entendeu que se ELA
não sentisse vontade, NINGUÉM poderia obrigá-la. Ela se valoriza o suficiente
para não deixar que tomem decisões por ela sobre algo que é do interesse dela. Ela
é uma dominadora de si mesma (não no sentido Cinquenta Tons).
Por outro lado temos Christian Grey, o sonho de 90 a cada
100 mulheres (considerando as que gostam de outras mulheres =x). Lindo,
charmoso, educado, podre de rico, disposto a gastar horrores, de gosto
refinado, seguro de si, independente (digno da literatura de banca de revista).
Mas ao mesmo tempo, Christian é traumatizado, reflexo de seu passado cruel. Ele
se torna um homem controlador (eufemismo quando se sabe os extremos que ele
vai). Ele quer dominar, e encontra na pratica de BDSM, uma maneira de,
literalmente, controlar uma mulher.
Eu acho que, de certa forma, os dois são dominadores, ao
mesmo tempo em que os dois são dominados. Eles acabam se alternando na
dominância da travessura, inconscientemente ou não. E não há monotonia, eles
sempre estão querendo/fazendo/propondo algo novo, um lugar diferente, um
brinquedo diferente, um desafio, uma aposta. Os dois exploram juntos o que um
pode proporcionar ao outro, respeitando o limite que cada um possui. E, de
quebra, levam o conceito de “resolver os problemas na cama” a outro nível.
Bom, no segundo livro, Grey está disposto a passar por um relacionamento
baunilha por Ana, ao passo que Ana se dispõe a passar por algumas brincadeiras
para satisfazer Grey. Aos poucos, ela vai conhecendo melhor a personalidade do
Sr. Cinquenta Tons, juntamente com seu passado sombrio. Mas ainda precisa lidar
com a personalidade difícil de Christian e tudo o que ele carrega consigo.
Aqui estamos chegando a um consenso de coerência e maturidade. Veremos o que diz o próximo.
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