Sabem aqueles livros que todo mundo leu (menos você) e que todo mundo fala bem (mas você sempre desconfia que talvez não seja tudo isso)?
Perdida foi um desses livros para mim. Acho que desde que me entendo como frequentadora assídua do Clube do Livro Espírito Santo, ouço falar bem desse livro. Por fim, a curiosidade (e uma excelente promoção em algum site) me fizeram comprá-lo e lê-lo.
Sofia Afonso é uma mulher do século XXI. Formada em Administração, empregada na empresa em que estagiou, ela mora sozinha e se vira para sobreviver a todos os dramas da modernidade (desde o rodízio de carros até a dependência quase intrínseca do aparelho celular).
Um uma noite de farra com a amiga, que lhe informara que estava pronta juntar as escovas de dentes com as do namorado, resultou em um dos piores desastres que uma pessoa poderia viver: o celular caiu numa privada suja de um bar paulistano.
Nada de pânico, só comprar um novo, certo? Seria, se a vendedora que a atendeu não fosse uma mulher pra lá de estranha que lhe oferece, a um preço irrisório, um celular de alta tecnologia que fará tudo o que ela precisa para encontrar a felicidade.
Tipo levá-la de volta ao século XIX.
Pois é, foi tupo isso: um tropeço em uma pedra da praça, e ela cai de bunda em uma rua de terra batida é resgatada por um cara à cavalo vestindo terno, gravata e colete que insiste em chamá-la de senhorita e bem pudico em relação às vestimentas dela.
Comparados aos boatos, não achei o livro tãããão engraçado assim. Os momentos "vergonha alheia" de Sofia (tanto no século XXI quanto no XIX) foram engraçados, mas não a ponto de fazer o livro ser a comédia que me foi pintada. Para quem é adepto a uma boa salada, talvez Perdida faça a pessoa reconsiderar o consumo de alface, e qualquer pessoa com um apego mínimo ao banheiro de casa vai entender o desespero de Sofia em relação à casinha.
Mas em alguns pontos, preciso concordar com todos os que falaram bem de Perdida: a escrita de Carina Rissi é muito boa e é muito fácil se deixar envolver por ela. Apesar de algumas coisas ficarem meio perdidas na história, ela soube amarrar as pontas muito bem. E, é claro, há o senhor Clarke, que sempre será um ponto (muito) positivo nesse livro.
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