Ainda não sei o que é pior: ter me estourado uma vez com Resistência ou ter me estourado uma segunda vez com este livro. Lá fui eu escolher um título pela capa ao me deparar com essa maravilha de ilustração (um tanto bizarra, eu sei, mas, ainda assim, linda) e ainda possuía o bônus de me permitir conhecer um autor exótico. Então pensei cá comigo, por que não?
A Beleza é uma Ferida foi escrita em 2002 por um indonésio chamado Eka Kurniawan. A história mistura fatos reais e fictícios para contar a história de Dewi Ayu, uma mestiça indo-holandesa que levanta de seu tumulo 21 anos após ser enterrada viva.
Só que, para falar a verdade, a coisa toda é mais sobre a história da Indonésia sobre qualquer outra coisa. Quer dizer, é claro que a história do país interfere na vida de seus personagens, mas o detalhamento das escaramuças entre exércitos (legais ou não) e demais forças atuantes é cansativo.
A vida de Dewi Ayu tão pouco ajuda: presa em uma prisão japonesa, tornada prostituta por seus carcereiros (profissão que rendeu a ela fama sem igual na pequena cidade (vila?) de Halimunda, viu suas três filhas mais velhas (todas consideradas extremamente belas) se envolverem com homens nada louváveis (embora ela também não possa falar muito sobre o assunto), teve sua quarta filha quase aos cinquenta anos e foi enterrada doze dias após o parto porque "decidira que já tinha feito o bastante pelo mundo".
Fez algum sentido? Não sei você, mas eu realmente achei que não.
Apesar de ter resistido até a página 290, desisti. A Beleza é uma Ferida estava me cansando e, sinceramente, estava sendo um esforço inútil. Para todos os efeitos, aqui fica o meu aviso: cuidado com as capas dos livros: elas enganam. E muito.
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