Ainda no chamado Ramo Egípcio, as histórias deste terceiro livro não estão em uma sequencia numérica exata. De acordo com Mamede Jarouche, tradutor e organizador esta edição, a razão desta falta de sequenciamento foi a quantidade de vezes em que as histórias foram organizadas e reorganizadas pelos compiladores anteriores ao escriba egípcio que "as ordenou de fato" durante a segunda metade do século XVIII.
Uma coisa curiosa que acontece, é que os personagens de Sahrazad não raro passam a refletir sua própria condição, narrando histórias para o rei para adiar o momento de sua execução. Isso ocorreu em dois momentos: no primeiro, um rapaz passou oito noites contando histórias para o rei, que pretendia matá-lo por causa de intrigas na corte. A outra situação, muito mais longe e cansativa, foi um vizir que passou trinta noites esticando o momento de sua morte, também incitada por intrigas.
O problema maior, assim como no primeiro volume, foram as histórias dentro das histórias, dentro da história, que muitas vezes confundia e tornava tudo ainda mais cansativo. As notas da tradução, uteis em vários casos, mas nem tanto em outros, também também fizeram o livro se tornar um pouco arrastado.
No total, este volume possui 134 noites agrupadas em quatro histórias completas. Entre elas, destaco a do marujo Sindabah (e sinto desapontar os fãs do desenho, mas as viagens de Sindabah são bem diferentes).
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