Pois é, mais um daqueles livros
que a faculdade pede para ler. O que posso fazer, né?
Assim com "A Meta - Um Processo de Melhoria Contínua", "Gerente Também é Gente" é um romance administrativo: é um história em prosa que tem por objetivo tornar algum conceito ou processo gerencial numa linguagem acessível ao público utilizando-se de um pouco de carga literária.
Nesse livro, o personagem é
Leonardo Flick, um profissional que, sendo promovido a gerente de projetos,
precisa aprender, do zero, a lidar com tudo que envolve o gerenciamento de
projetos.
Paulo Ferrucio, Executivo de
Projetos que fez o prefácio desse livro, comenta que Barcaui apresenta as
diversas áreas de conhecimento do gerenciamento de projetos, dá dicas de
planejamento, controle e administração de maneira coloquial, vista pela ótica
do profissional que vivencia as ansiedades, erros e acertos, abordando também o
lado humano e pessoal de um gerente. Assim como discute o que é um projeto,
qual o papel do patrocinador, stakeholders (designação dada a todas as
pessoas ou organizações que possuem interesse direto ou indireto no projeto),
características do gerente de projeto, e outros conceitos.
E aí vai a primeira coisa que
gostei: sabe essas "pílulas de sabedoria" ou simples frases legais
(que foram bem colocadas na história) que eu vivo postando (ou tentado postar)
na page do blog? Esse livro tem um monte (pelo menos em uma primeira passada de
olho).
Aliás, desconfio que A Meta não
só tenha servido de inspiração como foi usada a mesma sequencia de narrativa: o
cara tinha uma vida cômoda até cair de paraquedas em uma situação totalmente
nova, fica completamente perdido, busca ajuda de um mentor e começa a arregaçar
as mangas e a agir. Não que isso seja ruim, pelo
contrário, aprendi muita coisa com A Meta e acho que vou aprender muito mais
com esse livro (que até agora tem explicado as coisas melhor que o professor da
disciplina que o pediu).
A progressão das ideias e do
desenvolvimento do projeto é mais lento nesse livro se em comparação com A
Meta. No entanto, a carga de teoria que a obra apresenta é maior. Enquanto a
Meta a prática da teoria vinha de maneira mais rápida, em Gerente Também é
Gente a carga de planejamento é maior. É algo coerente eu acho: de certa forma,
o setor gerenciamento produtivo de uma empresa é mais relacionado com prática
do que o gerenciamento de projeto. Não estou dizendo que o primeiro não exige planejamento, pelo
contrário. Acontece que parte do planejamento de produção é feito durante o
planejamento de projeto (pelo menos se eu entendi minhas aulas direito).
Vamos a segunda coisa da narração
que eu gostei: os comentários do personagem/narrador. Tipo, você está lendo
sobre, sei lá, todo o raciocínio que o cara sou para chegar a uma determinada
decisão de ação. Aí lá para as tantas, ele comenta sobre uma das pessoas da
equipe dele e completa com a seguinte frase: "Praticamente um hobbit...
Mas um grande membro da equipe." ou então, depois que Flick explica ao
comitê do projeto sobre uma situação: "Queriam que eu fizesse mágica... Só
esqueceram que meu nome é Flick, e não Harry Potter."
Esses comentários deixam a
história tão mais leve e descontraída que acaba que você consegue passar pelo
grosso das teorias de planejamento de processo sem seu cérebro ser fritado no
processo.
Agora meu recado aos futuros administradores de
plantão: leiam esse livro. Sério, a chance de você aprender alguma coisa sobre
esse bicho-papão chamado gerenciamento de projeto é grande. E o melhor de tudo
é que esse aprendizado será feito quase que por osmose. A história é bem fácil
de ler (em parte pelos comentários nerds que eu simplesmente AMEI) e todos os
nomes mais estranhos são explicados ou no mínimo possuem uma notinha de rodapé
a respeito.
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