Primeiro de tudo, os personagens não são ratos. Não fisicamente pelo menos. A questão é que as duas, mãe e filha, aceitam o que lhes é imposto, caladas e conformadas, sem reclamar ou lutar mesmo diante de uma exploração emocional escancarada. Elas apenas se escondem e se protegem, entocadas como ratos em um mundo cheios de gatos.
Gatos que fizeram Shelley sofrer meses e meses de intenso bullyng na escola, chegando até a atearem fogo em seu cabelo. Gatos que humilharam a mãe dela durante o divórcio traumático com o pai. Gatos que invadiram a casa onde as duas construíram um recando de paz, e mudaram drasticamente a vida dessas duas mulheres.
Depois de dois livros muito fofos e agradáveis, ratos foi como um soco na cara. Seco e, muitas vezes, cruel, ele te faz pensar que tipo de criatura você é: acuado e resignado como um rato, ou prepotente e mesquinho como um gato?
Apesar das partes secas e cruéis da história, a narração é bem tranquila de se seguir. Na verdade, ela é bem difícil de se largar, por que sempre bate aquela curiosidade sobre como elas vão lidar com todas as voltas e reviravoltas que acontecem (nelas mesmas inclusive).
Esse, definitivamente. é um dos livros que vou agradecer imensamente de ter tido a oportunidade de ler.
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