7 de abr. de 2016

Fios de Prata - Raphael Draccon


Mikael Santiago, o Allejo, é um jogador brasileiro de fama conhecida no mundo inteiro. Frequentemente comparado aos grandes do futebol mundial, sua carreira está prestes a dar um salto estratosférico: uma poderosa marca de produtos esportivos, o levou para a França, onde ele está perto de assinar um contrato milionário (o mais caro já visto no cenário esportivo) com um dos maiores clubes de futebol do país. 

Apenas um fato não torna sua vida perfeita: Allejo sofre de pesadelos terríveis. E tão reais que ele chega a ter controle sob seu corpo mesmo estando dentro dos sonhos. Isso sem falar que, a cada noite, é cada vez mais difícil acordar. Cada vez mais difícil distinguir a que realidade ele pertence.

Seu consolo, além de sua carreira era a ginasta gaúcha Ariana Rochembach. Atleta consagrada na modalidade solo da ginástica artística, Ariana foi logo cativada pelo jeito moleque de Allejo, e o mundo não demorou a adotar o casal de esportistas.

Só que havia planos maiores para os dois. Muito maiores.

No mundo etéreo, uma guerra estava se formando. Madelein, o Anjo dos Sonhos e Senhora dos Sonhos Despertos conspirava uma guerra contra Morpheus, o Moldador dos Sonhos e o Senhor das memórias, conhecido por muitos em nosso mundo sob a alcunha de Sandman. 

De acordo Madelein, Sandman a trapaceou, usando de seus domínios e das inspirações dadas por suas afilhadas, as musas inspiradoras de todas as formas de arte, para reunir seguidores e aumentar seu poder sob o mundo dos sonhos.

A sede por justiça levaria o Mundo dos Sonhos (a vários outros além dele) em uma guerra que colocaria em jogo o destino dos sonhos de toda a humanidade.

Existem algumas histórias que se harmonizam tanto com uma canção, que fica dificílimo separar uma da outra depois. No caso de Fios de Prata, a canção é Imagine, do Beatle John Lennon. O primeiro capítulo começa com um verso que define tão bem o que será contado que, sinceramente, eu ficava a beira de um ataque de ansiedade só com a linha que era adicionada.

You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day You'll join us
And the world will be as one

Esses versos, aparentemente tão simples, fizeram uma diferença enorme da história porque a cada linha adicionada, ganhava-se a noção do rumo grandioso que a história estava tomando. Do rumo grandioso que tomou aliás.

Lendo Fios de Prata, percebi que sonhos podem ser podem ser poderosos. Bem, eu meio que sempre soube disso. O que eu não sabia, ou não entendia, é que os sonhos movem forças muito maiores que ele. É um pouco estranho na verdade. Por um lado, são apenas sonhos, quase sempre surreais e até impossíveis, mas por outro, um sonho pode ser o desejo que move uma pessoa a agir. Um desejo forte o bastante para literalmente influenciar um mundo inteiro de pessoas.

Eu não tinha expectativas com a história. Ultimamente tenho tentado me manter neutra quando encaro um autor novo mas, apesar de ele não ter conseguido ultrapassar alguns autores nacionais que ganharam meu carinho do ano passado para cá, a escrita de Raphael Draccon me surpreendeu de uma maneira muito positiva.

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