29 de ago. de 2016

O Último dos Canalhas - Loretta Chase


A família Mallory, do duque de Ainswood, é uma tradicional família formadora de canalhas. A longa linhagem de devassos foi interrompida com a morte de um homem sem herdeiros, e o título passou para um ramo mais civilizado da árvore genealógica. Infelizmente, uma série de mortes precoces em um intervalo dolorosamente curto, fez o título cair nas mãos de Vere Aylwin Mallory, o último canalha da família.

(Curiosidade nº1: Em O Príncipe dos Canalhas, logo após se casar com Jessica, Sebastian Dain, o Lorde Belzebu, se meteu em uma briga de estalagem com um amigo bêbado que confundira sua esposa com uma prostituta. Esse amigo era Vere Mallory.)

O caminho de Mallory cruzou como de Lydia Grenviille quando ele e Bertie Trend, o irmão desmiolado da marquesa de Dain, estavam na rua e Bertie quase foi atropelado por um cabriolé aparentemente desgovernado, conduzido por Lydia.

A moça, jornalista de um jornal de relativo sucesso de Londres, estava, na ocasião, perseguindo uma cafetina que, segundo suas investigações, enganava e/ou sequestrava meninas para transformá-las em prostitutas em seus diversos estabelecimentos do ramo. A discussão entre Lygia e Mallister culminou na fuga da prostituta, um beijo roubado, um duque na lama e um casal de turrões demoníacos no caminho certo para se apaixonarem um pelo outro.

O curioso foi que, até um pouco mais da metade do livro, achei a história meio chata. Boa, engraçada em algumas partes e até um tanto divertida, mas ainda assim, menos do que eu esperava até então. Mas isso foi só até a parte Ballister da história aflorar, por que aí, meus amigos, eu devorei páginas atrás de páginas e gargalhando horrores.

26 de ago. de 2016

A Morte da Luz - George R. R. Martin


Nos universos estrelares afora, existe um planeta errante. Ninguém sabe de onde veio, para onde vai, nem o que há nele. O motivo, alias, é justamente esse: não há nada nele, e o único grupo que tentou desbravá-lo jamais foi localizado novamente. Worlon, é vazio e assim foi foi por séculos e milênios a fio.

No entanto, depois de anos sendo exaustivamente observado e estudado de longe por um astrônomo considerado maluco, descobriu-se que Worlon entraria em gravitação com um conjunto de seis sois, e que, durante algum período de tempo, a proximidade com esses gigantes celestes permitiria que o planeta abrigasse vida. Mas somente enquanto durante o período de exposição às grandes estrelas.

Após isso, o planeta, novamente, morreria.

Dirk t'Larien e Gwen Delvano nasceram em Ávalon, um planeta conhecido por guardar a história, a sabedoria e a ciência de vários planetas espalhados pelo universo. Enamorados, os dois fizeram joias-sussurrantes que os lembrariam do amor compartilhado. Somente eles ouviriam os sussurros de suas pedras. Somente eles entenderiam o que aquelas joias significavam.

Depois de anos separados, Dirk recebe, repentinamente, a joia de Gwen. Ainda que duvidando duvidando de si mesmo e da promessa que o unia a Gwen, Ele partiu para Worlon. Sua chegada, no entanto, serviu somente para acelerar um fim há muito previsto.

Escrito em 1977 pelo então estreante George R. R. Martin, A Morte da Luz é, sem duvida alguma, uma das melhores narrações que já pude ler esse ano. Worlon e um  planeta multifacetado, assim como Dirk e os outros personagens da trama, e a narração acompanhou essas entrelinhas com perfeição.

A descrições dos ambientes, as características das cidades e dos povos que a habitaram, a relação entre os personagens, absolutamente tudo foi bem feito e incrivelmente bem planejado.

23 de ago. de 2016

Adorável Cretino - Camila Ferreira


Las Vegas é a cidade do pecado. Cidade de grandes cassinos, grandes orgias e de Jason Hoffman, um grande cretino. Empresário bem sucedido do ramo hoteleiro, divide seu tempo entre reuniões de negócios e festas luxuosas regadas a bebida e movidas à caça de uma transa fácil. 

Ele é lindo, sabe disso e usa seu charme, e seu ego incrivelmente inflado, a seu favor na hora de correr atras de um rabo de saia. Jason consegue todas que quer, na hora que quer... Até que, durante uma pool party uma loira espetacular, o novo alvo da noite, resiste aos seus encantos "infalíveis" e o joga fundo da piscina.

Hellen Jayne detesta homens que tratam mulheres como mercadorias. Detesta que a tratem como uma qualquer, e deixou isso bem claro para Jason ao jogá-lo no fundo daquela piscina. Natural da Pensilvânia, ela se mudou para Vegas após conseguir um estágio em um dos maiores hotéis de Las Vegas.

O que ela definitivamente não contava era que o cara que ela jogou na piscina era o dono majoritário do hotel em que ela trabalharia.

Apesar de ter gostado da história, fiquei com algumas ressalvas: a narração, feita em primeira pessoa e alternando os narradores, tentou ser mais informal, incluindo o leitor em uma conversa imaginária com os protagonistas... Não gostei muito disso. Ficou forçado e a quebra da narração e do desenrolar da cena me desconcentrou durante a leitura.

Também achei que, em algum momento, houve frases desnecessárias que, se implícitas, teriam colocado mais agilidade ao texto. 

A quantidade de exclamações também me incomodou e acho que, se não fosse ter gostado da história, teria desistido da leitura justamente por esse fator. Tipo, os personagens estão em um contexto, conversando. Até então, não há algo que gere exclamações. É uma frase normal... E aí aparece o sinal exclamativo e muda TODA a percepção da frase. É como se você estivesse lendo uma certeza e, lá no final da frase, descobrisse que aquilo não era para ser uma certeza, e sim uma surpresa. É confuso e quebra totalmente o ritmo da leitura.

Cheguei a este livro por indicação de uma amiga que vem falando comigo sobre Adorável Cretino a bastante tempo. Pela animação dela, esperava mais coisa desse livro. No fim, foi uma leitura que ficou entre o agradável e o "ok, próximo livro por favor".

20 de ago. de 2016

A Garota do Calendário (Janeiro) - Audrey Carlan


Mia Saunders não acredita mais no amor. Não mais pelo menos. Depois de quatro desastres amorosos, ela fechou seu coração. O erro #4, aliás, foi o que afundou seu pai em uma inacreditável dívida de um milhão de dólares (e ainda fez questão de espancá-lo até mandá-lo para o hospital em estado de coma).

Desesperada, ela recorre à tia, dona de uma empresa de acompanhantes de luxo na Califórnia. Não é o que quer, mas, se Mia tiver alguma pretensão de (1)pagar as dívidas do pai, (2) custear as despesas médicas, (3) pagar a faculdade da irmã e (4) oferecer a ela (e à família) alguma vida minimamente confortável, é isso o que ela terá que fazer.

Seu primeiro cliente é Weston Charles Channing III, um roteirista badalado de Hollywood responsável por alguns dos maiores sucessos de bilheteria dos últimos três anos. A principal missão de Mia é barrar os avanços das piriguetes que invariavelmente frequentam as festas do cinema americano, permitindo que ele converse com quem realmente interessa em seu ramo de trabalho,

Wes é um sujeito lindo, de olhos verdes e físico de surfista. Desde o início, deixou claro à Mia o que era esperado dela, assim como deixou suas regras bem clara quando ela aceitou ir para a cama com ele: sexo em abundância, monogamia, dormir em quartos separados e não se apaixonar. Para uma pessoa que levou pedrada na cara nos quatro últimos relacionamentos, era o plano perfeito.

Apesar do plano original não ter dado muito certo, os vinte e quatro dias em que Mia e Wes passaram juntos serviram para várias coisas. Uma delas, e talvez um dos pontos mais importantes, é que, agora, Mia poderá viver por ela, e que, talvez, as coisas não sejam tão ruins quanto parece ser. Ao se tornar uma acompanhante, ela também vai poder aprender a se envolver com um cara sem necessariamente apaixonar-se por ele.

Eu não tinha muitas expectativas quanto à história. A curiosidade em relação ao tema e o preço baixo na pré-venda foram determinantes para que eu comprasse a coleção. Se a história continuar assim terei, com certeza, encontrado uma excelente série para se juntar às várias outras em minha estante.

17 de ago. de 2016

News de Agosto do Grupo Editorial Record






QUE VOCÊ É ESSE?
Antonio Risério

Espécie de biografia de um tempo, Que você é esse? retrata a geração que viveu o desbunde, lutou contra a ditadura e pela redemocratização, chegando hoje à dura realidade do que afinal conquistaram. Ficção política e livro erótico, romance de ideias e texto prospectivo, Antonio Risério vai do quilombo ao marketing, do candomblé à comunidade judaica, das lutas de 1822 às manipulações publicitárias, passando por vertigens amazônicas e contraculturais, para chegar ao colapso do PT e, então, se espraiar em sonhos de uma nova sociedade.

Antonio Risério é poeta, tradutor e ensaísta. Além de vasta produção teórica e literária, escreve argumentos e roteiros para cinema e televisão.

Que você é esse? é seu primeiro romance e seu livro de estreia na Editora Record.


BRASILEIRO É OTÁRIO?
Rodrigo Constantino

Este livro faz, acima de tudo, crítica cultural – sem deixar de lado, claro, os aspectos políticos e econômicos que também definem nossa cultura. Constantino visita as origens institucionais do país, esmiúça o patrimonialismo que fundamentou a nação, estuda o gigantismo do estado, investiga as razões de os limites entre público e privado serem tão elásticos, e expõe a maneira como esse conjunto de misérias estabeleceu um complexo ambiente de inseguranças, doentio e caríssimo, nas relações produtivas.

Rodrigo Constantino é presidente do Conselho do Instituto Liberal, membro fundador do Instituto Millenium e vencedor do Prêmio Libertas em 2009, no XXII Fórum da Liberdade.

É autor, também pela Record, do best-seller Esquerda caviar e Contra a maré vermelha.


TENENTES: A GUERRA CIVIL BRASILEIRA
Pedro Doria

Unindo o rigor da investigação histórica minuciosa à experiência de repórter tarimbado, Pedro Doria recria – em ângulos originais, hiper-realistas – o cenário que deflagrou o movimento tenentista na década de 1920. Narrado em forma de thriller, Tenentes apresenta a história da crise política que desencadeou uma guerra civil sem precedentes no país, em um tempo – nada remoto – em que as crises políticas se resolviam de outro jeito.

Pedro Doria é colunista dos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, além da rádio CBN. Em O Globo, liderou a equipe que venceu o Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa, em 2012.

É também autor de 1789: A história de Tiradentes e dos contrabandistas, assassinos e poetas que lutaram pela independência do Brasil; e 1565: Enquanto o Brasil nascia.

SOMENTE A VERDADE
José Paulo Cavalcanti

Em uma espécie de homenagem a Pablo Neruda e seus Vinte poemas de amor e uma canção desesperada, os 21 deliciosos contos deste Somente a verdade têm origem no fascínio de José Paulo Cavalcanti pela natureza humana. Os Sanchos e Quixotes que somos. A falecida que convidou amigos para o enterro do irmão, a mulher que sonhava com um beijo e a mãe que decidiu só morrer depois de enterrar o filho são alguns dos personagens e casos presenciados pelo autor em seu escritório de advocacia. Histórias reais, aqui narradas com sabor de ficção literária, sobre a certeza de que a verdade, muitas vezes, é só aparente.

José Paulo Cavalcanti é ex-ministro da Justiça e membro da Academia Pernambucana de Letras.

Publicou, também pela Editora Record, Fernando Pessoa, uma quase autobiografia (vencedor de vários prêmios, incluindo o Jabuti de 2012); Fernando Pessoa, o livro das citações; Informação e poder; e O mel e o fel.


COBRA NORATO (NOVA EDIÇÃO)
Raul Bopp

Obra emblemática do movimento modernista no Brasil, Cobra Norato reconta a lenda amazônica cujo mote é a história de uma índia que engravida do Cobra Grande ao se banhar entre o rio Amazonas e o Trombetas. Um livro essencial da primeira fase do modernismo, poema cativante e já inserido no conjunto de clássicos da literatura nacional.

Raul Bopp morreu 1984. Entre 1926 e 1929, junto com Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, entre outros, fez parte do movimento antropofágico, vertente do Modernismo que marcou para sempre a história da cultura nacional. Cobra Norato é sua obra mais importante.




CRAVOS
Julia Wähmann

A experiência da leitura deste livro aproxima-se à de um balé do qual se faz parte como espectador bailarino, deslizando-se da densidade de um encontro incendiário às lágrimas que inundarão os olhos em horas impróprias. Uma voz fala de contatos intermitentes (em palcos e na vida) como quem divide segredos e confessa um atraso. Mas, quando se expressa, reorganiza o tempo e já não há espaços vazios. Mesmo quando as engrenagens do corpo rangem, uma desmedida de afetos inventa o possível no romance impossível. Suspendem-se assim os hiatos entre a mulher de dedos longos que contam notas de dinheiro encharcadas e o homem que enxerga ali uma dança de Pina Bausch – e entre eles e nós.

Julia Wähmann é escritora e colunista do coletivo Ornitorrinco. Formada em designer gráfico, trabalhou na área de moda e no mercado editorial. Cravos é seu livro de estreia na Editora Record.


O MILAGRE DA MANHÃ
Hal Elord

Hal Elrod explica os benefícios de acordar cedo e desenvolver todo o nosso potencial e as nossas habilidades. O milagre da manhã permite que o leitor alcance níveis de sucesso jamais imaginados, tanto na vida pessoal quanto profissional. A mudança de hábitos e a nova rotina matinal proposta por Hal vai proporcionar melhorias significativas na saúde, na felicidade, nos relacionamentos, nas finanças, na espiritualidade ou quaisquer outras áreas que necessitem ser aprimoradas.

Hal Elrod é um empreendedor, corredor de ultramaratonas, autor best-seller e palestrante internacional motivacional de sucesso.

Seu outro livro best-seller, Taking Life Head On: How To Love the Life You Have While You Create the Life of YourDreams, é um dos títulos mais bem cotados e aclamados da Amazon.


REFLEXÕES REBELDES
Cid Benjamin

Essa coletânea de artigos, publicados e inéditos, foram escritos por Cid Benjamin no período entre 2010 e 2016. Nesse cuidadoso apanhado, Cid antevê os mau passos do governo do PT e, com espírito crítico, comenta os caminhos da esquerda no Brasil, deixando evidentes os motivos que levaram o país ao processo de impeachment de Dilma Rousseff e à atual situação econômica. Leitura obrigatória para entender o momento político pelo qual o país passa.

Cid Benjamin é jornalista e foi dirigente estudantil nas jornadas de 1968. Participou ativamente da luta armada contra a ditadura militar. É autor dos livros Hélio Luz, um xerife de esquerda (Relume Dumará, 1998) e Gracias a la vida (José Olympio, 2013).



O VENTO DA NOITE (EDIÇÃO BILÍNGUE)
Emily Brontë

O vento da noite retorna em edição bilíngue pela Civilização Brasileira. É uma bela oportunidade de reviver o encontro entre dois grandes nomes na literatura e de observar as especificidades que permeiam os processos de criação do autor e do tradutor – uma relação marcada pela sensibilidade, intimidade, escuta e delicadeza. A edição é organizada e apresentada por Ésio Macedo Ribeiro, organizador dos Diários, de Lúcio Cardoso. A prestigiada tradutora Denise Bottman assina o texto de orelha.

Da mesma autora de O morro dos ventos uivantes, esta é uma edição bilíngue do único livro no país que reúne exclusivamente a poesia de Emily Brontë, originalmente publicado na primorosa Coleção Rubáiyát em 1944. 

Organização e apresentação e notas de Ésio Macedo Ribeiro, organizador de Diários, de Lúcio Cardoso; tradução do autor Lúcio Cardoso; texto de orelha da tradutora Denise Bottman.

BEM-ESTAR COMUM
Michael Hardit e Antonio Negri

Examinando acontecimentos e cenários ao redor do planeta, os autores analisam a lógica das instituições e os modelos de governança adequados à nossa compreensão de um bem-estar comum global. E articulam as bases teóricas do que denominam “o governo da revolução”, capaz de reunir biopolítica, trabalho, educação, identidade e amor. Embora funcione como extensão e conclusão de uma linha de pensamento que vem sendo sustentada por Hardt e Negri, este livro também fala por si mesmo, sendo perfeitamente acessível aos leitores que não tenham travado conhecimento com as obras anteriores. E certamente interessará, desafiará e enriquecerá o pensamento de quem quer que se interesse por questões de política e globalização.

Michael Hardt é professor de Literatura na Duke University. Antonio Negri é pesquisador independente e escritor. Eles são coautores de Império e Multidão, também pela Editora Record.


É A SUA VEZ
Nick Savoy

Em É a sua vez, o instrutor profissional de relacionamentos Nick Savoy ensina às suas leitoras dicas e ferramentas necessárias para conquistar o homem dos sonhos — mesmo que ele pareça inalcançável. Após observar diversas interações sociais entre homens e mulheres, o autor desvenda os segredos que os homens nunca contaram, ajudando mulheres ao redor do mundo na busca pelo “cara ideal”.

Presidente da Love Systems, empresa que oferece workshops para homens sobre como abordar, atrair e se relacionar com mulheres, Nick Savoy é considerado, por muitos, mestre na arte da sedução. O autor lançou, em 2009, o livro Magic Bullets – A fórmula mágica, que aborda dinâmicas sociais e teorias sobre relacionamentos.



POMPEIA: A VIDA DE UMA CIDADE ROMANA
Mary Beard

A especialista em classicismo Mary Beard vai além dos arquivos já estudados sobre a cidade de Pompeia, aprofundando-se em detalhes muitas vezes negligenciados, questiona posições já consagradas por arqueólogos de diversas épocas e desmistifica inúmeros fatos relacionados ao cotidiano daquela população. Com centenas de ilustrações, mapas, plantas baixas e fotografias, este livro conduz o leitor a um mergulho no dia a dia da cidade, em uma viagem pelas ruas e casas desta cidade romana.

Inspirado neste livro, o documentário Pompeii: New Secrets Revealed with Mary Beard, com roteiro e apresentação da autora, foi exibido pela BBC One em março de 2016.

A autora, Mary Beard, é uma das mais conhecidas classicistas da Grã-Bretanha. É professora da Universidade de Cambridge e editora consultiva de Antiguidade Clássica e História Antiga do The Times Literary Supplement (TLS), além de manter o blog A Don’s Life, relacionado ao tema.


O ANIMAL MAIS PERIGOSO DE TODOS
Gary L. Stuart com Susan Mustafa

Pouco depois de sua mãe biológica contatá-lo pela primeira vez, aos 39 anos, Gary L. Stewart decidiu sair à procura de seu pai. O animal mais perigoso de todos conta a história da caçada de uma década de Stewart pelo pai, seguindo uma trilha complexa de reviravoltas e conexões surpreendentes, revelando o nome do assassino do Zodíaco pela primeira vez, além de construir um perfil psicológico assustador do criminoso que cativou a imaginação da América por décadas e permaneceu um dos grandes mistérios não solucionados do século XX.

Inclui dois encartes coloridos com evidências forenses e imagens de arquivo que ilustram e legitimam anarrativa.

Susan Mustafa é coautora de outros dois livros sobre serial killers: Dismembered, que relata a história de Sean Vincent Gillis, e Blood Bath, sobre a vida e os crimes de Derrick Todd Lee.


A RAINHA DO SUL
Arturo Pérez-Reverte

Teresa Mendonza nasceu no México. Pobre e com pouco estudo, foi estuprada e quase morta depois do namorado ser assassinado pelo chefe do tráfico. A jovem então foge para a Espanha, onde seu instinto criminoso vem à tona, e se torna A Mexicana, a traficante mais poderosa do país. 

Arturo Pérez-Reverte é autor de diversos romances, entre eles: O tango da Velha Guarda, publicado pela Editora Record, e O capitão Alatriste, que ganhou um filme estrelado por Viggo Mortensen.

“A rainha do Sul é um retrato fiel e muito bem- elaborado do mundo do narcotráfico... Pérez-Reverte criou uma heroína admiravelmente durona e carismática.” - The Guardian

“Uma mistura de John le Carré e Gabriel García Márquez.” - The Wall Street Journal


GEORGE
Alex Gino

Quando as pessoas olham para George, acham que veem um menino. Mas ela sabe que é menina. George acha que terá que guardar esse segredo para sempre, até que sua professora anuncia que a turma irá encenar “A teia de Charlotte”, e George quer muito ser Charlotte, a aranha e protagonista da peça. Mas a professora diz que ela nem pode tentar o papel, porque é um menino. Com a ajuda de sua melhor amiga, George elabora um plano e depois que executá-lo todos saberão que ela pode ser Charlotte — e entenderão quem ela é de verdade também.

O livro conta com 4 resenhas estreladas na imprensa norte-americana e mais de 8 mil avaliações positivas no GoodReads.

Matéria de capa no New York Times sobre “A literatura transgênera que preenche uma lacuna do mercado e quebra tabus”.

Primeiro livro da Galera com um personagem trans e um dos primeiros no mercado brasileiro. O tema foi capa da revista Nova Escola em fevereiro de 2015.


SERVIÇO SECRETO (VOL. 6 JACK REACHER)
Lee Child

Ao ser procurado por uma agente do Serviço Secreto, Jack Reacher é solicitado para assassinar o vice- Presidente dos Estados Unidos. Ela quer que Reacher tente encontrar as falhas na defesa de sua equipe, testando sua eficácia contra um potencial ataque. Ela só não fala que, na verdade, a ameaça é real e a vida do vice-presidente de fato corre perigo. 

Considerado o melhor autor de thriller da atualidade, Lee Child já ganhou oito prêmios, sendo o mais recente o Specsavers' National Book Award na categoria melhor livro policial do ano.

A série Jack Reacher foi apontada pela Forbes como a mais bem-sucedida do mercado editorial mundial, com mais de 100 milhões de exemplares vendidos, gerando uma receita superior a 1 bilhão de dólares. 

Os livros da série já foram traduzidos em mais de 40 idiomas e estão disponíveis em mais de 100 países no mundo.

Essas e outras novidades podem ser encontradas no site do Grupo Editorial Record.

14 de ago. de 2016

O Duque e Eu - Julia Quinn


Cada vez que ouvia minhas amigas do Clube do Livro falando sobre os Romances de Época da Arqueiro eu imaginava uma história que não exatamente correspondeu aos primeiros títulos do gênero que li. Apesar dos romances serem bem menos ardentes dos que eu me habituara, os casais de Desejos à Meia-Noite, Sedução ao Amanhecer e O Príncipe dos Canalhas foram um barril de pólvora queimando em diferentes velocidades e potências, mas, ainda assim, queimando.

A história de O Duque e Eu foi, comparado aos títulos apresentados, um romance cozinhando no banho maria: discreto, confortável, e com grandes chances de te fazer ficar totalmente conquistada por ela. Enquanto os outros me ganharam pelo embate de personalidades, esse me conquistou pela progressão "quase sem querer" do romance.

A família Bridgerton é do tipo barulhenta. Também pudera, com oito rebentos em diferentes idades, é difícil controlar o turba. Não que a matriarca Violet Bridgerton se incomode. Depois da morte do marido, a missão de sua vida passou a ser casar os filhos. E, apesar de Anthony, Benedict e Collin terem que aturar os esforços incessantes da mãe, nenhum deles sofre mais que Daphne, a filha mais velha, já na sua terceira temporada de "caça ao marido". Até então, todos os pretendentes que se manisfestaram eram velhos demais, ou, simplesmente, não a consideravam como pretendente em potencial.

A "solução" apareceu de onde ela menos esperou: Simon Basset, o duque de Hastins, melhor amigo de seu irmão Anthony, estava de volta à Londres. A intenção dele era, ao mesmo tempo, manter-se fora do assédio das casamenteiras de plantão e ajudar Daphne a ser notada por pretendentes mais agradáveis e que, até então, a consideravam somente uma "boa amiga" ou algo do tipo. O cortejo seria falso, e eles fariam somente o mínimo para que todos acreditassem que eles já estavam comprometidos.

Infelizmente, eles se apaixonaram. Daphne tinha que se lembrar que aquilo era uma mentira, Simon já dissera, mais de uma vez, que não queria se casar e muito menos constituir uma família, e isso era tudo o que ela mais queria. Simon, por sua vez, jamais se perdoaria se magoasse a irmã de seu melhor amigo, e, ele sabia, era isso que aconteceria se ele se deixasse envolver ainda mais por ela.

O Duque e Eu é um livro super agradável de se ler. A família Bridgerton é hilária e Violet é um destaque a parte. O romance entre Daphne e Simon é totalmente fofo e, apesar de àquela receita de bolo do "rapaz lindo e traumatizado e moça inocente e de gênio forte", a autora soube trabalhar tudo muito bem, obrigada.

Amei totalmente! <3

11 de ago. de 2016

As Mil e Uma Noites #Livro01


É um pouco difícil de lembrar há quanto tempo tenho a coleção de As Mil e Uma Noites. Imagino que tenha sido na primeira metade da minha faculdade que encontrei o box da Biblioteca Azul no Submarino a inacreditáveis oitenta reais (o preço normal era cento e sessenta ou coisa parecida). Não o tinha colocado na lista ainda pois, na época, eu definitivamente não tinha como ler. 

O primeiro registro que se tem desse compêndio de histórias, quero dizer, o primeiro registro do que se imagina ser a primeira versão escrita das mil e uma noites é comporto por duas páginas mal conservadas datadas do 879 d.C. Acho que posso dizer com algum segurança que esta é história mais antiga que já habitou minha estante. Sem dúvida alguma, ela é a mais curiosa e a mais vasta.

Lançada em 2012 pela Biblioteca Azul (um dos selos editoriais da GloboLivros) esta é a primeira edição que traduz do português para o árabe. E o curioso é que o tradutor incluiu na nota editorial descrições que tentam (e o fazem arduamente) ajudar a nós, meros mortais usuários o português brasileiro a falar melhor os nomes que, por questões variadas, foram mantidas na sua forma original,

(Por motivos de 'não sei como fazer aquelas letras neste teclado', usarei os nomes da forma mais parecida possível às que estão nos livros).

Após ser traído pela esposa e perder a confiança nas mulheres, o rei Sahiyad decide tomar, todas as noites, uma esposa diferente e, pela manhã, matá-las. Quando o número de jovens escasseia, a jovem Sahrazad filha mais velha do vizir de confiança do soberano pediu ao pai que a entregasse como esposa ao rei.

Em combinação com a irmã, Sahrazad a leva para o leito que dividirá com o marido e a orienta para que, ao final, Dinarzad peça a irmã para lhe contar uma ultima história antes do sol raiar e o imperador mandar matá-la.

No entanto, a narrativa de Sahrazad envolve o rei de tal forma que este decide adiar sua execução por mais uma noite. E mais outra, e mais outra...

Me surpreendi com o livro porque imaginei que as histórias fossem complicadas ou então longas, mas não são. Apesar de ter algumas que são mais longas que outras, as histórias divididas em várias partes curtas (algumas histórias ocupam, facilmente dez ou doze noites, ou mesmo mais que isso).

Neste livro, além da note introdutória, temos o prólogo-moldura da história e as 170 primeiras noites.

Ps. Como os quatro livros possuem basicamente o mesmo esquema, vou adicionar outras informações  (e curiosidades, quem sabe) sobre a história das Mil e Uma Noites a medida em que for lendo os outros livros).

8 de ago. de 2016

Dominadas - Sylvia Day


Ao contrário dos outros livros da autora, Dominadas é formado por três romances curtos que, apesar dos diferentes protagonistas, estão indiretamente relacionados.

Apesar das bolas foras que foram os últimos livros que li da Sylvia Day, insisto em ler suas obras pois, a meu ver, quando ela acerta, o faz lindamente bem. As três histórias deste livro são bons exemplos do que ela faz quando acerta a dose de todos os elementos de uma trama.

A primeira história é do casal Sebastian Blake e Olivia Merrick. Olivia se casou por procuração com o Conde de Merrick, e estava indo para Londres conhecer ser marido quando o navio que a levava foi atacado no mar pela embarcação do temido Capitão Phoenix. Há muito ele se entregou à vida no mar para fugir de um mundo que o desagradava, a ponto de esconder seu berço nobre com a alcunha de um criminoso bárbaro e selvagem... Até descobrir que sequestrara sua própria esposa. E, ainda por cima, se apaixonara perdidamente por ela.

Ao entrar em um clube masculino vestida de homem, a doce Julienne La Coeur, despertou em Lucien Remington desejos que nenhuma debutante de berço nobre deveria despertar em um homem como ele. Ainda assim, a donzela mais cobiçada da temporada colocou em xeque o coração (e a sanidade) de um dos maiores libertinos conhecidos pela alta sociedade londrina.

Assim como Lucien, Hugh La Coer não é um bom homem para se ter por perto. Após quase dizimar a riqueza da família e ser posto em seu lugar pelo homem que levou sua irmã ao altar, Hugh decide aceitar o convite de Julienne e se juntar a eles em um evento de inverno na propriedade do casal. No caminho, porém, uma nevasca o coloca no meio de um acidente e ele é obrigado a buscar ajuda e abrigo na propriedade pertencente à "Duquesa Louca". Só que quem enlouquecerá (de paixão) será ele.

Não tenho como dizer o quão feliz fiquei ao ver que Sylvia Day atendeu, e superou, às minhas expectativas. Adoro essa mulher, adoro suas obras e, mesmo que não goste de todos os livros que ela publique, nunca vou deixar de lê-los.

5 de ago. de 2016

Drácula - Bram Stoker


Desde muito cedo comecei a gostar de histórias sobre vampiros, mas, até então, nunca havia tido a oportunidade de ler Drácula. O que é curiosos né, considerando que esta foi uma das obras mais importantes (se não a mais importantes) já publicadas sobre o tema.

Cheguei a comprar uma edição da L&PM Pockets para ver se a leitura desencalhava, e uma edição de capa dura da Nova Fronteira para ver se animava... Mas não teve jeito, a edição Zahar me arrebatou totalmente. <3

Publicada originalmente em 1897 pelo romancista, poeta e contista irlandês Abraham "Bram" Stocker, e desde então republicada e adaptada continuamente ao longo dos anos, Drácula é, sem dúvida, a obra que tornou famosa a lenda do vampiro como a conhecemos.

Toda a história do livro é contada por meio de diários e cartas escritas pelas diferentes pessoas envolvidas no enredo. Jonathan Harker, dono do diário que abre a obra, é um advogado de Exeter, uma cidade do interior da Inglaterra, e está em uma viagem à Transilvânia, para acertar com seu cliente, o Conde Drácula, sobre os tramites finais da compra de uma propriedade em Londres.

Conforme os dias foram se passando, Jonathan começa a perceber particularidades um tanto bizarras em seu anfitrião e, de excêntrica e curiosa, a temporada no castelo do conde passou a ser assustadora e, em centos sentidos, irremediável.

A história passa então para outros personagens, cujas características, ações e situações conhecemos somente por seus diários e cartas, e, quando pertinente, recortes de jornal e telegramas que completam o quadro que o enredo constrói.

Dois personagens são bem conhecidos quando o assunto é Drácula: Mina Murray (que se torna Mina Harker ao se casar com Jonathan) e Van Helsin (que eu imediatamente associo ao filme de 2004 estrelado pelo meu amorsinho Jugh Jackman).

Gostei bastante dessa forma de narrativa porquê dá para se sentir na pele dos personagens. Deu para sentir suas alegrias e também seus momentos de medo. A experiência da caçada foi muito mais intensa (e bastante incompleta) do que seria se a narração tomasse o ponto de vista de apenas um personagem.

Demorei um pouco mais de cinco dias para ler este livro (embora tenha tido a impressão de ter sido mais que isso) e precisei para algumas vezes durante o dia para, sei lá, fazer qualquer outra coisa que não prestar atenção à história. Não sei se o desenrolar dos eventos me deixaram mais impressionada do que eu achei que ficaria, ou se estou perdendo o costume de ler histórias mais densas.

De qualquer maneira, sei que foi uma leitura proveitosa. 

2 de ago. de 2016

Sedução ao Amanhecer - Lisa Kleypas


O cigano Kev Merripen está com a família Hathaway desde garoto. Ele fora resgatado da beira de um riacho gravemente ferido e os pais das meninas Hathaway sempre o trataram com gentileza. Desde o início, Merripen nunca fora obrigado a permanecer com eles, mas desde que vira Winnifred Hathaway pela primeira vez, afastar-se daquelas pessoas, dela principalmente, seria impossível.

O tempo passado com Win e sua família serviu apenas para enraizar ainda mais seus sentimentos por ela. No entanto, ao mesmo tempo em que seu amor é cultivado, Merripen se recusa a admitir o que sente, temeroso que seu passado cigano e a brutalidade que lhe foram impostos durante a infância pudessem machucá-la.

Fragilizada desde o surto de escarlatina que quase matara a ela e a seu irmão mais velho, Win passou parte de sua vida vendo suas irmãs aproveitarem a vitalidade que lhe fora retirada pela doença. Apostando em uma solução mais drástica, ela decide ir para França tratar-se com o com famoso Dr. Julian Harrow. 

Ao voltar restabelecida da doença, Win retorna á sua família mais bonita que nunca e disposta a começar a viver sua vida, mesmo que para isso precisasse esquecer do amor que sempre cultivou por Merripen. A tira-colo, vem também Julian, o médico que curou Win e que demontra querer mais com ela do que a relação médico-paciente.

Só posso dizer que a única razão de Merripen não ter conquistado meu favoritismo foi porquê conheci Cam Rohah antes. :3 Sei lá, me identifiquei mais com Amélia do que com a Win.