15 de jun. de 2016

A Improvável Jornada de Harold Fry - Rachel Joyce


Harold Fry é um aposentado preso a um casamento esfriado. Sua esposa Maureen e ele vivem sob o mesmo teto como estranhos e quase não se falam. A rotina monótona dos dois é perturbada quando Harold recebe uma carta de Queenie Hennessy, uma colega de trabalho que desapareceu muito tempo atrás. 

Na carta, Quennie dizia que ela estava com câncer em estágio terminal, e que queria se despedir.

Ao ir até a caixa de correio para mandar a resposta, Harold se pergunta se o que escrevera não seria frio demais e decide ir até a próxima caixa. A próxima caixa vira a próxima, a próxima vira a agência dos correios, e a agência virou uma caminhada rumo a uma cidade localizada do outro lado do país.

Andando sozinho e sem nenhum tipo de equipamento adequado para tal empreitada, Harold relembra sua história, não com os olhos do jovem e do adulto que foi, e sim, com os de um aposentado cuja a vida se estagnara nas coisas não ditas ou não feitas do passado e do presente. 

É curioso como o leitor começa a torcer por Harold quase sem perceber. 

O livro possui narrador em terceira pessoa que acompanha tanto a jornada de Harold quando Maureen, que ao se ver sozinha na casa em que os dois passaram os últimos quarenta e cinco anos de casamento, sai de sua inércia, assim como o marido, revê seu passado. O que é uma jornada para ele, se torna um processo para ela.

Os elementos de A Improvável Jornada de Harold Fry conquistam pela simplicidade e pela profundidade dos elementos. Harold não é um homem extraordinário. Ele é comum, discreto, gentil, faz de tudo para não incomodar os que estão ao seu redor e não entende pessoas que gostam de escandalizar. Mas mesmo comum, ele fez o extraordinário feito de caminhar 1.010 quilômetros em 87 dias, tudo para ver uma amiga que o ajudou em um dos momentos mais difíceis de sua vida.

O livro é incrível e me emocionei com Harold até a ultima linha da história. 

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